1.02.2012

Glaucoma: as mulheres correm mais riscos de desenvolver a doença

Oftalmologia

Temperatura, exposição ao sol e gênero são fatores de risco para o glaucoma 

Mulheres e pessoas que vivem em regiões frias têm mais riscos para a doença

Glaucoma: as mulheres correm mais riscos de desenvolver a doença
Idade, sexo e local de residência são fatores de risco para a síndrome da pseudo-exfoliação (SPEX), uma condição no olho considerada uma das principais causas de glaucoma secundário aberto. O estudo, realizado pelo Centro de Excelência em Glaucoma de Massachusetts, nos Estados Unidos, foi publicado no periódico Ophthalmology.
A síndrome da pseudo-exfoliação se caracteriza pela deposição de material anormal sobre o olho, e, geralmente, atinge pessoas acima dos 60 anos. O glaucoma secundário aberto é um aumento da pressão intraocular, que ocorre após doenças inflamatórias, catarata avançada, alteração dos pigmentos naturalmente existentes dentro dos olhos, hemorragia e obstrução de vasos intraoculares. Normalmente, o paciente não sente dor e perde a visão lentamente.
“Embora muitos estudos tenham relatado uma epidemia da doença, alguns aspectos básicos da descrição epidemiológica, que podem ajudar a esclarecer as causas, são inconsistentes”, diz Louis Pasquale, um dos autores do estudo e diretor do Centro de Excelência em Glaucoma de Massachusetts. “Nessa pesquisa, nós descobrimos que as mulheres são mais vulneráveis e que o local onde você mora faz diferença no desenvolvimento da doença.”
Pesquisa – Foram usados dados de 78.955 mulheres e de 41.191 homens residentes nos Estados Unidos, acompanhados durante 20 anos ou mais, que forneceram informações sobre o local de residência. O estudo confirmou associações estabelecidas com idade, histórico familiar e a doença, além de novas informações sobre gênero e cor dos olhos.
“Pessoas com história de vida residencial nas regiões centrais e sul dos Estados Unidos têm 47% e 75% de redução nos riscos, respectivamente, comparados àqueles que vivem no norte”, afirmaram os autores. Casos positivos de histórico familiar de glaucoma estavam associados ainda com risco mais do que dobrado para a doença. Cor da íris não foi um fator de risco.
“O estudo demonstra que existe uma associação positiva entre latitude e risco de síndrome da pseudo-exfoliação”, diz Pasquale. “Outra pesquisa que publicamos recentemente sugere que temperaturas ambientais baixas interagem com um aumento da exposição solar para aumentar os riscos de SPEX. Esse novo trabalho demonstra uma relação entre o aumento da latitude e uma forte predisposição ao glaucoma.”

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