Brasília -  O Conselho Federal de Medicina emitiu nesta segunda-feira parecer condenando hormônios para evitar sintomas naturais do envelhecimento. O método, segundo o órgão, não possui comprovação científica e pode levar idosos a desenvolver disfunções hormonais e diversos tipos de câncer. (NÃO TEM COMPROVAÇÂO CIENTIFICA)

Ainda que o médico não esteja proibido de prescrever essas substâncias com a promessa de ‘antienvelhecimento’, o profissional poderá ser punido pelo conselho caso o paciente apresente problemas de saúde no tratamento.
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Para CFM, envelhecimento saudável ainda depende de dieta e ginástica | Foto: Banco de imagem















Um dos hormônios questionados no texto do Parecer 29/2012 é o GH, usado para compensar o crescimento. De 164 estudos sobre os efeitos da reposição hormonal com GH, publicados entre 2000 e 2005, apenas 12 trabalhos (7%) fazem menção a idosos. Contudo, nenhum o aponta como substância capaz de retardar o processo de envelhecimento.

Outros suplementos

Além do GH, o parecer faz menção aos hormônios tiroidano, calcitonina, testosterona, progesterona, melatonina, pregnolona, aldosterona, estradiol, cortisol e DHEA.

“Esses hormônios só possuem testes científicos para regulação do nível hormonal anormal de um indivíduo. Se uma criança cresce pouco, faria sentido que o GH seja receitado. Mas isso não faz sentido para idosos saudáveis”, alerta Maria do Carmo Lencastre, da Câmara Técnica de Geriatria do conselho.

A longo prazo, a prática do antienvelhecimento levaria o paciente a estimular o crescimento de tumores. “O câncer de mama é ligado à produção do estrogênio. Se for introduzido diariamente na idosa, a substância levará o corpo a doenças graves”, aponta a médica Maria do Carmo.