3.23.2018

Hemorroida – Sintomas, Causas e Tratamentos

 

Todos têm hemorroidas!

Você provavelmente já ouviu falar das hemorroidas, mesmo que este seja um assunto que muitos não gostam de abordar. O tema é bastante particular, e causa nas pessoas certa vergonha, pois refere-se muito a seus hábitos de ir ao banheiro. Entretanto, a hemorroida é algo muito comum, e não precisa ser um tabu: afinal, todos têm hemorroidas!
O sistema digestivo é responsável por transformar os alimentos consumidos pelo indivíduo em nutrientes necessários ao corpo. Logo depois, ele elimina os resíduos por meio das fezes. Os principais responsáveis por este processo final são o reto, o canal anal e o ânus, localizados ao fim do intestino.
Assim como todo o resto do corpo, esta região é cheia de veias e artérias. Elas são responsáveis por levar o sangue até a área, permitindo a “alimentação” de todas as células e o bom funcionamento do corpo. Hemorroida, então, é o nome deste conjunto vascular do canal anal.
Estas estruturas são fundamentais pelo controle intestinal. São elas que impedem a eliminação involuntária das fezes, e garantem que elas só sejam evacuadas quando você estiver no banheiro. Portanto, componentes normais do corpo humano.
O que popularmente conhece-se por hemorroida é, na verdade, a doença hemorroidária. Ela acontece quando os vasos sanguíneos da região anal se dilatam mais do que deveriam, causando inflamação e uma série de sintomas desconfortáveis.

O que são as hemorroidas?

A maioria das veias do corpo conta com uma válvula, que promove o fluxo sanguíneo apenas em uma direção. Esta característica impede, por exemplo, que mesmo que indivíduo esteja de cabeça para baixo, o sangue que deveria chegar às pernas vá para os braços. As mesmas válvulas também impedem que o sangue fique “represado“ em alguma região – quando as válvulas param de funcionar, o sangue fica parado, o que gera problemas como as varizes. Assim, esta “torneira” é essencial a não acumulação do fluxo sanguíneo.
O que acontece com as hemorroidas é que esta região do ânus não tem válvulas. Sem algo que impeça o represamento do sangue, as veias dilatam-se quando há um fluxo excessivo na região, e ficam inchadas.
Aproximadamente 30% dos brasileiros adultos sofrem de doença hemorroidária. O inchaço de uma hemorroida pode variar bastante de tamanho, indo de uma ervilha a algo com tamanho semelhante a uma uva. Os sintomas e tratamentos variam de acordo com seu tipo: externa ou interna.

Hemorroida externa

A hemorroida externa é o tipo do problema que costuma sempre trazer incômodo ao paciente. Sua principal característica é que ela é visível a olho nu, o que também a torna mais suscetível a pequenos impactos, resultando na dor.
Quando externo, o inchaço se assemelha a varizes, ou então a uma diminuta bola de sangue. 
Hemorroidas externas acontecem na área do esfíncter do ânus, ou seja, no músculo que contorna o orifício e permite seu movimento de abertura ou fechamento. A inflamação é coberta por uma fina camada de pele, bastante sensível. É esta sensibilidade que provoca dor no indivíduo quando ele passa muito tempo sentado, em pé, ou ao evacuar.

Hemorroida interna

Já as hemorroidas internas trazem sintomas mais agudos que as externas, apesar de algumas vezes serem assintomáticas, ou seja, sem sinais. Neste tipo de distúrbio, a protuberância causada pela dilatação da área fica pouco acima do esfíncter do ânus, o que torna impossível visualizá-la a olho nu.
Existem quatro graus de hemorroida interna. A hemorroida de grau 1 nunca é visível, pois mantêm-se a todo o tempo dentro do ânus. No grau 2, o inchaço se exterioriza do ânus no momento da evacuação, voltando para a parte interna do corpo logo em seguida. Em geral, este estágio do problema causa sangramento.
No grau 3, o distúrbio é pouco mais grave. A protuberância sai do ânus durante esforços maiores, como a própria evacuação ou exercícios físicos, e só volta para dentro do corpo com ajuda manual. Este “empurrar de volta” precisa ser feito com bastante cuidado.
Por último, o grau 4 hemorroidário provoca exteriorização da protuberância, e ela não retorna para parte interna do corpo nem mesmo com ajuda manual. A dor é intensa, assim como a ocorrência de incontinência fecal e eliminação de muco pela região. No estágio três, também podem acontecer a incontinência e corrimento mucoso.
Os estágios podem evoluir de um para o outro caso o distúrbio não seja prontamente tratado.

Causas do distúrbio

A ocorrência de quadros de hemorroida está normalmente associada ao esforço intenso. Assim, indivíduos que realizam grande força física no dia a dia ou em práticas físicas são mais sujeitos ao aparecimento do problema. No entanto, não é porque o paciente realiza exercícios como ciclismo ou equitação que ele necessariamente irá desenvolver quadros de inflamação.
De qualquer forma, uma das causas mais comuns do distúrbio são os hábitos no banheiro. Obviamente, o número de evacuações de um individuo por semana varia de acordo com seu estilo de vida e alimentos consumidos. Porém, um intestino em bom funcionamento leva a pessoa ao vaso sanitário todos os dias, ou ao menos em dia alternados da semana.
Quando a evacuação não acontece periodicamente, o paciente tende a se esforçar muito mais para eliminação das fezes. Neste caso, o final do intestino delgado sofre grande pressão, e os vasos sanguíneos acabam sendo dilatados neste processo. O resultado é a popular hemorroida.
Ainda relacionada a esta perigosa prisão de ventre pode estar a desidratação. Quando o corpo não recebe água o suficiente, as fezes tornam-se mais “duras”, o que também dificulta sua eliminação.
Casos de diarreia igualmente podem exigir esforços maiores na evacuação, então da mesma forma devem ser acompanhados com atenção.

Cuidado no banheiro!

Mas se ir ao banheiro não é seu problema, talvez o tempo que você gasta no vaso sanitário seja. Utilizar-se o momento da evacuação para distrair-se, com celulares ou mesmo para colocar a leitura daquela revista em dia, é uma péssima ideia. Isso porque,  manter-se no vaso sanitário por muito tempo pode contribuir para  pressão no ânus e congestionamento do sangue na região, causando o temido inchaço.
Há também uma posição adequada para eliminação dos dejetos, que quando não seguida, pode levar ao problema. A melhor posição é a chamada “cócoras”, que coloca os joelhos em um ângulo de mais ou menos 35°.
Manter-se desta forma significa quase agachar, o que libera mais facilmente o canal anal e facilita a passagem das fezes.  Por isso, a comum posição em 90° do corpo, colocando a coluna ereta e os pés no chão, é extremamente prejudicial, pois obstrui a saída do ânus e demanda maior esforço da região para eliminação dos dejetos.

Outros fatores de risco

Ainda há outros hábitos no banheiro que podem prejudicar o corpo e causar as hemorroidas. O excesso de laxantes, por exemplo, desordena o processo natural do organismo, e tornam o intestino “preguiçoso”, dificultando a evacuação quando não houver o uso do recurso. A prática também elimina água em excesso, além de outros nutrientes importantes.
sedentarismo é outro fator de risco, uma vez que o bom funcionamento de todo o corpo depende da boa prática física. A boa alimentação também é essencial para a manutenção da saúde, e o pouco consumo de fibras no dia a dia prejudica a eliminação da fezes.
A obesidade também ser citada como causa potencial da doença hemorroidária, pois causa o aumento de pressão das veias do canal retal. O tabagismo igualmente pode ser ligado aos casos de inflamação, pois provoca hemorragias internas nas veias da região do ânus.
Por último, o envelhecimento. A maioria dos casos de hemorroidas acontece em pessoas a partir dos 45 anos de idade. A partir desta época da vida, os processos fisiológicos do corpo demandam mais para ser realizados, e o organismo fica mais suscetível a problemas.
Além destes, a genética pode ser causa de ocorrências da doença. Caso alguém da família já tenha convivido com o problema, o indivíduo está mais suscetível a desenvolvê-lo.
Uma informação importante de se destacar é que a prática do sexo anal, como muitos imaginam, não leva a casos de doença hemorroidária. Entretanto, se já houver caso instalado da doença, a prática da modalidade sexual pode agravar a situação do problema.

