Líderes mundiais, incluindo Obama e Putin, se reunirão para as homenagens; soldados se arriscaram para derrotar Adolf Hitler
Normandia - As cerimônias para comemorar o 70º
aniversário do Dia D estão atraindo milhares de visitantes e alguns
poucos veteranos de guerra a cemitérios, praias e vilas da Normandia
nesta semana.
Líderes mundiais e dignitários, incluindo o presidente Barack Obama e a Rainha Elizabeth II, se reunirão para homenagear os mais de 150 mil americanos, britânicos, canadenses e outros veteranos aliados do Dia D que arriscaram e deram suas vidas para derrotar o Terceiro Reich de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Para muitos visitantes, o Cemitério e Memorial Americano da Normandia, com suas 9.387 lápides de mármore branco dispersas em um penhasco com vista para o local da batalha sangrenta na praia de Omaha, é peça central nas peregrinações em honra aos dezenas de milhares mortos no Dia D e nos meses de luta que se seguiram.
O veterano Clair Martin, 93, disse que voltou para Omaha Beach três vezes nos últimos 70 anos, "quatro se você contar o tempo que eles estavam atirando em mim". Morador de San Diego, Califórnia, ele desembarcou para a batalha com a 29ª divisão de infantaria e disse que continuou lutando até chegar ao rio Elba, Alemanha.
"Eu louvo a Deus por ter participado disso e por nunca ter existido outra Guerra Mundial", disse ele.
Perto dali, o advogado aposentado de Boston Paul Clifford se ajoelhou em silêncio e colocou um buquê de flores vermelhas, brancas e azuis no túmulo de Walter J. Gunther Jr., um paraquedista da 101ª Divisão, morto no Dia D.
Clifford contou que o túmulo pertence a um parente de seu melhor amigo em Boston. O amigo nunca pôde viajar para Normandia, então, Clifford tem visitado o local todos os anos na última década para prestar sua homenagem.
"Ele era tio do meu melhor amigo. Quando desceu, seu paraquedas ficou preso nos galhos de uma árvore. Ele nunca conseguiu sair daquela árvore", disse Clifford.
Líderes mundiais e dignitários, incluindo o presidente Barack Obama e a Rainha Elizabeth II, se reunirão para homenagear os mais de 150 mil americanos, britânicos, canadenses e outros veteranos aliados do Dia D que arriscaram e deram suas vidas para derrotar o Terceiro Reich de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Para muitos visitantes, o Cemitério e Memorial Americano da Normandia, com suas 9.387 lápides de mármore branco dispersas em um penhasco com vista para o local da batalha sangrenta na praia de Omaha, é peça central nas peregrinações em honra aos dezenas de milhares mortos no Dia D e nos meses de luta que se seguiram.
O veterano Clair Martin, 93, disse que voltou para Omaha Beach três vezes nos últimos 70 anos, "quatro se você contar o tempo que eles estavam atirando em mim". Morador de San Diego, Califórnia, ele desembarcou para a batalha com a 29ª divisão de infantaria e disse que continuou lutando até chegar ao rio Elba, Alemanha.
"Eu louvo a Deus por ter participado disso e por nunca ter existido outra Guerra Mundial", disse ele.
Cerimônias grandes e pequenas estão
ocorrendo em toda a Normandia e devem continuar. A região será palco
também de uma grande reunião internacional que será realizada na
sexta-feira em Ouistreham.
A decisão do presidente francês
François Hollande em convidar o presidente russo Vladimir Putin para
participar da cerimônia oficial - apesar de sua exclusão da cúpula do G7
em Bruxelas - está sendo vista por alguns como reconhecimento do grande
sacrifício da União Soviética em derrotar Hitler e, por outros, como
uma distração, dado o desconforto entre o ocidente e a Rússia por causa
da crise na Ucrânia.
Com muitos veteranos do Dia D agora
na casa dos 90 anos, o aniversário dos 70 anos da batalha ganha ainda
mais importância, já que muitos daqueles que fizeram parte da batalha
não devem mais fazer uma longa viagem para a Normandia e contar suas
histórias.
"Três minutos após o desembarque, um
morteiro explodiu perto de mim e eu perdi meus K-rações", disse Curtis
Outen, 92, que veio de Pageland, Carolina do Sul. De volta a região pela
primeira vez, ele lembrou da perda de seu pacote de refeições como se
tivesse acontecido ontem. "Então, cortei meu braço nos enredos de arame
farpado. Depois disso eu fiquei bem."
No meio da manhã, centenas de
visitantes andaram entre as longas fileiras do cemitério de cruzes
brancas e estrelas de Davi. Alunos e aposentados, soldados em uniforme e
veteranos em cadeiras de rodas tranquilamente passaram entre as
sepulturas, fazendo uma pausa para ler as breves inscrições que só podem
dar sugestões das vidas que jazem no local.
Uma jovem ficou em silêncio sob uma
chuva suave, a mão sobre o coração, e entre lágrimas colocou uma rosa
vermelha em uma lápide onde se lê "Aqui Descansa em Honrada Glória um
Conhecido Companheiro do Exército e de Deus."
“Só quero prestar uma homenagem”, disse Marissa Neitling, 30, de Oregon.Perto dali, o advogado aposentado de Boston Paul Clifford se ajoelhou em silêncio e colocou um buquê de flores vermelhas, brancas e azuis no túmulo de Walter J. Gunther Jr., um paraquedista da 101ª Divisão, morto no Dia D.
Clifford contou que o túmulo pertence a um parente de seu melhor amigo em Boston. O amigo nunca pôde viajar para Normandia, então, Clifford tem visitado o local todos os anos na última década para prestar sua homenagem.
"Ele era tio do meu melhor amigo. Quando desceu, seu paraquedas ficou preso nos galhos de uma árvore. Ele nunca conseguiu sair daquela árvore", disse Clifford.
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