Do nascer do sol à noite, cariocas se exercitam tendo como cenário as belezas naturais da cidade
POR Elcio Braga
Rio -
Tome fôlego e leia sem parar: futebol, vôlei, futevôlei, canoagem,
speedminton, beach tennis, slackline, skate, parapente, musculação,
corrida, ciclismo, surfe, alongamento, ginástica, frescobol, natação,
handebol... Só de ler já cansa, né? A lista — que é muito maior — é dos
esportes que o carioca pratica pelas praias, ruas e parques. É assim,
com muito suor, que os cartões-postais do Rio têm conquistado nova forma.
O sol mal surge, e os praticantes já começam a se mexer. A cidade vira
academia ao ar livre. “É bem melhor levantar peso olhando para o Pão de
Açúcar que para uma parede”, diz o fotógrafo Márcio Martins, 40 anos,
enquanto ergue concreto e ferro na academia improvisada no Aterro do
Flamengo, próximo ao Monumento Estácio de Sá. “Fica até mais leve”,
brinca.
Com o mesmo cenário ao fundo, não há como duvidar: o salto do capoeirista ou do skatista fica mais imponente. O momento é contagiante. “Há 30 anos, pratico esporte e há 20 dou aulas. O número de praticantes cresce até entre idosos”, afirma Cláudio Gonçalves Pinheiro, o Cacau, 46 anos, sete vezes campeão brasileiro de frescobol e que dá aulas oito horas por dia.
A busca não é por medalhas ou conquistas. O sonho é um corpo saudável e, na medida do possível, bem torneado. “O esforço é recompensado com mais disposição”, atesta o vigia Reginaldo Rodrigues Ferreira, 32 anos, praticante há dez do altinho, a linha de passes, ao amanhecer, nas areias de Copacabana.
A busca por estrutura força investimentos públicos. A prefeitura tem 17 vilas olímpicas e vai inaugurar mais três este ano, em Pedra de Guaratiba, Honório Gurgel e Ilha do Governador. No primeiro semestre, 82.681 fizeram exercícios nas vilas municipais.
As ciclovias não param de crescer. São 280 quilômetros — a maior malha do País —, e serão 450 em 2016. Na América do Sul, só Bogotá, na Colômbia, tem mais ciclovias.
E a prática de atividade física não tem hora. Há, por exemplo, quem prefira a tarde, com sol mais fraco. Após o trabalho, o ajudante de confeiteiro Carlos Gabriel Silva, 22, joga capoeira e futebol.
Numa caminhada pela pista Cláudio Coutinho, na Urca, não resistiu ao ver a encosta do Pão de Açúcar. “Subi só o trecho que não exige equipamento. A paisagem é linda”.
Pensa que à noite tem descanso? Nada. A professora Luciene Cury começa esta semana a dar aulas noturnas no Posto 6, em Copacabana. “Muita gente reclamava que só poderia fazer natação depois do trabalho. Como os alunos não querem piscina fechada, a opção é o mar”, assinala ela, dona da Otreino, assessoria para os praticantes de atividades esportivas.
Na barraca na orla, auxilia praticantes de natação, corrida e ciclismo. A mensalidade começa em R$ 80. Há três anos, havia uma assessoria na areia; hoje, já são seis.
Novidades ganham força
Peteca com raquete, vôlei com o pé e tênis na areia. Nas praias cariocas, não param de surgir novas modalidades esportivas.
O economista francês Felipe Jean, 45 anos, encontrou há três anos terreno fértil para divulgar o speedminton na Praia do Flamengo. “O entusiasmo é total. O jogo mistura tênis e badminton. O jogador usa a raquete para lançar a peteca na área do adversário”, diz Jean.
O beach tennis (tênis de areia) veio da Italia em 2008 e já tem centenas de praticantes. “Venho de Itaboraí nos fins de semana jogar”, diz a professora Daniele Carvalho, 35 anos, logo após exaustiva partida.
Academia a céu aberto
Confira algumas das modalidades esportivas praticadas nas praias
ILHA DO GOVERNADOR
Musculação e futebol (Ribeira e Freguesia/Bananal) e vôlei (Jardim Guanabara)
PAQUETÁ
Futebol e vôlei
FLAMENGO
Speedminton, frescobol, vôlei, futebol, beach tennis, ciclismo, caminhada e patins. Skate, basquete e vôlei (área de lazer do Aterro)
BOTAFOGO
Futebol e vôlei
URCA
Vôlei, futebol, canoagem, escalada leve e caminhada (Pista Cláudio Coutinho), frescobol e capoeira
LAGOA
Ciclismo, corrida, caminhada, remo, patins sobre rodas e skate
LEME
Futebol, vôlei, futvôlei, alongamento/ginástica e surfe
COPACABANA
Futebol, vôlei, handebol, ginástica/alongamento, natação, ciclismo, corrida, futevôlei e frescobol
IPANEMA
Musculação, surfe, futebol, ginástica/alongamento e vôlei
LEBLON
Vôlei, futebol e surfe, corrida, ciclismo e slackline
SÃO CONRADO
Futebol, vôlei, surfe, asa-delta, parapente e futvôlei
BARRA DA TIJUCA
Futebol, vôlei e surfe
RECREIO
Futebol, vôlei e surfe
SEPETIBA
Canoagem
Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia
Com o mesmo cenário ao fundo, não há como duvidar: o salto do capoeirista ou do skatista fica mais imponente. O momento é contagiante. “Há 30 anos, pratico esporte e há 20 dou aulas. O número de praticantes cresce até entre idosos”, afirma Cláudio Gonçalves Pinheiro, o Cacau, 46 anos, sete vezes campeão brasileiro de frescobol e que dá aulas oito horas por dia.
A busca não é por medalhas ou conquistas. O sonho é um corpo saudável e, na medida do possível, bem torneado. “O esforço é recompensado com mais disposição”, atesta o vigia Reginaldo Rodrigues Ferreira, 32 anos, praticante há dez do altinho, a linha de passes, ao amanhecer, nas areias de Copacabana.
A busca por estrutura força investimentos públicos. A prefeitura tem 17 vilas olímpicas e vai inaugurar mais três este ano, em Pedra de Guaratiba, Honório Gurgel e Ilha do Governador. No primeiro semestre, 82.681 fizeram exercícios nas vilas municipais.
As ciclovias não param de crescer. São 280 quilômetros — a maior malha do País —, e serão 450 em 2016. Na América do Sul, só Bogotá, na Colômbia, tem mais ciclovias.
E a prática de atividade física não tem hora. Há, por exemplo, quem prefira a tarde, com sol mais fraco. Após o trabalho, o ajudante de confeiteiro Carlos Gabriel Silva, 22, joga capoeira e futebol.
Numa caminhada pela pista Cláudio Coutinho, na Urca, não resistiu ao ver a encosta do Pão de Açúcar. “Subi só o trecho que não exige equipamento. A paisagem é linda”.
Pensa que à noite tem descanso? Nada. A professora Luciene Cury começa esta semana a dar aulas noturnas no Posto 6, em Copacabana. “Muita gente reclamava que só poderia fazer natação depois do trabalho. Como os alunos não querem piscina fechada, a opção é o mar”, assinala ela, dona da Otreino, assessoria para os praticantes de atividades esportivas.
Na barraca na orla, auxilia praticantes de natação, corrida e ciclismo. A mensalidade começa em R$ 80. Há três anos, havia uma assessoria na areia; hoje, já são seis.
Novidades ganham força
Peteca com raquete, vôlei com o pé e tênis na areia. Nas praias cariocas, não param de surgir novas modalidades esportivas.
O economista francês Felipe Jean, 45 anos, encontrou há três anos terreno fértil para divulgar o speedminton na Praia do Flamengo. “O entusiasmo é total. O jogo mistura tênis e badminton. O jogador usa a raquete para lançar a peteca na área do adversário”, diz Jean.
O beach tennis (tênis de areia) veio da Italia em 2008 e já tem centenas de praticantes. “Venho de Itaboraí nos fins de semana jogar”, diz a professora Daniele Carvalho, 35 anos, logo após exaustiva partida.
Academia a céu aberto
Confira algumas das modalidades esportivas praticadas nas praias
ILHA DO GOVERNADOR
Musculação e futebol (Ribeira e Freguesia/Bananal) e vôlei (Jardim Guanabara)
PAQUETÁ
Futebol e vôlei
FLAMENGO
Speedminton, frescobol, vôlei, futebol, beach tennis, ciclismo, caminhada e patins. Skate, basquete e vôlei (área de lazer do Aterro)
BOTAFOGO
Futebol e vôlei
URCA
Vôlei, futebol, canoagem, escalada leve e caminhada (Pista Cláudio Coutinho), frescobol e capoeira
LAGOA
Ciclismo, corrida, caminhada, remo, patins sobre rodas e skate
LEME
Futebol, vôlei, futvôlei, alongamento/ginástica e surfe
COPACABANA
Futebol, vôlei, handebol, ginástica/alongamento, natação, ciclismo, corrida, futevôlei e frescobol
IPANEMA
Musculação, surfe, futebol, ginástica/alongamento e vôlei
LEBLON
Vôlei, futebol e surfe, corrida, ciclismo e slackline
SÃO CONRADO
Futebol, vôlei, surfe, asa-delta, parapente e futvôlei
BARRA DA TIJUCA
Futebol, vôlei e surfe
RECREIO
Futebol, vôlei e surfe
SEPETIBA
Canoagem
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