Fazer remédios está em alta. Com a lei dos genéricos, de 1999, e a multiplicação de farmácias de manipulação na última década, profissionais capazes de produzir medicamentos estão sendo mais procurados pelo mercado.
Segundo José Henrique Gialongo, coordenador do curso na Uninove, os genéricos fizeram a indústria empregar mais farmacêuticos.
"Mas não foi só na indústria, com os profissionais que fazem o remédio. Foram abertas também vagas para registro e para controle desse tipo de medicamento."
De um modo mais personalizado, outra área que tem crescido é a de farmácias de manipulação, que produzem remédio sob demanda.
"A vantagem é que elas conseguem fabricar remédios em doses que a indústria não tem", diz Gialongo.
Segundo o professor, as três áreas em que as farmácias de manipulação mais atuam são na dermatologia, com cosméticos, na endocrinologia e na nutrição.
Para a professora Elfriede Marianne Bacchi, coordenadora do curso de farmácia da USP, esse olhar mais individualizado para o paciente tem se mostrado também na participação de farmacêuticos em hospitais e em equipes de saúde da família, na chamada farmácia clínica.
"Hoje há mais graduados trabalhando com a atenção ao paciente, em equipes interdisciplinares, fazendo uma discussão com médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais sobre a forma, a dose e a periodicidade ideais para se tomar um medicamento", diz Elfriede.
Para Gialongo, há um movimento por parte dos cursos de farmácia de forma a tornar os currículos mais humanos, capazes de lidar com essas novas situações. "O foco do farmacêutico deixou de ser o remédio e passou a ser o paciente", afirmou o professor.
De acordo com o Conselho Federal de Farmácia, há mais de 60 áreas em que o farmacêutico pode atuar. Confira todas elas em www.cff.org.br, na seção Educação.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário