4.05.2012

Incentivo a pesquisa do câncer lançado esta semana é menos vantajoso


Tributarista aponta que patrocínio ao estudo do câncer concorre com projetos culturais

BRASÍLIA - Ao inovar com a inclusão no pacote de estímulo à economia lançado esta semana de incentivos a pesquisa de câncer e deficiências - por meio de dedução de doações e patrocínios no Imposto de Renda (IR) - o governo se esqueceu de que estes recursos vão ter disputar espaço na declaração das empresas com os investimentos em atividade culturais. E devem sair perdendo, na avaliação do tributarista Ilan Gorin. Além de oferecem mais visibilidade, os projetos culturais podem ter custo zero para as empresas, dependendo do seu valor, enquanto os gastos com pesquisa podem impor um custo real.
- A iniciativa é excelente e inovadora. Mas estes incentivos foram postos como concorrentes aos patrocínios culturais, que, além de tudo, costumam ter retornos mais rápidos e aparentes. Um filme pode sair em um ano. Já uma pesquisa de combate ao câncer pode levar décadas. É uma competição - ponderou Gorin.
Pela Medida Provisória que regulamenta o benefício, as companhias poderão abater, no máximo, o equivalente a 4% do imposto devido. A regra é a mesma para os eventos culturais. No entanto, só é permitido descontar do tributo devido ao Leão valores entre 40% e 50% do total investido. Já os patrocínios culturais podem ter seus valores integralmente abatidos. Além disso, juntos, os dois incentivos não podem ultrapassar os 4% do imposto devido.
Isso significa que, se uma empresa investir R$ 1 milhão na realização de um filme, ela terá a possibilidade de abater do Imposto de Renda (IR) a totalidade dos recursos, desde que eles estejam dentro dos 4% do imposto devido. Mas se o patrocínio for destinado às pesquisas de câncer ou deficiências, ela poderá deduzir, no máximo a metade do montante que gastou.
- Se fizer a conta bem feita e o investimento estiver dentro do limite dos 4% do IR devido, a companhia não gastará um tostão para patrocinar o evento cultural. O mesmo jamais acontecerá com as pesquisas. A medida deveria ter sido feita de modo que houvesse, pelo menos, igualdade de condições - explicou Gorin.
Não são todas as atividade culturais que podem ser abatidas integralmente. O benefício vale para audiovisual, artes cênicas, música instrumental erudita, livros artísticos e exposições de obras de arte. As pesquisas sobre deficências, de acordo com a MP publicada pelo governo da presidenta  Dilma , envolvem áreas de estímulo, desenvolvimento, prevenção e reabilitação de doenças relacionadas a deficiências.


O Globo

Nota "boaspraticasfarmaceuticas" : Esta é o tipo de materia que não acrescenta nada, pelo contrário faz uma politica de oposição ao maior beneficiado com a medida que é o paciente que tem câncer e aqueles que um dia possam vir  a ter está doença tão letal .  Misturar politica (partidária) com saúde é  no mínimo burrice. As partes em negrito da matéria foram por nos grifadas, porque é a única coisa interessante aos nossos leitores  sem falar do   estímulo ao  desenvolvimento, prevenção e reabilitação de doenças relacionadas a deficiências.

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