- Foram expedidos 122 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão
- Uma mulher foi presa em Magalhães Bastos, na Zona Oeste do Rio
Leaonardo Barros
Bruno Amorim
RIO - Uma operação de combate a fraudes no Detran-RJ prendeu 88
pessoas em 17 cidades nesta sexta-feira. Na capital, a ação se estendeu a
29 bairros. Durante a ação, que tem o objetivo de cumprir 122 mandados
de prisão e 35 de busca e apreensão, houve confronto entre policiais e
bandidos na Favela de Acari, na Zona Norte do Rio. Um traficante ficou
ferido e levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. A Operação
Cruzamento, que começou por volta de 6h, é realizada pela Corregedoria
do Detran-RJ, a Polícia Civil e o Ministério Público, com o apoio de
agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e
Inquéritos Especiais (Draco-IE).
De acordo com as investigações, a quadrilha era ligada a milicianos que atuam em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Entre os presos estão três policiais militares. A maior parte dos detidos, no entanto, são funcionários do Detran-RJ, muitos sem antecendentes criminais. Mesmo assim, poderão pegar penas de até 20 anos de prisão. No início da manhã, uma mulher foi presa em Magalhães Bastos. Mônica Generosa da Silva, de 45 anos, estava em casa quando os policiais chegaram. Ela disse, no entanto, que não era despachante e que só levava os ônibus das empresas até o posto do Detran-RJ para agendamento.
Segundo a Polícia Civil, o esquema começou a ser operado em 2009, e cerca de 700 veículos irregulares foram identificados. As investigações revelaram que ônibus, caminhões, vans e táxis eram aprovados sem condições mínimas de circulação mediante pagamento de propina. O esquema envolvia funcionários, prestadores de serviço, despachantes e zangões. O valor da propina, paga em dinheiro, variava em média entre R$ 50 e mais de R$ 1 mil por operação. A quantia era estabelecida de acordo com o cliente, com o grau de dificuldade da operação, de fraudadores envolvidos ou com o quantitativo de serviços ilegais solicitado.
Para o delegado e corregedor do órgão, David Anthony Alves, este é o maior esquema de corrupção já detectado no Detran-RJ. A quadrilha agia nos postos de vistoria de Santa Cruz, Campo Grande e Barra da Tijuca, na Zona Oeste; Ceasa (Irajá) e Vila Isabel, na Zona Norte; Belford Roxo e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminenese; São Gonçalo, na Região Metropolitana, além do posto da sede do Detran-RJ, no Centro. O esquema era operado de forma regionalizada, com núcleos nestas localidades, mas com constante e efetiva ligação entre si.
Escutas telefônicas obtidas com autorização da Justiça apontam inúmeras ligações entre vários dos denunciados de cada núcleo para tratar de questões ligadas ao funcionamento da quadrilha. As ligações revelam que os denunciados negociavam valores cobrados e escolhiam os postos de vistoria mais oportunos em cada momento para cometer as fraudes.
Entre as irregularidades praticadas estava a utilização do resultado do teste de aferição de gases poluentes de um veículo aprovado em laudo de outro que não seria aprovado. A quadrilha contava, ainda, com a atuação de um falsário que providenciava a adulteração de documentos públicos que seriam utilizados na instrução de processos administrativos junto ao Detran.
Os promotores Luiz Antonio Ayres, Claudio Varela e Marcus Vinicius Leite, das Promotorias de Santa Cruz, Barra da Tijuca e Campo Grande, denunciaram 181 pessoas pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade ideológica, falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema informatizado e supressão de documento público.
Segundo o subchefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, esta foi a primeira grande operação coordenada da Cidade da Polícia. Participaram da operação 12 delegados, 520 policiais, além de 43 agentes do Detran-RJ e as corregedorias da PM e Polícia Civil.
De acordo com as investigações, a quadrilha era ligada a milicianos que atuam em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Entre os presos estão três policiais militares. A maior parte dos detidos, no entanto, são funcionários do Detran-RJ, muitos sem antecendentes criminais. Mesmo assim, poderão pegar penas de até 20 anos de prisão. No início da manhã, uma mulher foi presa em Magalhães Bastos. Mônica Generosa da Silva, de 45 anos, estava em casa quando os policiais chegaram. Ela disse, no entanto, que não era despachante e que só levava os ônibus das empresas até o posto do Detran-RJ para agendamento.
Segundo a Polícia Civil, o esquema começou a ser operado em 2009, e cerca de 700 veículos irregulares foram identificados. As investigações revelaram que ônibus, caminhões, vans e táxis eram aprovados sem condições mínimas de circulação mediante pagamento de propina. O esquema envolvia funcionários, prestadores de serviço, despachantes e zangões. O valor da propina, paga em dinheiro, variava em média entre R$ 50 e mais de R$ 1 mil por operação. A quantia era estabelecida de acordo com o cliente, com o grau de dificuldade da operação, de fraudadores envolvidos ou com o quantitativo de serviços ilegais solicitado.
Para o delegado e corregedor do órgão, David Anthony Alves, este é o maior esquema de corrupção já detectado no Detran-RJ. A quadrilha agia nos postos de vistoria de Santa Cruz, Campo Grande e Barra da Tijuca, na Zona Oeste; Ceasa (Irajá) e Vila Isabel, na Zona Norte; Belford Roxo e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminenese; São Gonçalo, na Região Metropolitana, além do posto da sede do Detran-RJ, no Centro. O esquema era operado de forma regionalizada, com núcleos nestas localidades, mas com constante e efetiva ligação entre si.
Escutas telefônicas obtidas com autorização da Justiça apontam inúmeras ligações entre vários dos denunciados de cada núcleo para tratar de questões ligadas ao funcionamento da quadrilha. As ligações revelam que os denunciados negociavam valores cobrados e escolhiam os postos de vistoria mais oportunos em cada momento para cometer as fraudes.
Entre as irregularidades praticadas estava a utilização do resultado do teste de aferição de gases poluentes de um veículo aprovado em laudo de outro que não seria aprovado. A quadrilha contava, ainda, com a atuação de um falsário que providenciava a adulteração de documentos públicos que seriam utilizados na instrução de processos administrativos junto ao Detran.
Os promotores Luiz Antonio Ayres, Claudio Varela e Marcus Vinicius Leite, das Promotorias de Santa Cruz, Barra da Tijuca e Campo Grande, denunciaram 181 pessoas pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade ideológica, falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema informatizado e supressão de documento público.
Segundo o subchefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, esta foi a primeira grande operação coordenada da Cidade da Polícia. Participaram da operação 12 delegados, 520 policiais, além de 43 agentes do Detran-RJ e as corregedorias da PM e Polícia Civil.
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