1.07.2012

Indústria e varejo lançam bebidas refrescantes para o verão


Em 2011, as bebidas ficaram cerca de 11% mais caras

DRINK PICOLÉ: o caipilé é o novo drinque da Devassa Foto: Divulgação
DRINK PICOLÉ: o caipilé é o novo drinque da Devassa Divulgação
RIO - À espera dos termômetros nas alturas, indústria e varejo lançaram suas apostas para o verão: novos sabores de sucos, refrigerantes em diferentes embalagens, mais cervejas importadas e misturas — alcoólicas ou não — em drinques convidativos. Mas, atenção, refrescar-se está pesando mais no orçamento das famílias. Em 2011, as bebidas ficaram cerca de 11% mais caras. Apenas o preço médio da cerveja nas lojas ficou 13% mais alto.
A Coca-Cola lançou para esse verão o Del Valle Limão&Nada — que não tem conservantes — em garrafas de 300ml e um litro. O Grupo Pakera, por sua vez, desenvolveu para o verão 2012 o Tobinho, versão de 250ml do refrigerante Tobi, seu principal produto em vendas. E a aposta do Grupo Attiva recai sobre o Mate Attiva, que vem agora em garrafas de 1,5 litro nos sabores natural, limão e limão zero açúcar, e no energético Attack, numa versão com 440ml da bebida. Já o Walmart lança novos sabores para o verão da marca própria Sentir Bem. Nos últimos anos, as bebidas não alcoólicas vêm ganhando cada vez mais espaço: subiram de 51,6% em 2005 para 53,2% em 2010 de participação no total das bebidas vendidas no país, segundo a Associação das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir).
Mas os vinhos — mais consumidos no inverno, naturalmente — também se mostram uma boa pedida no verão. Especialistas recomendam, nesta época do ano, os espumantes.
— Durante o verão os espumantes representam de 30% a 40% do total de garrafas vendidas, enquanto que, ao longo do ano, costumam ser 15% — calcula José Grimberg, proprietário das lojas Bergut Vinho e Bistrô, acrescentando que cervejas premium são destaque, como Westmalle Trappist (R$ 16,90), La Trappe (R$ 18,90) e Lucifer (R$ 18,90).
Novos cardápios de bebida começam a ser apresentados aos consumidores em bares e restaurantes do Rio. Na Devassa, por exemplo, a aposta está na chamada Caipilé — caipirinha que traz um picolé no copo, por R$ 19,90. Já no doiZ, no Humaitá, os novos drinques são inspirados nos clássicos da coquetelaria mundial. Entre as novidades, o Santa Cruz Julep (R$ 23), com Jack Daniel’s, camomila, hortelã e limão, é servido em caneca de alumínio.
— A carta foi criada depois de quatro meses de estudos em torno dos drinques que marcaram época na coquetelaria mundial. Adaptamos as receitas para versões leves e refrescantes, perfeitas para o paladar do carioca — disse o chef e sócio da casa Fabio Battistella.
E mesmo o chocolate consegue dar um gelo no calor. Na Kaebisch Schokoladen, foram criadas três bebidas de chocolate belga que, servidas bem geladas, ajudam a baixar a temperatura.
— Chocolate pode, sim, ser consumido o ano todo. Nem só de sorvete é feito o verão. É possível usar a com produtos brincam com textura e sabores — diz o empresário Paulo Leite, acrescentando que as bebidas, lançadas especialmente para o verão, são hit de vendas dos dias mais quentes.
O globo

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