2.05.2011

Câncer: a importância de um diagnóstico precoce.

Estão previstos 500 mil novos casos de câncer para 2011

No dia 04 de fevereiro (sexta-feira), instituído o Dia Mundial de Combate ao Câncer pelo UICC (União Internacional de Combate ao Câncer), o INCA informou em nota que mais de 12, 7 milhões de pessoas são diagnosticadas todo ano com câncer e 7,6 milhões de pessoas morrem vítimas da doença. No Brasil, são esperados, somente para 2011, quase 500 mil novos casos.
Se não forem tomadas medidas de longo prazo e largo alcance, haverá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo em 2030, sendo que 2/3 das vítimas ocorrerão nos países em desenvolvimento.
Muitos desconhecem que a obtenção de um diagnóstico precoce em casos de pacientes com câncer está diretamente associada às suas reais chances de cura. A detecção da doença em estágio inicial pode ser responsável por 80% a 100% da cura definitiva. Já em situações que chegaram ao grau máximo de evolução, quando o câncer disseminou-se pelo corpo, essa possibilidade é praticamente nula, conforme afirma Fernando Medina, oncologista do Hospital São Luiz, da unidade Anália Franco.
Mulheres que ainda não tiveram filho ou ficaram grávidas depois dos 30 anos apresentaram menarca muito cedo, menopausa tardia ou estão fazendo reposição hormonal são mais propensas a ter câncer de mama. É comprovado que, hoje, cerca de 49 mil mulheres tenham câncer de mama - estimativa alta para a população brasileira.
Segundo o especialista, para todos os tipos de câncer – colo do útero, boca, colorretal, estômago, esôfago, leucemia, pele melanona, próstata, pulmão – há uma forma específica para se detectar precocemente a presença da doença. No de mama, por exemplo, o principal exame preventivo é a mamografia. Recomendada para mulheres acima dos 50 anos, ela pode garantir a redução do índice de mortalidade. Já para aquelas com menos de 40 anos, o ultrassom de mama é o mais apropriado. Ainda que em casos de dúvida, a ressonância magnética das mamas funciona como um exame completo, preciso e menos desconfortável que os tradicionais.
Câncer de mama masculino - Segundo Medina, surgem 500 casos de câncer de mama masculino a cada ano, no Brasil. O diagnóstico, que também é feito por meio do exame de mamografia, é fácil e bastante simples de ser realizado, porém, na maioria dos casos, acontece tardiamente. Isso porque a maioria dos homens não percebe a tempo uma possível alteração em suas mamas, e pensa que a doença se restringe ao universo feminino.
Para tratar do tema, esclarecendo questões que se fazem a respeito desta doença, alertando para possíveis tratamentos e dicas de prevenção, o Hospital São Luiz coloca à disposição o dr. Fernando Medina, oncologista da instituição.
Hospital e Maternidade São Luiz -Inaugurado em 1938 como uma policlínica, o São Luiz é hoje uma rede de hospitais com 14 mil médicos credenciados, 4,5 mil funcionários e 803 leitos. Por mês, faz cerca de 4,4 mil internações, 3,4 mil cirurgias, atende 50 mil pacientes no pronto-socorro e realiza 69 mil exames no Centro de Diagnósticos. Por ano, a Maternidade faz 13 mil partos. Com unidades localizadas no Itaim, Morumbi e Anália Franco, o hospital objetiva oferecer infraestrutura, conforto, tecnologia e dedicação para os seus pacientes, o que caracteriza o alto padrão de qualidade São Luiz.
Fonte: INCA

Dia Mundial do Câncer: 120 países se mobilizam pela prevenção contra tumores, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias


Essas doenças respondem por mais de 70% dos gastos assistenciais do SUS e por 67% de todas as mortes registradas no Brasil
Rio (04/02) - O Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, terá neste ano uma pauta ampla: mobilizar as 400 organizações espalhadas em 120 países, representados na União Internacional para o Controle do Câncer (UICC, na sigla em inglês), entre os quais o Brasil, a adotarem campanhas sistemáticas de prevenção. O objetivo é combater o efeito considerado “catastrófico” das doenças crônicas não-transmissíveis sobre as populações e os sistemas públicos de saúde.

No país, o câncer, a diabetes, as doenças cardiovasculares e respiratórias consomem mais de 70% dos gastos assistenciais do Sistema Único de Saúde (SUS) e respondem por 67% das mortes registradas no país. Os dados são do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Os efeitos dessas doenças sobre as populações e os sistemas públicos de saúde são tão devastadores que a Organização das Nações Unidas (ONU) incluiu na pauta da sua Assembleia Geral, marcada para setembro, em Nova Iorque, uma discussão sobre o tema. Essa é a terceira vez que as Nações Unidas abrem espaço para discutir assuntos dessa natureza. Ocorreu com a poliomielite, em 1988, a partir de uma resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicar a doença no mundo até o ano 2000; com a Aids, em 2001, e agora com as doenças crônicas não-transmissíveis.

“O objetivo é chamar a atenção dos países e dos gestores da saúde em todo o
mundo para a necessidade urgente de se adotar medidas de prevenção e controle dessas doenças”, afirma o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, porta-voz da UICC para a América Latina. Segundo a OMS, as doenças crônicas não-transmissíveis são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo. A UICC afirma que são 35 milhões de mortes por ano sendo que 9 milhões poderiam ser evitadas.

No Brasil, até a primeira metade do século XX, as Doenças Infecciosas Transmissíveis, caso da tuberculose e do sarampo, eram as causas mais frequentes de morte. A partir dos anos 60, uma série de fatores combinados potencializou as doenças crônico-degenerativas: o envelhecimento da população, a redução das taxas de desnutrição, a queda nas taxas de natalidade, o excesso de pessoas com sobrepeso e obesas são alguns desses fatores.

Essa mudança, que é uma tendência mundial, no Brasil, é observada em todas as regiões. A maior redução foi registrada na região Norte: em 1980 as doenças infecciosas e parasitárias representavam 26% do total de mortes, já em 2008, elas foram causa de 6,5% dos óbitos. Na região Nordeste, os óbitos por essas doenças caíram de 21% para 5% do total registrado.

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