Infarto por amor
Cientistas avançam em métodos para diagnóstico da síndrome do coração partido, uma disfunção cardíaca provocada pelo estresse posterior ao fim de um romance
Infarto por amor
Cientistas avançam em métodos para diagnóstico da síndrome do coração partido, uma disfunção cardíaca provocada pelo estresse posterior ao fim de um romance
No imaginário popular, o coração sempre foi usado como metáfora para o amor. De modo análogo, separações e perdas do ente querido são representadas pelo coração partido – como se o estímulo emocional fosse capaz de gerar uma alteração física no órgão. A imagem pode parecer exagerada, mas a ciência já comprovou que esse tipo de trauma pode sim interferir no funcionamento cardíaco. Algumas pessoas, quando submetidas a situações de grande estresse emocional, como o fim de um romance, sofrem um estreitamento abrupto da principal via de entrada de sangue para o órgão: a artéria coronária. Quando essa suspensão dura mais de 20 minutos, a irrigação do coração fica comprometida. O músculo não recebe sangue, para de se mover e a pessoa sofre um ataque cardíaco (sem apresentar nenhum dos fatores de risco usuais, como obesidade, fumo e hipertensão arterial).
Esse infarto diferente – não provocado pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias cardíacas, como habitualmente – foi relatado pela primeira vez em 1991. Nessas duas décadas, segue intrigando pesquisadores de todo o mundo. Em especial porque ainda não se tem claro como antever sua ocorrência. Por observação dos pacientes afetados, já se notou a maior prevalência entre as mulheres, após a menopausa e em períodos de intenso estresse emocional.
Porém, uma nova descoberta feita por uma equipe da Clínica Maio, respeitada instituição americana, promete tornar possível o diagnóstico antes que aconteça a falência do coração. No estudo observaram-se 28 mulheres, 12 delas portadoras da disfunção. “Nessas pacientes, em vez de os vasos sanguíneos do coração se dilatarem em resposta ao estresse, eles se estreitavam”, disse à ISTOÉ Amir Lerman, coordenador da pesquisa. “Essa alteração pode ser detectada preventivamente, antes de a pessoa sofrer um ataque cardíaco.” Transformar essa descoberta em um meio de diagnóstico, esclarece o médico, é apenas uma questão de tempo.
Hoje ainda não há maneiras de saber se uma pessoa tem ou não a síndrome – só se fica sabendo disso depois que ela tem o infarto. Mas é possível tomar pelo menos um cuidado: ficar atento aos sintomas. “Se o indivíduo está passando por um período de estresse, tristeza ou depressão e sente dores no peito, que podem se espalhar para outros membros, fraqueza e suores frios, deve ser encaminhado ao hospital”, diz o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Esse infarto diferente – não provocado pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias cardíacas, como habitualmente – foi relatado pela primeira vez em 1991. Nessas duas décadas, segue intrigando pesquisadores de todo o mundo. Em especial porque ainda não se tem claro como antever sua ocorrência. Por observação dos pacientes afetados, já se notou a maior prevalência entre as mulheres, após a menopausa e em períodos de intenso estresse emocional.
Porém, uma nova descoberta feita por uma equipe da Clínica Maio, respeitada instituição americana, promete tornar possível o diagnóstico antes que aconteça a falência do coração. No estudo observaram-se 28 mulheres, 12 delas portadoras da disfunção. “Nessas pacientes, em vez de os vasos sanguíneos do coração se dilatarem em resposta ao estresse, eles se estreitavam”, disse à ISTOÉ Amir Lerman, coordenador da pesquisa. “Essa alteração pode ser detectada preventivamente, antes de a pessoa sofrer um ataque cardíaco.” Transformar essa descoberta em um meio de diagnóstico, esclarece o médico, é apenas uma questão de tempo.
Hoje ainda não há maneiras de saber se uma pessoa tem ou não a síndrome – só se fica sabendo disso depois que ela tem o infarto. Mas é possível tomar pelo menos um cuidado: ficar atento aos sintomas. “Se o indivíduo está passando por um período de estresse, tristeza ou depressão e sente dores no peito, que podem se espalhar para outros membros, fraqueza e suores frios, deve ser encaminhado ao hospital”, diz o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
No imaginário popular, o coração sempre foi usado como metáfora para o amor. De modo análogo, separações e perdas do ente querido são representadas pelo coração partido – como se o estímulo emocional fosse capaz de gerar uma alteração física no órgão. A imagem pode parecer exagerada, mas a ciência já comprovou que esse tipo de trauma pode sim interferir no funcionamento cardíaco. Algumas pessoas, quando submetidas a situações de grande estresse emocional, como o fim de um romance, sofrem um estreitamento abrupto da principal via de entrada de sangue para o órgão: a artéria coronária. Quando essa suspensão dura mais de 20 minutos, a irrigação do coração fica comprometida. O músculo não recebe sangue, para de se mover e a pessoa sofre um ataque cardíaco (sem apresentar nenhum dos fatores de risco usuais, como obesidade, fumo e hipertensão arterial).
Esse infarto diferente – não provocado pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias cardíacas, como habitualmente – foi relatado pela primeira vez em 1991. Nessas duas décadas, segue intrigando pesquisadores de todo o mundo. Em especial porque ainda não se tem claro como antever sua ocorrência. Por observação dos pacientes afetados, já se notou a maior prevalência entre as mulheres, após a menopausa e em períodos de intenso estresse emocional.
Porém, uma nova descoberta feita por uma equipe da Clínica Maio, respeitada instituição americana, promete tornar possível o diagnóstico antes que aconteça a falência do coração. No estudo observaram-se 28 mulheres, 12 delas portadoras da disfunção. “Nessas pacientes, em vez de os vasos sanguíneos do coração se dilatarem em resposta ao estresse, eles se estreitavam”, disse à ISTOÉ Amir Lerman, coordenador da pesquisa. “Essa alteração pode ser detectada preventivamente, antes de a pessoa sofrer um ataque cardíaco.” Transformar essa descoberta em um meio de diagnóstico, esclarece o médico, é apenas uma questão de tempo.
Hoje ainda não há maneiras de saber se uma pessoa tem ou não a síndrome – só se fica sabendo disso depois que ela tem o infarto. Mas é possível tomar pelo menos um cuidado: ficar atento aos sintomas. “Se o indivíduo está passando por um período de estresse, tristeza ou depressão e sente dores no peito, que podem se espalhar para outros membros, fraqueza e suores frios, deve ser encaminhado ao hospital”, diz o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Esse infarto diferente – não provocado pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias cardíacas, como habitualmente – foi relatado pela primeira vez em 1991. Nessas duas décadas, segue intrigando pesquisadores de todo o mundo. Em especial porque ainda não se tem claro como antever sua ocorrência. Por observação dos pacientes afetados, já se notou a maior prevalência entre as mulheres, após a menopausa e em períodos de intenso estresse emocional.
Porém, uma nova descoberta feita por uma equipe da Clínica Maio, respeitada instituição americana, promete tornar possível o diagnóstico antes que aconteça a falência do coração. No estudo observaram-se 28 mulheres, 12 delas portadoras da disfunção. “Nessas pacientes, em vez de os vasos sanguíneos do coração se dilatarem em resposta ao estresse, eles se estreitavam”, disse à ISTOÉ Amir Lerman, coordenador da pesquisa. “Essa alteração pode ser detectada preventivamente, antes de a pessoa sofrer um ataque cardíaco.” Transformar essa descoberta em um meio de diagnóstico, esclarece o médico, é apenas uma questão de tempo.
Hoje ainda não há maneiras de saber se uma pessoa tem ou não a síndrome – só se fica sabendo disso depois que ela tem o infarto. Mas é possível tomar pelo menos um cuidado: ficar atento aos sintomas. “Se o indivíduo está passando por um período de estresse, tristeza ou depressão e sente dores no peito, que podem se espalhar para outros membros, fraqueza e suores frios, deve ser encaminhado ao hospital”, diz o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
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