11.11.2011

GENGIBRE

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ACELERA O METABOLISMO E TEM FUNÇÕES TERAPÊUTICAS

Gengibre acelera o metabolismo e tem funções terapêuticas
Saiba mais sobre esta planta aromática que além de ter benefícios terapêuticos é termogênica.

Apesar da aparência estranha e do sabor forte e picante, o gengibre é um alimento que proporciona muitos benefícios à saúde. Além de atenuar dores musculares, o gengibre melhora náuseas e cólicas, estimula o apetite, contribui para o processo digestivo e, também, favorece a perda de peso. O nutricionista Daniel Chreem explica as propriedades do gengibre e fala sobre o efeito emagrecedor do chá feito com esta planta aromática.
Como o gengibre age no organismo?
As principais propriedades contidas no gengibre atuam regulando o equilíbrio digestivo por estímulo gastrointestinal, principalmente pela presença de niacina. Além disso, suas principais substâncias ativas (gengiberina e gingerol) são responsáveis por processos de combate à micro-organismos (melhorando infecções oportunistas).
Sabe-se que a raiz do gengibre é um potente alimento termogênico (acelerador metabólico), sendo assim, indicada para pessoas com sobrepeso e sem intercorrências cardiovasculares importantes.
Ainda não se chegou a um consenso sobre os mecanismos específicos, dos quais grande parte dos seus benefícios é obtida. Entretanto, grandes estudos estão sendo realizados, dentre eles observações cientificas que atestam a melhoria de náuseas em pacientes com tratamentos quimioterápicos.

O gengibre é sempre veiculado a tratamentos da garganta. Quais os seus benefícios terapêuticos?
O consumo do gengibre é estimulado para pessoas com infecções na garganta justamente por suas propriedades antissépticas. Existem diversos tipos de preparações com gengibre que melhoram dores musculares (podem ser manipulados óleos a partir da raiz), controle de vômitos e náusea (inclusive gestantes) e etc. Sempre com indicação e acompanhamento por um nutricionista, que saberá indicar a melhor forma de consumo e quantidade.

O gengibre pode ser encontrado de que forma para o consumo?
Mesmo um pedaço pequeno de gengibre possui seus princípios ativos. Existem inúmeras formas de se consumir e obter os benefícios do gengibre através de preparações da raiz (em saladas, sucos, chás), de gomas, cápsulas e até mesmo óleos tópicos.

Dizem que o chá de gengibre ajuda a emagrecer. É verdade?
O chá de gengibre realmente pode ser um aliado no emagrecimento. Entretanto, é importantíssimo que seu consumo seja obtido através de técnica de infusão adequada da raiz. A indicação é que se coloque no máximo 4g em 1 copo (200ml) de água previamente fervida, aguardando em torno de 12 minutos após sua adição.
Para torná-lo ainda mais potente é interessante adicionar uma canela em pau ou outro componente termogênico.  Mas lembre-se: ele é contra indicado para hipertensos e pessoas com problemas cardiovasculares. Consulte um nutricionista para realizar o uso adequado do gengibre ou outros alimentos e conseguir seus melhores benefícios para seus objetivos.

Saiba mais:

Gengibre

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma caixa taxonómicaGengibre
Zingiber officinale
Zingiber officinale
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Zingiberales
Família: Zingiberaceae
Género: Zingiber
Espécie: Z. officinale
Nome binomial
Zingiber officinale
Roscoe, 1807
O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta herbácea da família das Zingiberaceae, originária da ilha de Java, da Índia e da China, de onde se difundiu pelas regiões tropicais do mundo. Outro nome conhecido no norte do Brasil, principalmente pelos indígenas é Mangarataia ou mangaratiá.
É conhecido na Europa desde tempos muito remotos, para onde foi levado por meio das Cruzadas. Em Portugal existe registro da sua presença desde o reinado de D. João III (1521-1557).
No Brasil, o gengibre chegou menos de um século após o descobrimento. Naturalistas que visitavam o país (colônia, naquela época) achavam que se tratava de uma planta nativa, pois era comum encontrá-la em estado silvestre. Hoje, o gengibre é cultivado principalmente na faixa litorânea do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e no sul de São Paulo, em razão das condições de clima e de solo mais adequadas. Trata-se de uma planta perene da Família das Zingiberáceas, que pode atingir mais de 1 m de altura. As folhas verde-escuras nascem a partir de um caule duro, grosso e subterrâneo (rizoma). As flores são tubulares, amarelo-claro e surgem em espigas eretas.

