Obama confirma que míssil terá sido disparado de zona controlada pelos rebeldes
» JN Mundo Parece não haver dúvidas: o voo MH17 foi abatido por um míssil terra-ar quando sobrevoava a Ucrânia, na quinta-feira à tarde. Obama confirmou hoje que primeiras provas sugerem que míssil foi disparado de zona controlada pelos rebeldes.
Local era destino final da viagem, que começou em Amsterdã nesta quinta.
Queda de Boeing 777 matou 298 pessoas no leste da Ucrânia.
As autoridades ucranianas acusam os rebeldes pró-russos de terem abatido ontem o avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo na região ucraniana de Donetsk, controlada pelos separatistas.
Em entrevista coletiva realizada na madrugada desta sexta, primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) tinha declarado segura a rota que passa pelo território ucraniano e também não havia restrições por parte da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês).
Mulher chora ao ver o nome da filha em lista de passageiros de avião que caiu na Ucrânia (Foto: Reuters)
O governante malaio explicou que conversou por telefone com o
presidente da Ucrânia, PetroPoroshenko, e com o americano Barack Obama.
Najib afirmou que os dois concordaram com uma investigação minuciosa do
acidente para esclarecer se a aeronave foi abatida. "Se for confirmado
que (o avião) foi abatido, os responsáveis deverão ser levados à
Justiça", opinou Najib."Este é mais um dia trágico em um ano trágico para a Malásia. Os passageiros do avião eram de muitas nações, mas estamos todos unidos na dor", acrescentou.
No Boeing 777 do voo MH17 viajavam 154 holandeses, 43 malaios (incluídos os 15 membros da tripulação), 27 australianos, 12 indonésios, nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense e outros 41 que não tiveram sua nacionalidade confirmada.
O avião, que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, caiu na região leste de Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos, que logo após o incidente trocaram acusações pela queda da aeronave.
Família escapou da morte por falta de assento no avião
Barry e Izzy Sim tiveram que trocar de voo na última hora; para eles, 'alguém lá em cima' não os deixou embarcar.
Família trocou de voo e escapou (Foto: BBC)
Uma família que não conseguiu embarcar no voo MH17 da Malaysia Airlines contou como se sentiu ao saber do incidente que matou quase 300 pessoas na quinta-feira.Barry e Izzy Sim foram informados no check-in do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, que não havia assentos para os dois e seu bebê de colo.
Eles foram então alocados em um voo da companhia aérea KLM, que iria decolar algumas horas depois. Veja o vídeo.
"Eu fiquei com um frio no estômago e meu coração disparou" ao saber do fim do avião, disse Barry a jornalistas no saguão do aeroporto.
"Era para a gente estar naquele voo", afirmou Izzy.
"Obviamente tem alguém olhando por nós lá de cima e não nos deixou embarcar".
Sorte
A família se diz "fiel" à Malaysia Airlines e lamentou quando soube que teria de trocar de voo.
"Mas agora eu estou tão feliz que vamos no voo da KLM", conta Izzy.
Quando perguntados se estavam com medo de voar, Barry respondeu:
"Na minha opinião, um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. Então eu acho que temos de entrar neste avião e continuar com a vida", afirmou o britânico, acrescentando que sua mulher não tem a mesma opinião.
"Provavelmente a última coisa que ela quer é voar, principalmente para Kuala Lampur", disse.
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