Civis são mais de três quartos das vítimas, segundo a ONU.
É o conflito mais sangrento na região desde 2009.
Em Gaza, ao menos 37 palestinos, incluindo três crianças, morreram neste sábado nos ataques israelenses, elevando a 333 o número de mortos palestinos em 12 dias de ofensiva, segundo os serviços de emergência. Segundo a ONU, os civis representam mais de três quartos das vítimas.
Do lado israelense, um beduíno morreu na queda de um foguete disparado a partir de Gaza, elevando a dois o número de civis israelenses mortos desde o dia 8 de julho, informou a polícia. Um soldado israelense também morreu por 'um tiro amigo', de acordo com o Exército.
Na Faixa de Gaza, quatro membros de uma mesma família, entre eles duas crianças, morreram em um ataque em Beit Hanun (norte), onde uma quinta pessoa foi morta em um outro ataque, informou à AFP o porta-voz dos serviços de emergência palestinos, Ashraf al-Qudra.
Na manhã deste sábado, os cadáveres de cinco vítimas foram encontrados em meio aos escombros de uma casa bombardeada durante esta madrugada a leste de Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza.
Nas primeira horas do dia, um ataque matou sete pessoas, entre elas uma mulher, na saída de uma mesquita de Khan Yunes.
Outros ataques custaram a vida de uma criança de seis anos e a de um jovem de 20 anos no norte do enclave palestino, além de uma pessoa ao norte da cidade de Gaza e de uma mulher de 25 anos em Deir al-Balah (centro).
Quatro outras pessoas morreram mais cedo esta manhã em Beit Hanun, Deir al-Balah e Khan Yunes.
Uma outra vítima foi encontrada nos escombros, também em Khan Yunes, e duas pessoas feridas em bombardeios anteriores não resistiram aos ferimentos e também morreram.
No total, ao menos 324 palestinos, incluindo muitas mulheres e crianças, foram mortos desde o início, em 8 de julho, da operação israelense que também fez mais de 2.280 feridos
Segundo o Centro Palestino para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, os civis representam mais de 80% das vítimas da ofensiva, lançada por Israel para fazer parar os disparos de foguetes do movimento islamita Hamas, que controla a zona.
Trata-se do conflito mais sangrento em Gaza desde 2009.
Na madrugada de quarta-feira, as autoridades israelenses lançaram uma ofensiva terrestre, uma nova fase da operação.
Neste contexto, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, decidiu viajar neste sábado à região para ajudar 'na coordenação com os atores regionais e internacionais para acabar com a violência e encontrar uma saída' ao conflito, de acordo com o secretário-geral adjunto para assuntos políticos da ONU, Jeffrey Feltman.
As Nações Unidas também reiteraram os apelos por um cessar-fogo. Contudo, Israel advertiu que irá intensificar sua operação terrestre.
Na fronteira, tropas israelenses e combatentes palestinos se enfrentam neste sábado, segundo o ministro de Segurança Pública de Israel, Yitzhak Aharonovitch, citado pela imprensa local.
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