Nossa câmbio valorizado é uma das principais causas... Interessante, até porque confirma o que todos nos já sabíamos: pesquisa feita junto a 1.529 indústrias de grande, médio e pequeno porte pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que a concorrência com produtos chineses afeta 28% - mais de 1/4 - das empresas brasileiras.
Dentre as empresas expostas à esta concorrência, uma parcela de 45% perdeu participação no mercado interno. A competição chinesa também causou perda de mercado externo para nossas indústrias. Dentre as exportadoras consultadas, mais da metade (52%), concorre com os produtos asiáticos - destas, 67% queixam-se de terem perdido clientes externos.
A CNI adianta que os efeitos dessa concorrência no mercado interno foram mais sentidos em quatro setores - produtos de metal, couros, calçados e têxteis. No externo (exportador), a perda de clientes foi mais intensa nos setores têxteis, de máquinas e equipamentos, além de produtos de metal e do setor calçadista.
Impedir dumping, reduzir custos, aumentar produtividade
O levantamento da CNI aponta que a China converteu-se em importante fornecedora de insumos e matérias-primas pra cá, e que isso cada vez ganha mais espaço nos últimos anos. Em 2006 (ano de pesquisa anterior semelhante), apenas 11% das empresas consultadas importavam matérias-primas da China e parcelas ainda menores compravam seus produtos finais ou equipamentos.
Já na pesquisa de agora, 21% das consultadas adquiriram matérias-primas chinesas e quase 10% importavam de lá manufaturados, além de máquinas e equipamentos. E dentre os atuais importadores de produtos chineses, 1/3 afirmou que pretende aumentar suas compras nos próximos seis meses.
Temos aí, comprovada entre nós, a força da China, a de suas exportações para o Brasil, seu papel na economia global e a concorrência com nossos produtos no mundo. A pesquisa/CNI confirma que só temos um caminho: impedir toda e qualquer ação de dumping e aumentar nossa competitividade e produtividade. Para tanto, insisto, há que reduzir nossos custos tributários, financeiros, e na infraestrutura. Como?
Saída: reforma tributária
Fazendo a reforma tributária, investindo na infraestrutura e em inovação, sem perder de vista que nosso câmbio depende da política monetária e fiscal, e não apenas do aumento das commodities ou da desvalorização artificial do dólar e do yuan.
Afinal, vejam o que diz o relatório-síntese da pesquisa da CNI na justificativa para estas perdas de mercado: "Há fatores de competitividade bem mais favoráveis para a China, como custo salarial menor, juros mais baixos, infraestrutura mais eficiente, escala de produção muito maior e menores barreiras burocráticas. Mas, o fator mais relevante é o câmbio."
Dentre as empresas expostas à esta concorrência, uma parcela de 45% perdeu participação no mercado interno. A competição chinesa também causou perda de mercado externo para nossas indústrias. Dentre as exportadoras consultadas, mais da metade (52%), concorre com os produtos asiáticos - destas, 67% queixam-se de terem perdido clientes externos.
A CNI adianta que os efeitos dessa concorrência no mercado interno foram mais sentidos em quatro setores - produtos de metal, couros, calçados e têxteis. No externo (exportador), a perda de clientes foi mais intensa nos setores têxteis, de máquinas e equipamentos, além de produtos de metal e do setor calçadista.
Impedir dumping, reduzir custos, aumentar produtividade
O levantamento da CNI aponta que a China converteu-se em importante fornecedora de insumos e matérias-primas pra cá, e que isso cada vez ganha mais espaço nos últimos anos. Em 2006 (ano de pesquisa anterior semelhante), apenas 11% das empresas consultadas importavam matérias-primas da China e parcelas ainda menores compravam seus produtos finais ou equipamentos.
Já na pesquisa de agora, 21% das consultadas adquiriram matérias-primas chinesas e quase 10% importavam de lá manufaturados, além de máquinas e equipamentos. E dentre os atuais importadores de produtos chineses, 1/3 afirmou que pretende aumentar suas compras nos próximos seis meses.
Temos aí, comprovada entre nós, a força da China, a de suas exportações para o Brasil, seu papel na economia global e a concorrência com nossos produtos no mundo. A pesquisa/CNI confirma que só temos um caminho: impedir toda e qualquer ação de dumping e aumentar nossa competitividade e produtividade. Para tanto, insisto, há que reduzir nossos custos tributários, financeiros, e na infraestrutura. Como?
Saída: reforma tributária
Fazendo a reforma tributária, investindo na infraestrutura e em inovação, sem perder de vista que nosso câmbio depende da política monetária e fiscal, e não apenas do aumento das commodities ou da desvalorização artificial do dólar e do yuan.
Afinal, vejam o que diz o relatório-síntese da pesquisa da CNI na justificativa para estas perdas de mercado: "Há fatores de competitividade bem mais favoráveis para a China, como custo salarial menor, juros mais baixos, infraestrutura mais eficiente, escala de produção muito maior e menores barreiras burocráticas. Mas, o fator mais relevante é o câmbio."
Publicado em 04-Fev-2011
Blog do Zé Dirceu
Nenhum comentário:
Postar um comentário