Sintomas da doença

Há uma situação em que a hemorroida não traz sintomas: quando sua formação ainda está se iniciando. Neste estágio, o problema dificilmente será identificado. Na etapa seguinte de desenvolvimento do distúrbio, entretanto, começam a haver incômodos, como desconfortos ao sentar, ou mesmo uma dor aguda na região retal.
Geralmente, a principal alteração percebida no corpo é dor ao evacuar, o que causa dificuldade em eliminar os resíduos. A dor também fica presente após a ida ao banheiro. Associada a esta dor, costuma haver a eliminação de sangue em vermelho vivo, percebidas nas fezes ou mesmo no ânus, após o dejeto.
A coceira na região anal é igualmente comum, assim como um ou vários nódulos (inchaços) próximos ao ânus. As protuberâncias são visíveis penas na hemorroida externa.
Ainda é habitual haver vermelhidão e ardor na área retal. A saída de um líquido esbranquiçado pela região, por sua vez, é uma ocorrência comum em casos de hemorroidas internas.

Será mesmo hemorroida?

Sendo um dos principais sintomas da variz hemorroidária, o sangramento pode logo ser interpretado pelo paciente como sinal do problema. Entretanto, o aparecimento deste sintoma merece atenção redobrada – afinal, ele pode estar associado a uma série de doenças mais graves.
A fissura anal, câncer do reto e infecções podem causar sangramentos. A chamada doença diverticular, em que pequenas protuberâncias se desenvolvem no trato digestivo, também poder ser confundidas com o distúrbio.
Por isso, é fundamental buscar um médico ao primeiro sinal de alteração no corpo, principalmente se ele for o sangramento nas fezes.

Diagnóstico do problema

Ao notar dor e sangramento ao evacuar, ou até mesmo o inchaço de uma hemorroida interna, o indivíduo deve procurar imediatamente o consultório médico. Apenas o especialista poderá dar certeza do diagnóstico, e indicar o melhor tratamento ao problema.
Para isso, são realizados alguns exames importantes. Antes dele, porém, o paciente conversa com o profissional. O bate papo insere o médico na realidade de sintomas e hábitos do sujeito, e assim dá informações que poderão ajudar no diagnóstico.
Assim, ao visitar o hospital, o ideal é que o indivíduo esteja preparado para responder perguntas. Quais os sintomas percebidos? Há quanto tempo eles vem acontecendo? Quais seus hábitos no trabalho – mais tempo em pé ou sentado? Você sente dor ao se sentar? Quais seus hábitos alimentares? Quantas vezes você vai ao banheiro por semana? Qual a textura das vezes evacuadas? Houve sangramento após evacuação? Há histórico de hemorroida na família? Algo parece piorar ou melhorar seus sintomas? Você toma medicamentos, suplementos ou vitaminas?
Em seguida, virão os exames físicos. Para casos de hemorroidas externas, a visualização do ânus do paciente costuma ser suficiente para determinação do quadro.

Diagnóstico da hemorroida interna

Já para diagnóstico dos quadros internos, são necessários testes para análise do canal retal. Neste caso há, por exemplo, o chamado exame digital. Nele, o médico insere um dedo lubrificado e protegido por luva no ânus do paciente, num procedimento semelhante ao exame de próstata. Assim, o especialista consegue perceber qualquer protuberância na parte interna do esfíncter.
Caso alguma anormalidade seja percebida, o profissional pode utilizar-se também da inspeção visual. Por meio de uma pequena câmera de fibra ótica, inserida no reto do paciente, o médico tem uma visão clara do interior do corpo, examinando a protuberância “de perto”.
Outra alternativa bastante utilizada para diagnóstico é a colonoscopia, que verifica a parede intestinal. Nesta situação, o especialista analisa se não há nenhum mal associado ao distúrbio, como um câncer.

