8.15.2010

Febre de ‘piercing’ faz crescer número de infecções entre jovens


Higiene, muito importante para qualquer um que viva em sociedade. E quem faz um piercing faz um pacto com a higiene. Tendo uma higiene diária já é meio caminho andado. Compre escova e creme dental novos. Cuidados com seu Piercing: língua: após algum tempo de perfurado é normal haver um inchaço, e se trata isso com gelo de 6 em 6 horas, água gelada, picolé, sorvete, nisso já se alimenta.
Nas primeiras semanas não é bom e pode ser difícil comer sólido como carne em pedaços grandes. Deve-se tomar cuidado ao comer para não forçar a língua comendo uma dieta de purês, massas, sucos. Isso acontece poucos dias e é importante que se de energia ao corpo, gradativamente se volta aos hábitos normais.
Pode haver uma perda temporária no paladar quando inflamado, depois volta ao normal.
Faça bochechos com água e sal marinho fria para desinchar, morna quando para limpar resíduos e tártaros após o terceiro dia.
Não fale demais nos primeiros dias.
Não beba álcool ou fume demais, nem beba do copo de terceiros. Isso atrasa a cicatrização.
Cuidado com quem se beija. Ha o risco de contrair algumas infecções.
Não morder a jóia, principalmente a de aço e titânio, pode comprometer algum dente. Jóias de titânio sempre são melhores pra cicatrizar e usar, é mais leve e o corpo aceita melhor.
Jóias podem ser trocadas por menores tamanhos após 20 ou 40 dias se estiver tudo certo.
Quem tiver pressão alta precisa ver com o medico se ha restrições quanto ao bochecho com água e sal marinho.
Realmente o consumo de doces, chocolates, gorduras pode atrasar sua cicatrização.
Bebidas alcoólicas, aspirinas, e cafeína e bebidas com temperatura alta podem fazer inchar e sangrar.
Frutos do mar e pimentas podem causar reações alérgicas.
Esses cuidados se aplicam a todos os piercing orais por conseqüência a língua.

Pelo menos para cinco de cada dez jovens, os piercings são o adorno do desejo. Além de adereço estético, é uma forma de identificação. É moda colocá-los em umbigo, pálpebra, língua, orelha, nariz, lábios e até mamilos e genitais.

Em janeiro, o estudante Daniel Silva, 17 anos, aderiu à moda: “Fica bonito, as ‘minas’ gostam”. Colocou três na orelha direita, precisamente na hélice, a parte mais alta, onde fica a dobrinha. Rapidamente, o sonho dourado virou pesadelo.“No segundo dia, o local começou a latejar e a doer; no terceiro, saía pus, minha orelha virou uma bola de tão inchada”, lamenta. “No quarto dia, acabei num pronto-socorro. Tirei os piercings, fiz tratamento por quase um mês; sobrou uma cicatriz horrorosa.”

A estudante Renata Lozano, 18 anos, queria porque queria colocar piercing no umbigo; a mãe acabou cedendo. Três meses depois, quando trocou a jóia, surgiu uma bolhinha de pus no local, que começou a crescer. Foi ao médico, que não teve dúvidas: “Ou eu tirava ou perderia tecido da barriga; a contragosto, tirei”, relembra Renata, que “ganhou” uma cicatriz no umbigo. “Um amigo teve problema com piercing nos lábios: deu infecção e pus; ele também foi obrigado a tirá-lo na marra.”

Os piercings em cada orelha eram o xodó da estudante de Direito Milena Nunes Lemos de Melo, 22 anos. Porém, aos poucos, nos catorze furos foram brotando os temidos quelóides — formações deformantes que lembram “couve-flor” e resultam de cicatrização anormal da pele. “As bolinhas tinham um a dois centímetros de tamanho”, arrepende-se Milena. “Não podia usar cabelo preso, que todo mundo ficava olhando. Tive de retirar os piercings e fazer infiltração de cortisona nos quelóides, para diminuí-los. Agora, como diz um amigo da faculdade, minha cara voltou ao normal.”

Érica Vaz dos Santos, 29 anos, não teve a mesma sorte. “Minha orelha esquerda encolheu; ficou ‘mastigada’”, sofre Érica, que luta contra as seqüelas do piercing, cujos riscos desconhecia na época. A infecção começou uma semana depois. Foi ao médico, que prescreveu antibióticos, mas não resolveram. Tomou mais antibióticos, e nada. A orelha só fazia inchar, e formar mais pus. Um médico chegou a lhe propor a amputação. Foi parar no Hospital das Clínicas de São Paulo, onde ficou em tratamento durante mais de um ano, para fazer drenagem da lesão e controlar a infecção. “Minha orelha ficou deformada, e repuxa muito”, lastima. “Pior é que, atualmente, há jovens colocando em si próprios.”

“Infelizmente, os casos de Daniel, Milena, Renata e Érica não são raros”, alerta o médico Roberto Martinez, médico otorrinolaringologia de uma clínica particular de Porto Velho “Só nós temos pelo menos 20 pacientes com orelha ou nariz deformados pelo piercing; alguns com destruição total!” .

Também crescem os casos de infecções e deformidades na orelha (principalmente) e no nariz, segundo o cirurgião plástico “São regiões inoportunas demais”. Nenhum usuário de piercing está 100% livre desse risco”, avisa a médica dermatologista Margarida Tatibana. Que faz questão de acrescentar: “Nem todo paciente com quelóide tem o resultado de Milena; às vezes, as injeções de cortisona, que são muito dolorosas, não resolvem satisfatoriamente.”

Objeto estranho ao organismo

A procura do belo, aliás, se intensificou nos últimos tempos. O adereço da vez, principalmente entre os jovens, é o piercing, palavra inglesa que significa perfuração penetrante, aguda. Como os brincos, largamente usados pela população, os piercings, são objetos estranhos ao organismo.

O fato é que os piercings podem provocar infecção onde quer que sejam postos: umbigo, pálpebras, mamilos, orelha, nariz, língua, lábios, genitais.

Alguns dos motivos: falta de assepsia do local antes da colocação, luva, instrumentos ou piercing contaminados. Nesses casos, em geral de um a cinco dias depois, a região inflama, fica dolorida e com secreção purulenta. “Aí, é preciso retirar a jóia”, recomenda Tatibana. O mesmo é aconselhável para quem tem alergia ao metal do piercing - a chamada dermatite de contato. É um tipo alergia de pele, que se caracteriza por coceira e aparecimento de bolhinhas de água no local da perfuração. Ao se romperem, podem abrir caminho para infecção.

Existe ainda a possibilidade das seguintes conseqüências de piercing na língua:

1) O foco infeccioso de bactérias da boca pode eventualmente migrar para a circulação e atingir o coração, causando endocardite - inflamação do endocárdio, a membrana que forra o órgão internamente. “Já há casos relatados na literatura”, afirma Soraia.

2) Inflamar a gengiva.

3) Quebrar os dentes, ao se mastigar alimentos ou durante o sono.

“Já nos genitais, o simples fato de furar para a colocação do piercing pode desencadear crise de herpes em quem tem o vírus, e facilitar, depois, infecção por bactérias”, previne a média Margarida. O mesmo pode ocorrer em quem tem herpes na boca ou no rosto.

Portanto, muito cuidado!

7 comentários:

Anônimo disse...

Eu tenho piercing no lábio e nunca tive nenhum problema com ele.

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

Que bom. Espero que o artigo possa lhe trazer ensinamentos necessários para que vc nunca tenha problemas com este tipo de artefato utilizados pelos nossos indios.
Abs

mallu disse...

Furei minha língua faz 3 dias e ainda está inchada, tive febre durante a noite. Não consigo comer nada, e pra falar a verdade, dói mais é uma dor suportável, dá para sobreviver.

Douglas David disse...

Furei minha língua ah exatamente a 5hrs, comprei listei né e antes de dormir eu fiz bochecha mento escovei a língua enchuguei e logo após usei listei né. Agora são 00:48 estou com muita febre tomei paracetamol em comprimido, estou acordado esperando a febre passar. Espero q não de nada.

Anônimo disse...

Tive febre depois de 2 dias de furada minha língua também..
Ou seja eu ainda estou ne

Anônimo disse...

Mais não sei se é por causa do piercing seila

Anônimo disse...

Igualmente eu..
Mais será q é por causa do piercing?