Álcool reduz fertilidade feminina em dois terços
- Estudo com mulheres em tratamento de fertilização in vitro apontou que apenas três taças de vinho por semana já prejudica a gravidez
O GLOBO
Nova York - Estudo conduzido pela “Reproductive Medicine Associates”
de Nova York sobre os hábitos de consumo das mulheres nos meses antes de
começarem o tratamento de fertilidade descobriu que mesmo pequenas
quantidades de álcool, como três taças de vinho por semana, podem
reduzir a capacidade de engravidar em dois terços.
A pesquisa analisou o comportamento de casais que já haviam falhado em pelo menos três tentativas de fertilização in vitro, apontando que as mulheres que não consumiram álcool tiveram 90% de chance de conseguir uma gravidez bem sucedida em até três anos. No entanto, as mulheres que bebiam uma média de apenas três taças de vinho por semana tinham a sua capacidade reduzida para 30% durante o mesmo período.
Mesmo aquelas que bebiam apenas um ou dois copos de vinho por semana, dentro dos limites recomendados pelo governo americano para quem está tentando engravidar, tinham algum comprometimento na sua fertilidade, diminuindo as chances para 66%.
Apresentado na Conferência Anual da “American Society for Reproductive” realizada em Boston, EUA, o estudo foi realizado com 90 mulheres e os pesquisadores disseram não saber o motivo de quantidades relativamente pequenas de álcool gerarem um impacto tão grande na fertilidade.
- Meu conselho para os pacientes é sempre limitar ou abster-se de álcool. O álcool definitivamente tem um efeito negativo sobre sucesso da gravidez - disse Dara Godfrey, especialista em fertilização in vitro e autora do estudo da “Reproductive Medicine Associates”, ressaltando que a pesquisa não identificou o mecanismo do álcool que reduziria a fertilidade, mas que era possível que o problema estivesse no comprometimento do desenvolvimento normal do óvulo.
Segundo Godfrey, o mesmo impacto provavelmente poderia acontecer com mulheres que estavam tentando engravidar naturalmente, com maior efeito para aquelas que bebiam várias doses de álcool na mesma noite.
O estudo cita que algumas clínicas de fertilidade já recomendam que as mulheres parem de beber três meses antes de iniciar o tratamento de fertilização in vitro, porque leva muito tempo para o óvulo se desenvolver. Allan Pacey, especialista em fertilidade da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, disse que as diferenças nas taxas de gravidez entre os grupos foram substanciais, e que o álcool deve ser evitado para quem está tentando engravidar.
- Eu me pergunto se o álcool poderia ser um indício para outra coisa. Como as mulheres que bebem serem mais propensas ao estresse - afirmou Godfrey.
Níveis altos de estresse afetam hormônios como o cortisol, que pode interferir no ciclo reprodutivo. A pesquisa da mesma universidade realizada no ano passado com o esperma sugeriu que o consumo moderado de álcool não afeta a fertilidade masculina.
- Há certamente uma dificuldade em aconselhar os homens a parar de beber quando estão tentando engravidar, mas as mulheres não devem entrar nessa questão, pois poderia gerar tensões em muitas famílias - completou Godfrey.
A pesquisa analisou o comportamento de casais que já haviam falhado em pelo menos três tentativas de fertilização in vitro, apontando que as mulheres que não consumiram álcool tiveram 90% de chance de conseguir uma gravidez bem sucedida em até três anos. No entanto, as mulheres que bebiam uma média de apenas três taças de vinho por semana tinham a sua capacidade reduzida para 30% durante o mesmo período.
Mesmo aquelas que bebiam apenas um ou dois copos de vinho por semana, dentro dos limites recomendados pelo governo americano para quem está tentando engravidar, tinham algum comprometimento na sua fertilidade, diminuindo as chances para 66%.
Apresentado na Conferência Anual da “American Society for Reproductive” realizada em Boston, EUA, o estudo foi realizado com 90 mulheres e os pesquisadores disseram não saber o motivo de quantidades relativamente pequenas de álcool gerarem um impacto tão grande na fertilidade.
- Meu conselho para os pacientes é sempre limitar ou abster-se de álcool. O álcool definitivamente tem um efeito negativo sobre sucesso da gravidez - disse Dara Godfrey, especialista em fertilização in vitro e autora do estudo da “Reproductive Medicine Associates”, ressaltando que a pesquisa não identificou o mecanismo do álcool que reduziria a fertilidade, mas que era possível que o problema estivesse no comprometimento do desenvolvimento normal do óvulo.
Segundo Godfrey, o mesmo impacto provavelmente poderia acontecer com mulheres que estavam tentando engravidar naturalmente, com maior efeito para aquelas que bebiam várias doses de álcool na mesma noite.
O estudo cita que algumas clínicas de fertilidade já recomendam que as mulheres parem de beber três meses antes de iniciar o tratamento de fertilização in vitro, porque leva muito tempo para o óvulo se desenvolver. Allan Pacey, especialista em fertilidade da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, disse que as diferenças nas taxas de gravidez entre os grupos foram substanciais, e que o álcool deve ser evitado para quem está tentando engravidar.
- Eu me pergunto se o álcool poderia ser um indício para outra coisa. Como as mulheres que bebem serem mais propensas ao estresse - afirmou Godfrey.
Níveis altos de estresse afetam hormônios como o cortisol, que pode interferir no ciclo reprodutivo. A pesquisa da mesma universidade realizada no ano passado com o esperma sugeriu que o consumo moderado de álcool não afeta a fertilidade masculina.
- Há certamente uma dificuldade em aconselhar os homens a parar de beber quando estão tentando engravidar, mas as mulheres não devem entrar nessa questão, pois poderia gerar tensões em muitas famílias - completou Godfrey.
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