Por que comparecer ao médico?

Inegavelmente, todos os exames citados são essenciais para o diagnóstico da hemorroida. Entretanto, eles se tornam ainda mais importantes quando considerada a possibilidade de agravamento do distúrbio para um problema maior.
O sangramento causado pelas hemorroidas, por exemplo, costuma ser pequeno. Há ocorrências, porém, de perda significativa de sangue, que se não for tratada corretamente pode levar à anemia. A anemia acontece devido à carência de ferro no organismo, e provoca fraqueza, tontura, palpitações no coração, dor de cabeça, falta de ar, palidez e outros diversos mal-estares.
Uma segunda possibilidade é o coágulo no sangue. Acumulado no vaso sanguíneo, o sangue pode gerar um trombo (coágulo), causando dor intensa inchaço, inflamação e ainda um nódulo duro próximo ao ânus.
Há também a facilidade de desenvolvimento da hemorroida estrangulada. O problema ocorre quando uma hemorroida interna para de receber sangue. A consequência desta condição é a morte do tecido, ou seja, a gangrena, e dor extremamente intensa.
Por fim, as hemorroidas podem até mesmo estar relacionada às veias do abdômen, e serem sinais de problemas circulatórios, cardíacos, na bexiga ou pulmão.

Hemorroida tem cura?

A pergunta deste subtítulo é uma dúvida comum entre aqueles que sofrem com hemorroidas, ou que tem receio de desenvolvê-las. Afinal, seja qual for a doença, é animador saber que ela possui cura. Neste caso, é bom poder afirmar que a doença hemorroidária tem, sim, tratamento que a elimina.
Geralmente, as hemorroidas externas são as que precisam de um maior cuidado, uma vez que estão mais expostas a fatores do ambiente. A hemorroida interna, por outro lado, pode muitas vezes ser tratadas em casa, pela mudança de hábitos. Seja qual for o tipo do distúrbio, no entanto, é imprescindível o apoio médico.

Remédios para hemorroida

Na hora do tratamento, há diferentes meios que atendem à cura para a hemorroida. O primeiro deles, e um dos mais utilizados, são os farmacêuticos. Os medicamentos, mais comuns em forma de pomada, devem ser utilizados apenas após a indicação do especialista. Eles proporcionam alívio para os sintomas, principalmente da dor. Analgésicos e anti-inflamatórios também são utilizados com este objetivo.
Já os corticoides, como o Ultraproct, diminuem a inflamação, “secando” a protuberância. Este componente químico merece atenção no uso, pois sua utilização contínua por tempo maior que o indicado pode causar a atrofia anal.

Tratamentos: não invasivos

Outra medida eficaz para a cura do problema são os tratamentos não-cirúrgicos. Os métodos deste grupo incluem procedimentos realizados no consultório médico, mas sem a necessidade de nenhum corte de tecido.
Há, por exemplo,  a esclerose hemorroidária. Nesta prática, um agente esclerosante é injetado na sub mucosa que recobre os inchaços hemorroidários. A substância diminui o tamanho da protuberância.
Por sua vez, a laqueação elástica aspira as hemorroidas internas por meio de um aparelho de laqueação. Em seguida, um anel elástico é inserido em volta da a protuberância, estrangulando o inchaço e promovendo a cicatrização do problema. Após alguns dias deste tratamento, a hemorroida se desprende e é eliminada pelo ânus.
Outras possibilidades são procedimentos ambulatoriais. As técnicas incluem congelamento da hemorroida, infravermelho, soluções químicas e laser que contém o inchaço.

Tratamentos caseiros

Sem dúvida, o tratamento caseiro é o que contém o maior número de opções. Habitualmente simples e podendo ser utilizados a qualquer hora, os métodos promovem a diminuição da hemorroida e eliminação dos sintomas.
Inicialmente, o tratamento consiste  no consumo dos alimentos corretos. Alimentar-se de fibras, presentes por exemplo na couve, agrião, aveia, cenoura e arroz integral, garante o bom funcionamento do intestino, evitando o esforço excessivo no momento da evacuação. A prática, aliás, além do tratamento, é eficaz para a prevenção da doença hemorroidária.
Existem também alimentos que são considerados grandes combatentes da hemorroida. Citando os mirtilos, amoras e cerejas, o consumo ajuda a reduzir os inchaços da doença hemorroidária, além de castanhas, melão, maçã. Alimentos que repõem o ferro perdido nos sangramentos, como feijão e banana, também são muito indicados a este período.
Com os mesmos princípios, é importante manter o corpo hidratado. O ideal é que indivíduo consuma ao menos um litro e meio de água por dia.

Métodos para além dos nutrientes

Realizar o chamado “banho de assento” é igualmente eficaz para a cura. O método consiste na produção de um líquido calmante, e depois na acomodação do indivíduo, de cócoras, neste líquido. Uma receita bastante interessante a esta prática é a com óleo cipreste.
Para preparação do banho de cipreste, o indivíduo deve ferver cerca de 1,5 litro de água, e despejar o líquido em uma bacia. Em seguida, é preciso pingar no conteúdo oito gotas de óleo de cipreste, misturar água e óleo, e esperar a água esfriar. Após isto, o sujeito pode sentar-se na bacia. A calêndula, planta medicinal com função calmante e anti-inflamatória, também é boa alternativa, substituindo o óleo cipreste.
Para a ingestão, é eficaz o consumo de um copo com água misturado a uma colher de chá de azeite de maçã, duas vezes ao dia. Também é interessante ingerir uma colher de azeite, também por duas vezes a cada vinte e quatro horas.
Por último, há dois componentes que, se utilizados  como as pomadas, têm efeito benéfico ao corpo. A cavalinha é o primeiro, e deve ser preparada sob infusão numa proporção de 5 gramas da planta para cada 100 mililitros de água. O outro é a argila verde, sendo esta aplicada por compressas de gaze, utilizando uma mistura da argila com água fria. É também possível aplicar compressas de água fria, que promoverão a diminuição do inchaço.

Tratamentos: cirurgias

Dependendo da gravidade e efeitos da hemorroida, a solução é a cirurgia. O método é aplicado apenas em último caso, uma vez que é invasivo e demanda mais tempo para recuperação do paciente. De uma forma geral, a opção é utilizada em apenas 15% dos casos da doença, quando há lesões no ânus, hemorragia ou tromboses. Nestas situações, são diversos os métodos disponíveis.
A hemorroidectomia costuma ser utilizada em hemorroidas internas de grau 4. No procedimento, as protuberâncias são removidas, e a recuperação é feita espontaneamente em até oito semanas.
Para a doença no grau 3, a cirurgia é a hemorroidopexia mecânica ou Procedimento de Prolapso das Hemorroidas, que seca o excesso do tecido da protuberância.
A técnica mais interessante, entretanto, é a por THD. Isso porque, apesar de cirúrgica, ela é menos invasiva e demanda tempo menor de recuperação. Chamado desarterialização hemorroidária transanal, o método acontece sem cortes. Nele, o paciente recebe a sutura dos vasos sanguíneos que fornecem sangue à protuberância hemorroidária. Impedindo o fluxo ao inchaço, a hemorroida diminui e deixa de incomodar. O procedimento é quase indolor, não deixa cicatrizes, e o paciente volta para casa no dia seguinte.

Cuidados no tratamento

Seja qual for o tratamento escolhido para a cura da doença hemorroidária, há algumas medidas importantes a serem tomadas. Elas garantirão que o processo curativo seja eficaz, além de evitarem o agravamento do problema.
Evitar alimentos picantes é uma das precauções. Alimentos açucarados, bebidas com cafeína, alimentos processados e bebidas alcoólicas precisam deixar o cardápio diário, uma vez que dificultam a evacuação e provocam a desidratação do corpo.
É fundamental também não levantar peso, fazer exercício leve (como caminhada) e evitar o uso de papel higiênico, substituindo-o pela água e sabão a cada evacuação, ou por lenços umedecidos. É bom ainda carregar para o trabalho e pela casa uma almofada em forma de aro, aquela que tem uma abertura no centro, evitando o contato direto do assento com a região anal. A pressão sobre a área pode causar dor.

