12.05.2011

DOENÇAS REUMÁTICAS ATINGEM MULHERES ENTRE 30 E 40 ANOS

Doenças reumáticas atingem mulheres entre 30 e 40 anos

As doenças reumáticas atingem com frequência mulheres de 30 a 40 anos. Saiba mais!

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Se você faz parte do grupo que acredita que as doenças reumáticas como a artrite só atingem pessoas de idade avançada, está na hora de abrir os olhos. Dados do Ministério da Saúde revelam que 12 milhões de brasileiros, incluindo mulheres entre 30 e 40 anos, são vítimas de doenças reumáticas.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e setembro de 2011, 33.852 pacientes foram internados devido à artrite reumatoide. Contribuem para o desenvolvimento da doença fatores como a obesidade, o tabagismo, o alto consumo de bebidas alcóolicas e o excesso do uso de medicamentos.
Para especialistas, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais para o tratamento das doenças reumáticas.  Entre os sintomas mais importantes de identificação da doença estão: dores ao esticar os braços, dores nas articulações por mais de seis semanas, vermelhidão no local, rigidez pela manhã e inchaço.
Entre as doenças reumáticas mais conhecidas estão a osteoartrose, artrite reumatóide, osteoporose, gota, lúpus, febre reumática, fibromialgia, tendinite, bursite e diversas patologias que acometem a coluna vertebral.
Tratamento
A fisioterapia proporciona ao paciente o alívio da dor e da rigidez articular. Já quando o paciente apresenta sequelas, as sessões podem adaptar a pessoa às novas condições de vida. Nas sessões, os profissionais utilizam nos pacientes o gelo, ultra-som, correntes elétricas, laser, massagens, trações, alongamentos, além de técnicas para relaxamento e reforço muscular.

SAIBA MAIS:
 Falar em reumatismo, a referência encontrada é um estado de dificuldades típicas dos idosos. Esta idéia é tão difundida quanto falsa: as doenças reumáticas não são exclusividade de uma determinada faixa etária e abrangem um número muito grande de afecções, com causas muito diversificadas.
O termo reumatismo, a rigor, não trata de uma doença em particular, mas de um grande número delas, todas atuantes no sistema músculo-esquelético. Este é o sistema que dá a sustentação (ossos) e mobilidade (músculos) ao nosso corpo. Sua estrutura é muito complexa, pois é composto por mais de 230 ossos e cerca de 639 músculos, que desempenham funções variadas, como proteger órgãos vitais (crânio e costelas), sustentar-nos na posição ereta e permitir atos como andar, pegar, pular etc. Ao movimentarem-se os ossos e os músculos usam as articulações que, ao mesmo tempo em que os prendem na posição correta, permitem que executem os movimentos mais variados.
Cada articulação de nosso corpo, além de ossos e músculos, tem outros componentes de grande importância, como as cartilagens (que funcionam como amortecedores, não deixando que os ossos se atritem e desgastem); os tendões (que ligam os músculos aos ossos); os ligamentos (que mantêm o conjunto no lugar); as bainhas musculares (que cobrem tendões e músculos e evitam o atrito ao se movimentarem); e as bursas (bolsas de líquido que ajudam a proteção e estabilização de algumas articulações). Cada um destes elementos desempenha uma função e o bom funcionamento do conjunto depende de todos.
O nosso sistema de sustentação e movimento é um fascinante produto de milhões de anos de evolução dos seres vivos, desde as suas formas mais simples até a complexidade e variedade atuais. Sob o ponto de vista de sua eficiência, é o mecanismo perfeito para as atividades e necessidades humanas, realizando seu trabalho com gasto mínimo de energia. E mesmo a realização de movimentos simples, como abrir e fechar a mão, implica a atividade de dezenas de ossos, músculos, cartilagens, tendões e ligamentos trabalhando coordenados, de forma quase automática.
As doenças reumáticas são inflamações (crônicas ou não) em um ou mais componentes de uma articulação, gerando dores e incapacidade temporária ou permanente para sua movimentação adequada.
A inflamação é uma reação benéfica ao organismo — na qual este busca se proteger de uma agressão qualquer, seja de bactéria, vírus ou traumatismo —, que (em média) em sete dias recupera as funções normais. Esta reação benéfica se torna um problema quando não há possibilidade de controle do agente inflamatório ou quando há um desequilíbrio no sistema imunológico, tornando-a impossível de ser controlada pelos medicamentos atuais.
Existem mais de 100 tipos diferentes de doenças que podem ser classificadas como reumáticas. Estas doenças podem atacar pessoas em qualquer idade.
Os tipos mais comuns de reumatismo, no Brasil, são a artrite, a artrose, a tendinite, a gota, as dores na coluna e a osteoporose.
As doenças reumáticas são basicamente inflamatórias, mas a doença considerada reumática mais complicada é de caráter degenerativo e se chama osteo-artrose, uma degeneração das cartilagens que existem nas articulações e evitam o contato direto entre os ossos em movimento.
A osteoporose, também, é uma doença importante, e apresenta a redução de massa óssea, resultante da perda de cálcio em algumas mulheres, após a menopausa.
No Brasil existem cerca de 15 milhões de pessoas sofrendo de algum tipo de doença reumática, principalmente a artrose e o reumatismo das partes moles.
A artrose ou reumatismo degenerativo é mais comum nas pessoas com mais de 50 anos, mas pode surgir em jovens devido à obesidade ou a atividades profissionais. Sua principal característica é a degeneração das cartilagens, provocando dor e enrijecimento das articulações.
O reumatismo nas partes moles atinge músculos e tendões e é mais comum em pessoas adultas. Em geral, resulta de traumas provocados por esforços excessivos ou repetitivos.
As doenças reumáticas são um grande problema de saúde pública no Brasil. São a segunda maior causa de afastamento temporário do trabalho e a terceira causa de aposentadorias precoces por invalidez, perdendo apenas para as doenças cardíacas e mentais; isto, porque apenas um pequeno número de doenças reumáticas pode ser curada, como a tendo-sinovite, provocada por esforço repetitivo, a qual regride na medida em que a pessoa deixa de fazer a atividade que a provocou.
No entanto, em sua grande maioria, as doenças reumáticas podem ser controladas, permitindo uma vida normal, excetuando-se uma minoria que leva a deformidades, pois podem atingir a coluna, enrijecendo-a, provocando paralisias e redução da capacidade de trabalho.
As doenças reumáticas não apenas podem incapacitar para o trabalho, como podem piorar muito a qualidade de vida de seus portadores, provocando dores e dificuldades nas tarefas domésticas e nas práticas esportivas.

