8.09.2012

Pesquisa muito séria: não minta

Quem se esforça para mentir menos tem saúde melhor

Segundo estudo americano, reduzir a quantidade de mentiras melhora relacionamento com outras pessoas e reduz incidência de problemas de saúde física e mental

Nariz grande
Mentir menos pode significar menos problemas de saúde, aponta estudo americano (Thinkstock)
Quem mente menos se relaciona melhor com as outras pessoas e, consequentemente, tem menos chance de apresentar problemas de saúde. Essa é a conclusão de um estudo feito na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, e apresentado nesta segunda-feira no encontro anual da Associação Americana de Psicologia, em Orlando. De acordo com a pesquisa, se esforçar para contar menos mentiras ao longo de dez semanas reduz as queixas de condições como dificuldades para dormir e enxaquecas.
Controle da mentira — Nesse trabalho, os pesquisadores selecionaram 110 pessoas de 18 a 71 anos e as dividiram em três grupos. Em encontros realizados frequentemente ao longo de dez semanas, os voluntários deveriam responder a diversas perguntas sobre relacionamentos íntimos e sobre o estado de saúde física e mental de cada um — como problemas associados ao sono e a dores de cabeça, além de cólicas, dores de garganta e ansiedade. Os autores encorajaram os indivíduos de um dos grupos a mentirem mais vezes e a contarem mentiras maiores em suas respostas. Para o segundo grupo, foi pedido que os membros procurassem não mentir ou então se esforçassem para contarem menos mentiras. Como isso é algo difícil, um dos conselhos dos pesquisadores a esses indivíduos foi que eles deixassem de responder a determinadas questões mais delicadas para que evitassem mentir. Todos esses participantes foram comparados a um terceiro grupo, formado pelas pessoas que não receberam instrução alguma sobre contar mais ou menos mentiras.
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Segundo os autores, um americano mente, em média, onze vezes por semana — e isso inclui as mentiras menos e as mais graves. A partir desse número, os pesquisadores observaram que os participantes que mentiram menos do que isso, que faziam parte principalmente do grupo que não deveria contar mentiras, relataram melhores relacionamentos sociais, ou seja, mais próximos e com menos brigas, e menos problemas de saúde na décima semana do estudo em comparação com a primeira. “Sabemos que a honestidade plena não existe. Mas quando uma pessoa se esforça para mentir menos, como por exemplo não dando falsas desculpas para explicar um atraso a um compromisso, ela também relata melhores relacionamentos sociais. Isso explica a ligação entre menos mentiras e melhor saúde”, diz a coordenadora do trabalho,

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