11.10.2011

RIO, ATÉ QUANDO......

Chefe do tráfico na Rocinha é preso escondido em porta-malas

O chefe do tráfico da favela da Rocinha (zona Sul do Rio), Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi preso no fim da noite de quarta-feira (9) pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Comércio na Rocinha funciona normalmente, mas clima é tenso
Policiais que escoltavam traficantes são presos no Rio
Polícia investiga atendimento médico de chefe do tráfico
Polícia investiga toque de recolher do tráfico na Rocinha, no Rio

Cartaz do Disque-Denúncia do Rio, que oferece R$ 5.000 pela captura de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem
Cartaz do Disque-Denúncia do Rio, que ofereceia R$ 5 mil por informações sobre Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem
Nem estava no porta-malas de um Toyota Corolla, que foi parado pela polícia na altura do clube Piraquê, na Lagoa, a poucos quilômetros da favela, após informações de inteligência terem apontado que o traficante, um dos mais procurados do Rio, estava no carro.
O motorista do veículo, primeiramente, se identificou, segundo a polícia, como cônsul do Congo e alegou imunidade diplomática para não permitir que o carro fosse revistado. Diante dessa afirmação, os policiais do Batalhão de Choque decidiram escoltá-lo até a Polícia Federal. O motorista, então, teria oferecido suborno aos PMs, que lhe deram voz de prisão. A verdadeira identidade do motorista ainda não foi divulgada.
POLICIAIS PRESOS
Nem foi preso poucas horas depois de a Polícia Federal ter detido o seu braço-direito, conhecido como Coelho, e outros quatro traficantes, juntamente com três policiais civis e dois ex-policiais militares que faziam a sua escolta.
A PF diz que intensificou operações de inteligência ao saber que a Rocinha seria ocupada, e que recebeu informação de que haveria fugas.
Os policiais detidos entraram na favela em quatro veículos e deixaram o morro pela saída da rua Marquês de São Vicente, na Gávea.
Os policiais e os traficantes estavam armados, mas não houve troca de tiros. Alguns dos bandidos viajavam nos porta-malas dos carros.
Além das prisões, a PF apreendeu cinco granadas, 11 pistolas, três fuzis, carregadores, munição e uma quantidade não especificada de dinheiro em reais e euros.
As fugas foram motivadas pelo plano do governo do Estado de ocupar a favela no próximo domingo, no primeiro passo para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A Rocinha é uma das maiores favelas do Rio e sua pacificação é considerada como um passo-chave para a política de segurança do governo Sérgio Cabral.
CHEFE DO TRÁFICO
Segundo a polícia, por causa da iminente ocupação policial, o traficante Nem havia decretado desde a semana passada um toque de recolher para comerciantes e moradores, segundo investigação da Polícia Civil. O traficante também teria limitado a circulação de motociclistas.
Apontado como um dos líderes da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), o traficante Nem controla a Rocinha desde novembro de 2005 e possui nove mandados de prisão contra ele.
Uma investigação da Polícia Civil confirmou que Nem recebeu atendimento médico na manhã de segunda-feira (7) na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da Rocinha.
Na ocasião, o traficante teria ido à UPA acompanhado de seguranças armados com fuzis. A Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela unidade, não confirma o atendimento ao criminoso, mas também não nega o fato.
Uma das informações recebidas pela Polícia Civil é de que Nem teria procurado atendimento porque teria tido uma convulsão após misturar álcool com ecstasy durante uma festa realizada na Rocinha entre a noite de domingo (6) e a madrugada de segunda-feira.
Folha

PM diz que traficante ofereceu R$ 1 milhão para ser liberado

Um dos policiais militares do Rio que participaram da operação que resultou na prisão do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, disse que os homens que o ajudavam na tentativa de fuga chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno aos policiais.
TV Globo/Reprodução
Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chega à sede da PF no Rio após ser preso em porta-malas
Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chega à sede da Polícia Federal no Rio após ser preso em porta-malas de carro
"Primeiro eles ofereceram R$ 20 mil, depois R$ 1 milhão, para liberarmos eles", afirmou à CBN o soldado identificado como Heitor.
Apontado como chefe do tráfico de drogas da favela da Rocinha (zona oeste), Nem foi preso em uma operação do Batalhão de Choque da PM na madrugada de hoje.
Ele estava no porta-malas de um Toyota Corolla, que foi parado pela polícia na altura do clube Piraquê, na Lagoa, a poucos quilômetros da favela, após informações de inteligência terem apontado que o traficante, um dos mais procurados do Rio, estava no carro.
CÔNSUL
Segundo a polícia, o motorista do veículo se identificou inicialmente como cônsul do Congo e alegou imunidade diplomática para não permitir que o carro fosse revistado. Diante dessa afirmação, os policiais do Batalhão de Choque decidiram escoltá-lo até a Polícia Federal.
No trajeto, o motorista teria oferecido suborno aos PMs, que lhe deram voz de prisão. A verdadeira identidade do motorista ainda não foi divulgada.
Nem foi preso poucas horas depois de a Polícia Federal ter detido o seu braço-direito, conhecido como Coelho, e outros quatro traficantes, juntamente com três policiais civis e dois ex-policiais militares que faziam a sua escolta.
A PF diz que intensificou operações de inteligência ao saber que a Rocinha seria ocupada, e que recebeu informação de que haveria fugas.
Os policiais detidos entraram na favela em quatro veículos e deixaram o morro pela saída da rua Marquês de São Vicente, na Gávea.
Os policiais e os traficantes estavam armados, mas não houve troca de tiros. Alguns dos bandidos viajavam nos porta-malas dos carros.

Editoria de Arte/Folhapress
Além das prisões, a PF apreendeu cinco granadas, 11 pistolas, três fuzis, carregadores, munição e uma quantidade não especificada de dinheiro em reais e euros.
As fugas foram motivadas pelo plano do governo do Estado de ocupar a favela nos próximos dias, no primeiro passo para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), a 19ª da cidade.
A Rocinha é uma das maiores favelas do Rio e sua pacificação é considerada chave para a política de segurança da gestão Sérgio Cabral (PMDB).
Folha

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