O que está em discussão

Evitar o surgimento de doenças reumáticas implica adquirir — e quanto mais cedo melhor — a consciência de que, por mais fantástico que seja o desempenho de nosso sistema músculo-esquelético, ele se desenvolveu dentro de condições ambientais diversas daquelas em que o homem urbano se encontra.
As cidades surgiram há não mais de cinco mil anos, e nossa formação corporal teve (pelo menos) um milhão de anos de desenvolvimento prévio. O homem primitivo caminhava e se exercitava naturalmente na sua busca de alimento e proteção contra os predadores, e toda nossa conformação corporal está adaptada a este exercitar constante da musculatura.
As condições vigentes nas cidades, atualmente, com seu sistema de transportes e formas de trabalho sedentárias, exigem pouco ou nenhum exercício corporal no dia-a-dia de seus habitantes. Isto implica a necessidade de exercícios corporais e atenção constante no processo de trabalho, evitando posturas inadequadas ou esforços excessivos ou repetitivos.
Algumas dicas simples: caminhar utilizando o calçado adequado é o melhor exercício para prevenir os diversos tipos de doenças reumáticas; para quem trabalha sentado: manter uma postura correta e, de tempos em tempos, fazer relaxamento muscular e exercícios de alongamento; nas atividades que implicam esforços repetitivos, relaxar e alongar os músculos a intervalos regulares; evitar esforços excessivos e, ao levantar pesos, manter a coluna ereta.
O descanso também é importante, pois ao dormir recuperamos a energia despendida e relaxamos o conjunto da musculatura. Por isso, é recomendável não usar colchões muito moles e travesseiros muito baixos ou altos demais, o que pode provocar vários problemas de coluna.
Nas doenças reumáticas, o diagnóstico precoce é de extrema importância. É necessário ficar atento e, ao notar qualquer inchaço e/ou dores em articulações ou coluna, procurar os serviços de saúde. Muitos casos, mesmo aqueles considerados dos mais graves, podem ser curados ou controlados se tratados desde o início.
Estes cuidados com o corpo (exercícios regulares, boa postura ao trabalhar, boas condições de descanso) são suficientes para prevenir a quase totalidade das doenças reumáticas, e não somente elas, pois são cuidados que, aliados a uma alimentação adequada, garantem boa saúde ao longo de toda a vida.
Fonte: www.fozdoiguacu.pr.gov.br
Doenças Reumáticas
Pessoas que são fisicamente ativas, são mais saudáveis e vivem por mais tempo, quando comparadas àquelas inativas. Isto é verdade para todos, mas especialmente para aquelas com reumatismo.
Os benefícios do exercício físico é bastante conhecido de todos, mas existem alguns que se mostraram extremamente importantes para os pacientes reumáticos. A artrite é uma das maiores causas de limitação da atividade física e, a inatividade pode piorar a doença, criando um círculo vicioso, que vai complicando cada vez mais o quadro, dificultando a melhora.
Muitas das pessoas que têm artrite estão “fora de forma”, são mais “fracas”, com menos flexibilidade, sentindo mais dor que o necessário, devido principalmente às “complicações” da inatividade. Dor, rigidez, fadiga e o medo de piorar, podem fazer com que o paciente reaja contra o exercício. No entanto, para o reumático, um programa de exercício apropriado é extremamente importante e saudável.

