Diretoria de Farmanguinhos em cerimonia na Fiocruz, quando da assinatura do acordo de transferência de tecnologia do imunossupressor Tracolimo
Farmanguinhos inicia distribuição do tacrolimo
Farmanguinhos e o laboratório nacional
Libbs Farmacêutica anunciaram, em coletiva de imprensa, nesta
terça-feira (20/3), na Fiocruz, o início da distribuição de 6.683.400 milhões
de cápsulas do tacrolimo na apresentação de 1mg. O medicamento é usado
para evitar rejeição de transplantes de rins e fígados. O Instituto
adquiriu a tecnologia da Libbs, num acordo que prevê também o
fornecimento do insumo farmacêutico ativo pela indústria, permitindo
assim o domínio de nosso país de toda a cadeia produtiva. O processo de
transferência da tecnologia tem duração de cinco anos e, ao longo desse
período, estima-se uma economia de R$ 240 milhões para os cofres
públicos. Além disso, a iniciativa faz parte da estratégia nacional de
fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde, por meio da
Política de Desenvolvimento Produtivo, do governo federal.
O Tacrolimo é um imunossupressor que
diminui a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para
contornar a rejeição do organismo do paciente ao órgão transplantado,
garantindo o sucesso do procedimento. Esse medicamento consta na lista
de produtos estratégicos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
segundo a Portaria 978/2008 do Ministério da Saúde (atualizada pela
Portaria 1.284/2010).
O produto será distribuído pelo SUS aos
transplantados em todo o Brasil. Até o final de 2012, o acordo entre
Libbs, Farmanguinhos e Ministério da Saúde prevê a distribuição de 30
milhões de unidades do tacrolimo, beneficiando mais de 25 mil
brasileiros que utilizam o medicamento. De acordo com dados da
Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil
realizou, em 2011, 4.957 transplantes de rim e 1.492 de fígado.
Segundo o diretor de Farmanguinhos,
Hayne Felipe, a iniciativa fortalecerá as indústrias farmacêuticas e
farmoquímicas nacionais. “Além disso, ao ser fabricado totalmente em
território nacional, contribui para reduzir o desequilíbrio da balança
comercial. Nosso objetivo é preencher uma lacuna, ou seja, produzir o
medicamento com qualidade e com menos recursos”, afirma. Com a produção
do tacrolimo, destaca Hayne, espera-se ampliar o acesso a todos os
pacientes que necessitam do medicamento, caso haja demanda reprimida, em
função da economia gerada. Por outro lado, o fato de ser produzido por
um laboratório público garante o abastecimento da rede pública de saúde.
Já o diretor da Libbs Farmacêutica,
Álvaro Athayde, ressalta que através da parceria, que reúne dois
laboratórios de excelência, será possível realizar um serviço de alta
qualidade. “A parceria é um marco na trajetória da Libbs. Com mais de 50
anos de experiência em oferecer soluções de qualidade e acessíveis aos
brasileiros em vários segmentos, entramos em uma nova fase. Nosso nível
de excelência em tecnologia e produção nos dá a certeza de que estamos
prontos para retribuir a confiança do governo e prestar o melhor serviço
à população”.
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Fotos: Alex Mansour
Tracolimo será fabricado apenas com tecnologia brasileira, com economia de R$ 240 milhões
Reportagem Flávia Villela | Agência Brasil
RIO - A partir desta terça-feira, a distribuição do medicamento
Tracolimo, imunossupressor fundamental para evitar a rejeição de órgãos
transplantados, sobretudo rins e fígado, será feita integralmente com
tecnologia brasileira. A produção é fruto de parceria entre a
Farmanguinhos, fábrica de medicamentos da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), e o laboratório nacional Libbs Farmacêutica.
Cerca de 25 mil pessoas que fizeram transplantes precisam tomar esse medicamento diariamente e pelo resto da vida para diminuir a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para contornar a rejeição ao órgão transplantado. Antes, as cápsulas, oferecidas gratuitamente aos pacientes pelo Ministério da Saúde, eram importadas. Farmanguinhos adquiriu a tecnologia da Libbs, num acordo que prevê também o fornecimento do insumo farmacêutico ativo pela empresa, permitindo assim o domínio do Brasil de toda a cadeia do medicamento. O processo de transferência da tecnologia tem duração de cinco anos e, ao longo desse período, estima-se uma economia de R$ 240 milhões para os cofres públicos.
O produto será distribuído aos transplantados, por meio do SUS em todo o Brasil. Até o final de 2012, o acordo entre o Libbs, Farmanguinhos/Fiocruz e Ministério da Saúde prevê a distribuição de 30 milhões de unidades do Tacrolimo. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil realizou, em 2011, 4.957 transplantes de rim e 1.492 de fígado.
