'Não é possível solucionar dos túneis do ar apenas', disse o premiê.
Ofensiva começou nesta quinta; Israel se prepara para intensificar ação.
Foguete israelense é disparado no norte da Faixa de Gaza no início na
madrugada desta sexta-feira (18). (Foto: Amir Cohen / Reuters)
A operação militar terrestre israelense na Faixa de Gaza é essencial para destruir os túneis do movimento islamita palestino Hamas, pois os bombardeios eram insuficientes, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (18)."Não é possível solucionar (o problema) dos túneis do ar apenas. Nossos soldados também fazem isto no terreno", disse em uma reunião de gabinete.
O premiê disse que Israel está se preparando para intensificar sua ação. "Minhas instruções são para se preparar para a possibilidade de ampliar significativamente a operação terrestre, e os militares estão se preparando adequadamente", afirmou ele a repórteres antes da reunião.
De acordo com o primeiro-ministro, a ofensiva não é uma garantia de êxito 100%, mas é necessária depois que Israel testou outras alternativas.
"O Tsahal (exército) opera contra o Hamas e outras organizações terroristas na Faixa de Gaza do mar, ar e agora também por terra. A operação terrestre iniciada por nossas forças ontem (quinta-feira) à tarde pretende destruir os túneis do terror que vão de Gaza a Israel", completou o premiê.
Pelo menos 24 palestinos, incluindo três crianças e um bebê, foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva terrestre. Um soldado israelense morreu durante a incursão.
Desde o início dos combates, há 11 dias, pelo menos 265 palestinos morreram. Durante o mesmo período, dois israelenses morreram, segundo o exército.
Segundo o Centro Palestino para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, os civis representam mais de 80% das vítimas da ofensiva de Israel.
Túneis e combates
Os túneis subterrâneos de contrabando construídos pelo Hamas, que controla o território, são usados para introduzir mercadorias, dinheiro e armas. Segundo Israel, os túneis também são usados para preparar plataformas de lançamento de foguetes e alguns para entrar em território israelense.
A maioria dos confrontos após a ofensiva terrestre aconteceu no sul do território de 360 quilômetros quadrados, em Khan Yunes e em Rafah, e na zona norte, perto da fronteira com Israel.
O posto de fronteira israelense de Erez, único ponto de passagem para pedestres, foi fechado.
Exército israelense na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza (Foto: AFP)
As autoridades anunciaram na quinta-feira (17) que impediram uma tentativa de invasão através destes túneis.
Logo depois do anúncio da invasão terrestre a Gaza, o Hamas advertiu que Israel vai pagar um "alto preço".
"O início da ofensiva terrestre israelense em Gaza é um passo perigoso, de consequências que não foram calculadas", afirmou o porta-voz do Hamas, Fawri Barhum, em um comunicado.
"Israel vai pagar um alto preço e o Hamas está preparado para o confronto", acrescentou.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, afirmou que a ofensiva provocará apenas "mais derramamento de sangue" e complicará os esforços para acabar com o conflito na Faixa de Gaza.
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