Que tipos de exercício são úteis e seguros?

Trabalhos mostram que muitas pessoas com artrite podem participar seguramente de programas de exercício regulares, procurando alcançar uma melhor condição aeróbica, aumento da força muscular, da resistência e flexibilidade, facilitando tarefas do dia a dia, como caminhar, se abaixar, cuidar dos afazeres domésticos. Há três tipos principais de exercícios, cada com um papel na melhora da saúde, aptidão e, reduzindo a incapacidade e a dor relacionada à patologia.
Alongamentos: são exercícios suaves, que praticados diariamente, promovem uma melhora da qualidade muscular, aumento da flexibilidade e, se feito corretamente, reduzem as lesões provocadas pelo esforço do dia a dia. São a base de qualquer programa de reabilitação.
Condicionamento Muscular (força e resistência): estes são mais vigorosos que o anterior e, normalmente executado em dias alternados. Eles são indicados para um aumento da quantidade e qualidade do músculo, trabalhando com cargas e resistências crescentes. Exige controle estrito de um técnico especializado, como um professor de educação física, além do médico, é claro.
Condicionamento Aeróbico: estes incluem atividades que usam os músculos do corpo de modo rítmico e repetitivo, melhorando coração, pulmão e função muscular. Também é o tipo de exercício que tem benefícios para o controle do peso, humor e saúde geral. Exemplos deste tipo de exercícios são: caminhar, dançar, natação, hidroginástica ou ginástica aeróbica (sempre de baixo impacto), andar de bicicleta, etc.
Você sabia? Um método grosseiro de analisar se seu ritmo no exercício está correto é o de falar enquanto caminha, por exemplo. Isto não poderá provocar falta de ar. Não esqueça que é fundamental ir ao médico antes de iniciar qualquer tipo de exercício, somente ele poderá afirmar qual o melhor para o seu caso e, o ritmo indicado. As recomendações atuais para atividade uma atividade física indicam que 30 minutos de atividade aeróbia, moderada, 05 vezes na semana, são suficiente para manutenção de um estado saudável. Alguns trabalhos demonstram que para pacientes reumáticos este período pode ser divido em 03 de 10 minutos com o mesmo benefício.

Como escolher o melhor programa de exercício?

Um programa de exercício para uma pessoa com artrite inclui alongamento, fortalecimento muscular e atividades aeróbicas. O conteúdo e a progressão deste programa, depende de necessidades individuais e das incapacidades existentes. Os programas de exercícios de maior funcionamento serão aqueles onde a relação do reumatologista X paciente é mais intensa, pois a confiança é primordial para quebra das barreiras do medo da dor.
Fonte: www.reumatologia.com.br






 

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