3.05.2012

Abandonando a si próprio

Abandono...

Já não me aceitam mais...
Já não me podem perdoar
É como se eu 
exalasse um odor forte
Ninguém me quer
nem mesmo a morte.

Me abandonaram...
deram-me as costas
O ar
cheira a solidão
E o vento
traz o ódio que
em cada um
jaz no coração

Me abandonaram...
Me largaram à escuridão
Me expulsaram,
não há perdão.

Me repelem
como à um inseto
capaz de causar-lhes mal
Não notam no espelho
as moscas que são, apesar!...

E sem saber
ferem-se a si próprios
com o inseticida
que usam
para me afastar...


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