2.12.2011

Déficit de atenção

Dieta restritiva pode reduzir sintomas do TDAH

Pesquisadores acreditam que alguns alimentos podem afetar negativamente o cérebro e provocar o transtorno de déficit de atenção

tdahfoto.jpg Falta de atenção: crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade enfrentam dificuldades em prestar atenção e controlar seu comportamento (Getty Images)
Segundo o estudo, da mesma forma que alguns alimentos podem provocar reações adversas, que vão da asma a problemas gastrointestinais, em crianças, eles podem afetar o cérebro e originar problemas em seu comportamento
Mudanças na alimentação pode ser uma maneira eficiente de reduzir os sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) nas crianças entre quatro e oito anos de idade, diz estudo publicado na edição deste sábado do período médico britânico The Lancet.
O estudo foi feito com 100 crianças da Bélgica e da Holanda, todas diagnosticadas com TDAH. Elas foram divididas em dois grupos escolhidos aleatoriamente. Um grupo recebeu, por cinco semanas, uma dieta restritiva, sem alimentos processados, que incluía apenas água, arroz, carne, peras e vegetais. Depois foram introduzidos na dieta batata, trigo e mais frutas. O outro grupo recebeu apenas aconselhamento sobre alimentação saudável.
Das 41 crianças que completaram as cinco semanas de dieta restritiva, 78% tiveram uma redução nos sintomas e 22% (nove crianças) não apresentaram nenhuma melhora. “Chegamos à conclusão de que mudanças na dieta deveriam ser consideradas para todas as crianças com  TDAH”, afirmaram os autores do estudo, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Radboud e pelo Centro de Pesquisas sobre TDAH, ambos localizados na Holanda.
Embora não existam evidências conclusivas sobre o papel dos alimentos no desenvolvimento do TDAH, um dos transtornos neurológicos mais comum em crianças, há a suspeita de que comidas ricas em açúcar possam desencadear os sintomas e de que substâncias como aditivos alimentares tenham efeito sobre o comportamento infantil.
Veja

Nenhum comentário: