Já
está disponível no site da Anvisa o Relatório sobre Autoavaliação para
Higiene das Mãos (HM). O documento apresenta os resultados brasileiros
para o instrumento elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O
trabalho é inédito e revela dados importantes sobre as rotinas de
segurança sanitária realizadas por gestores e profissionais que
trabalham em estabelecimentos de saúde de todo o Brasil.
A
higienização das mãos é o procedimento mais importante e barato para
evitar a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde.
Entre os resultados, alguns merecem destaque. O relatório mostra, por
exemplo, que 70% dos estabelecimentos de assistência à saúde (EAS)
dispõem de orçamento exclusivo para a aquisição contínua de produtos
para higienização das mãos. A maioria dos estabelecimentos - 75% -
possui ainda um sistema de auditorias regulares para avaliar se o álcool
gel, sabonete, toalhas descartáveis e outros materiais necessários
estão disponíveis para a lavagem das mãos.
Com
relação específica sobre a disponibilidade de álcool gel, mais da
metade das unidades - 53% - afirmaram que o produto se encontrava
amplamente disponível na instituição, com fornecimento regular em cada
ponto de assistência. O relatório mostra ainda que 99% dos serviços
participantes da pesquisa contam com água corrente limpa, 93% contam com
sabonete em todas as pias e 92% possuem toalhas descartáveis em todos
os lavatórios.
Dos
901 estabelecimentos de saúde que responderam ao questionário, 67%
possuem um lavatório para cada dez leitos e um lavatório para cada
unidade de terapia intensiva. Quando o assunto é a divulgação das
práticas de lavagem das mãos, a pesquisa indica que na maioria das
instituições que responderam ao questionário - 70% - há a presença de
cartazes nas áreas hospitalares com explicações sobre as indicações de
higienização das mãos.
Com
base nas respostas, a equipe da Anvisa avalia que ainda é necessário um
grande esforço por parte dos estabelecimentos de assistência à saúde em
áreas importantes. A pesquisa aponta que em 66% deles não existe um
sistema de observadores para verificação da adesão à higienização na
instituição. A maioria - 68% - também não conta com orçamento específico
para capacitação e treinamento sobre o tema.
Outro
problema constatado é o de que em 77% dos estabelecimentos o
profissional de saúde não tem retorno sobre os dados de adesão à
higienização das mãos. “Seria importante essa devolutiva para o
profissional perceber que sua prática está sendo monitorada e assim ter
estímulo para continuar e aperfeiçoar a higienização das mãos”, diz a
gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde da Anvisa,
Magda Costa.
Pesquisa
A
pesquisa contou com a participação de 901 serviços de saúde e foi feita
por meio de um formulário disponível na página eletrônica da Anvisa,
sendo voluntária a adesão dos estabelecimentos de saúde. O formulário
ficou disponível entre os dias 4 de maio e 31 de dezembro de 2011, com o
objetivo de avaliar a situação da rede hospitalar no Brasil em relação à
promoção e às práticas de higienização das mãos.
O
grande número de estabelecimentos que participaram da pesquisa é uma
amostra representativa da situação nacional sobre o tema. O texto do
documento intitulado “Instrumento de Autoavaliação para Higiene das
Mãos”, foi fornecido à Anvisa pela Organização Mundial da Saúde e
traduzido para a língua portuguesa pela Associação Paulista de
Epidemiologia e Controle de Infecções Relacionadas à Saúde (APECIH).
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