2.18.2011

MALÁRIA


Parceria pública internacional disponibiliza novo medicamento contra a malária - uma combinação em dose fixa administrada uma vez ao dia
 – Uma parceria inovadora entre Farmanguinhos/Fiocruz, o laboratório farmacêutico público do Brasil, e a organização de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, sem fins lucrativos, DNDi, iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas, anunciaram hoje que o ASMQ, a nova combinação em dose fixa do artesunato (AS) e mefloquina (MQ), para o controle da malária, já está registrado e disponível no Brasil.

As combinações contendo derivados de artemisinina (ACTs) são consideradas os melhores tratamentos disponíveis contra a malária falciparum não complicada e são um elemento decisivo na estratégia de luta contra a malária. Segura, rápida e eficaz, a combinação de AS e MQ é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2001, como um dos quatro ACTs para o tratamento antimalárico de primeira linha.

ASMQ é o primeiro novo produto para doenças negligenciadas desenvolvido e registrado no Brasil e o segundo disponibilizado pelos parceiros públicos do projeto FACT da DNDi (Terapia Combinada em dose fixa à base de Artemisinina). O ASMQ é uma formulação em dose fixa da combinação do AS e da MQ, amplamente utilizada em países da América Latina e do Sudeste Asiático ao longo da última década.

Graças à colaboração de parceiros públicos no Brasil e no sudeste da Ásia, dentro do Projeto FACT de DNDi, esta inovadora formulação está agora disponível no Brasil. As autoridades brasileiras do Programa de Controle da Malária observaram, em resultados preliminares que, após um ano de tratamento de 17 mil pacientes com ASMQ em uso programático, a nova formulação foi essencial para a redução dos casos de malária e do número de hospitalizações relacionadas à doença. 1

Em 2006, o Ministério da Saúde registrou 145 mil casos de malária falciparum, a mais grave, sendo 99% deles na Amazônia Legal. Em 2007, houve redução para 93 mil casos. As hospitalizações de pacientes com malária também caíram de 9.500 em 2006 para pouco mais de 6 mil em 2007. A expansão da rede de atenção básica, o diagnóstico precoce e o emprego da nova terapêutica – ASMQ - desempenharam papel significativo para estes resultados”, afirmou Gerson Penna, Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil.

O ASMQ, que combina dois medicamentos (AS e MQ) em um pequeno comprimido azul, simplifica o tratamento de adultos e crianças com uma dose diária de 1 a 2 comprimidos por 3 dias, garantindo que os dois medicamentos sejam tomados juntos e na proporção correta. As necessidades das crianças, principais vítimas da malária, são atendidas pelo ASMQ que oferece três apresentações para as crianças. Os comprimidos são pequenos e facilmente trituráveis.

Embalagens com indicações em cores facilitam não apenas a administração do medicamento pelos pacientes, mas também a prescrição feita por profissionais de saúde. O ASMQ é o primeiro ACT em dose fixa que pode ser armazenado por 3 anos em clima tropical.
Fonte: Farmanguinhos 

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