Usos medicinais


Rizomas de gengibre.
Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.
Popularmente, o chá de gengibre, feito com pedaços do rizoma fresco fervido em água, é usado no tratamento contra gripes, tosse, resfriado e até ressaca. Banhos e compressas quentes de gengibre são indicados para aliviar os sintomas de gota, artrite, dores de cabeça e na coluna, além de diminuir a congestão nasal, cólicas menstruais e previne o câncer(cancro) de intestino e ovário.
Desde a Antiguidade, o gengibre é utilizado na fabricação de xaropes para combater a dor de garganta. Sua ação antisséptica pode ser a responsável por essa fama, tanto que muitos locutores e cantores revelam que entre os seus segredos para cuidar bem da voz está o hábito de mastigar lentamente um pedacinho de gengibre. No entanto, esse hábito (mascar gengibre e em seguida cantar ou falar, enfim, fazer uso da voz) é contra-indicado visto que o gengibre possui também propriedades anestésicas e esta "anestesia tópica" diminui o controle da emissão vocal, favorecendo o aparecimento de abusos vocais.
Recentemente, o programa de TV americano Myth Busters (no Brasil conhecido como "Os Caçadores de Mito") comprovou sua eficácia como uma solução natural para enjoos e tonturas. No programa, dois voluntários foram submetidos ao teste de girar vendados em uma cadeira desenvolvida pela NASA para testar astronautas. Ambos permaneceram durante cerca de 40 minutos sem sentir qualquer tipo de náusea. Este teste foi realizado nos mesmos voluntários diversas vezes utilizando outros medicamentos naturais. Por todas as vezes os voluntários permaneceram na cadeira uma média de 4 minutos antes de "vomitarem".
No Japão, massagens com óleo de gengibre são tratamentos tradicionais e famosos para problemas de coluna e articulações. Na fitoterapia chinesa, a raiz do gengibre é chamada de "Gan Jiang" e apresenta as propriedades acre e quente. Sua ação mais importante é a de aquecer o baço e o estômago, expelindo o frio. É usada contra a perda de apetite, membros frios, diarréia, vômitos e dor abdominal. Aquece os pulmões e transforma as secreções. A medicina ayurvédica reconheceu a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, tornando-a oficialmente indicada para evitar enjoos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos.

Cultivo

Os rizomas da planta, as partes subterrâneas e comestíveis, são os responsáveis pela propagação vegetativa. A produção no Brasil é pequena e quase totalmente absorvida pelo mercado externo. Para o cultivo, o solo ideal deve ser argilo-arenoso, fértil e de boa drenagem. A cultura necessita de muita água, mas não suporta encharcamento. De acordo com os técnicos do Instituto Agronômico do Paraná, o plantio deve ser feito no início da estação das chuvas.
O gengibre prefere solos com pH entre 5,5 e 6,0 e a correção com calcário deve ser feita no mínimo três meses antes do plantio. Os sulcos de plantio precisam ter cerca de 15 centímetros de profundidade e a distância recomendada entre os rizomas é de 5 a 8 centímetros. Depois de plantados, os rizomas são cobertos com uma camada de 10 centímetros de terra.
Embora resistente, o gengibre necessita de alguns tratos culturais: a chamada "amontoa" (o rizoma cresce para cima, portanto, é preciso cobri-lo periodicamente com terra), a irrigação e o controle de pragas. O ciclo da planta varia de sete a dez meses. Os rizomas estão no ponto de colheita quando as folhas começam a amarelar.
O gengibre tem ação bactericida, é desintoxicante e acredita-se também que possua poder afrodisíaco. Suas propriedades afrodisíacas e estimulantes são conhecidas há séculos. Na medicina chinesa tradicional, por sua reconhecida ação na circulação sanguínea, ele é utilizado contra a disfunção erétil. Além disso, o óleo de gengibre também é utilizado para massagear o abdômen, provocando calor ao corpo e excitando os órgãos sexuais.
O gengibre possui sabor picante e pode ser usado tanto em pratos salgados quanto nos doces e em diversas formas: fresco, seco, em conserva ou cristalizado. O que não é recomendado é substituir um pelo outro nas receitas, pois seus sabores são muito distintos: o gengibre seco é mais aromático e tem sabor mais suave.
O gengibre fresco é amplamente utilizado na China, no Japão, na Indonésia, na Índia e na Tailândia. No Japão costuma-se usar o suco (do gengibre espremido) para temperar frango e as conservas "beni shouga", feitas com os rizomas jovens, que são consumidas puras ou com sushi. Já o gengibre cristalizado é um dos confeitos mais consumidos no Sudeste Asiático.
O seu caule subterrâneo é utilizado como especiaria desde a antiguidade, na culinária e na preparação de medicamentos.
Graças ao seu alto poder bactericida, tem-se comprovado que o consumo desta planta em estado cru por cerca de 30 dias (pode-se moer e acrescentar adoçante, mel, etc.) elimina de vez a bactéria Helicobacter pylori existente em casos de gastrite ou úlceras.

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