Prevenção do problema

Você já deve ter percebido que a alimentação é um dos principais aspectos relacionados à hemorroida. Quando rica em fibras, ela auxilia na evacuação, e mantém o canal retal saudável. Quando pobre nos nutrientes e rica em gorduras, o quadro é outro, e pode tanto gerar a hemorroida, quanto agravar o problema.
Realizar atividade física regular também é um meio de prevenção. O exercício do corpo faz bem para todo o organismo, e não seria diferente para o bem estar do ânus. Por isso, a clássica recomendação dos médicos de realizar algum esporte deve ser seguida, seja por meio da caminhada diária, seja pela academia ou mesmo por exercícios de flexibilidade como o Yoga ou o Pilates.
Diminuir o tempo em que você passa sentado é outro destaque. Isso porque, quando se mantém muito tempo na mesma posição, o indivíduo tende a enfraquecer os músculos. Caso seu trabalho seja de frente a um computador, crie o hábito de levantar-se algumas vezes, além de alongar-se ao menos uma vez por dia.
Evite também ficar por tempo prolongado no banheiro, distraindo-se ao invés de apenas evacuar. A prática prejudica o intestino, assim como o adiamento da ida ao sanitário.
Sempre que sentir o impulso de evacuar, o faça, pois seu corpo estará preparado para tal. Diferentemente do que ocorrerá com o adiamento do “chamado”, pois quanto mais tempo “paradas” no organismo, mais duras ficam as fezes, e mais difícil será eliminá-las.
Finalmente, preze pela boa higiene anal, realizando sempre que possível a lavagem com água e sabão ao invés do uso do papel higiênico. Lenços umedecidos também são interessantes à limpeza da região.

A doença hemorroidária na gravidez

É impossível falar de hemorroidas sem citar períodos de gravidez. Afinal, nesta época da vida, a mulher fica extremamente suscetível ao distúrbio, pois há o aumento da pressão na região pélvica, graças ao peso “extra” carregado.
O fluxo sanguíneo neste período também é aumentado, o que leva à dilatação dos vasos sanguíneos. A condição é comum principalmente no terceiro trimestre da gestação, ou seja, no sexto mês de gravidez, quando a força e pressão são maiores. A ocorrência pós-parto, graças ao esforço, também é recorrente.
Muitas vezes, a protuberância na mulher grávida é mínima, e nem mesmo percebida. Nestes casos, o inchaço costuma desaparecer após o parto, quando peso e pressão do sangue voltam ao normal. Quando causam dores e os demais sintomas habituais, porém, as protuberâncias precisam ser analisadas pelo obstetra. No caso da pomada, por exemplo, há medicamentos próprios para grávidas, como o Proctyl.
O especialista será o responsável por indicar o tratamento mais adequada à grávida, que necessita de cuidado especial e tem restrições quanto ao uso de substâncias químicas. De qualquer forma, a realização de banhos de assento, da limpeza com água e sabão, e consumo adequado de água e fibras deve ser realizado.
Em último caso, a cirurgia é realizada durante a gravidez. Entretanto, o procedimento só acontece caso a situação seja insuportável e não haja nenhum risco da cirurgia nem para mãe, nem para bebê. Do contrário, a cirurgia, se for mesmo necessária, pode ser adiada até o pós-parto, com medidas minimizadoras sendo tomadas até este momento.
Percebeu como a hemorroida não é algo do que se envergonhar? O distúrbio é bastante comum, e com hábitos simples pode ser prevenido e combatido. Cuide do seu intestino, e a doença hemorroidária irá passar longe da sua vida!

Distúrbio é bastante comum, e pode causar dor e sangramentos no momento da evacuação.    http://www.aterceiraidade.net/hemorroida-sintomas-causas-e-tratamentos/

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