11.12.2011

Diagnóstico de câncer é tardio para paciente da rede pública no País


Estudo foi feito com portadores de linfoma

Rio - Mais de 80% dos pacientes com linfoma de Hodgkin — câncer que afeta células de defesa — que dependem da rede pública de saúde recebem diagnóstico tardio da doença. Somente 18,4% conseguem tratamento no estágio inicial. Nos hospitais particulares, o índice sobe para 38,7%. Os dados foram apresentados ontem no Congresso Hemo-2011, em São Paulo.

Segundo o diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Carlos Chiattone, que coordenou a pesquisa, o problema pode ser causado pela dificuldade do paciente em chegar ao especialista.

“Vamos fazer um levantamento para saber quanto tempo demora até que a pessoa consiga fazer a cirugia de biópsia para ter o diagnóstico. Imagino que essa espera ultrapasse seis meses. Isso faz com que o câncer avance”, diz Carlos.

Foram acompanhados 519 pacientes, 434 deles atendidos em hospitais públicos de São Paulo e 85 em instituições privadas. “É um linfoma com 80% de chance de cura. Não é questão de verba, mas de gestão”, completa.

O principal sintoma do tumor — o mesmo que o ator Reynaldo Gianecchini enfrenta — é o aumento dos gânglios nas regiões do pescoço, pélvis e axilas sem que haja infecção. “Esses nódulos são indolores e ganham a consistência de borracha”, explica.
O Dia

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