- No processo de parceria, que leva cinco anos, a Libbs vai produzir o medicamento e o insumo ativo, nos três primeiros anos, com a nossa marca, enquanto apreendemos o processo tecnológico e, a partir de 2015, a Farmanguinhos começa a produzir 50% da demanda (36 milhões de unidades). Ao fim da parceria, toda a produção demandada pelo Ministério da Saúde passará a ser da Fiocruz - disse o o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe.
Após o fim da parceria, a Libbs, que terá a tecnologia e o princípio ativo, poderá exportar o medicamento para outros países. A primeira carga, com aproximadamente 6 milhões de cápsulas, está sendo distribuída para as secretarias estaduais de Saúde.
Já a partir de maio, o Ministério da Saúde começa a distribuir o primeiro lote dos 20 milhões de preservativos femininos que serão entregues ao longo do ano. As populações prioritárias serão definidas de acordo com critérios de vulnerabilidade a doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo AIDS e as hepatites virais.
No público-alvo, de acordo com a pasta, estão profissionais do sexo, mulheres em situações de violência doméstica e/ou sexual, pessoas com HIV/ AIDS, usuárias de drogas e seus parceiros e pacientes do DST. Também se enquadram pessoas de baixa renda e usuárias do serviço de atenção à saúde da mulher que tenham dificuldade em negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro.
Segundo o ministério, esta é a primeira aquisição feita pelo governo de camisinhas femininas de terceira geração – fabricadas com borracha nitrílica. Foram gastos R$ 27,3 milhões, sendo o preço unitário R$ 1,36.
SAIBA MAIS
Farmanguinhos assina acordo de transferência de tecnologia
A parceria com o laboratório Libbs vai gerar uma economia de mais de R$ 240 milhões para os cofres públicos
O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz (Farmanguinhos) e o laboratório nacional Libbs Farmacêutica assinaram, contrato de transferência de tecnologia para a produção do medicamento tacrolimo, usado por pacientes submetidos a transplante de rim. Com o acordo, Farmanguinhos adquire do Libbs a tecnologia de produção do medicamento. Esta ação consolida a importância da integração entre a inovação e o atendimento às necessidades de saúde da população brasileira.
A diretoria do Laboratorio Libbs, o presidente da Fiocruz e a diretoria de Farmanguinhos
Foto Alex Mansur:
O processo de transferência da tecnologia terá duração de cinco anos e, ao longo do projeto, estima-se uma economia de mais de R$ 240 milhões para os cofres públicos. No último ano de vigência do contrato, Farmanguinhos já terá capacidade de produzir em suas próprias instalações 50% da demanda nacional do tacrolimo. Além da economia, a transferência de tecnologia é uma estratégia de fortalecimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde brasileiro e das parcerias para o desenvolvimento produtivo. O contrato prevê também a produção do princípio ativo do tracolimo, garantindo, dessa forma, o controle tecnológico de toda a cadeia produtiva do medicamento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, dos 2.367 transplantes de órgãos de doador falecido realizados no primeiro semestre de 2010, 1.486 foram de rim – número superior ao registrado no mesmo período em 2009 e 2008. Anualmente, a rede pública de saúde distribui cerca de 18 milhões de unidades do tacrolimo 1 mg e 1,25 milhão de unidades do tacrolimo 5 mg, ao custo total de mais de R$ 87 milhões para o governo brasileiro.
O tacrolimo é um imunossupressor IMUNO SS, isto é, ele diminui a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para contornar a rejeição do organismo do paciente ao órgão transplantado e garantir o sucesso do procedimento. Esse medicamento consta na lista de produtos estratégicos no âmbito do SUS, segundo a Portaria 978/2008 do Ministério da Saúde (atualizada pela Portaria 1.284/2010). O contrato com o Libbs é o primeiro firmado por Farmanguinhos/Fiocruz em resposta a essas portarias do Ministério.
O projeto de transferência da tecnologia engloba nove etapas, que começam com a assinatura do contrato e terminam com o início da produção em Farmanguinhos. Mas o processo passa, ainda, por registro de propriedade, embalagem e rotulagem, adequação da planta industrial de Farmanguinhos, treinamento de técnicos, produção de lotes pilotos, análise do produto e documentação junto à Anvisa.
Fonte: FIOCRUZ
Cerca de 25 mil pessoas que fizeram transplantes precisam tomar esse medicamento diariamente e pelo resto da vida para diminuir a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para contornar a rejeição ao órgão transplantado. Antes, as cápsulas, oferecidas gratuitamente aos pacientes pelo Ministério da Saúde, eram importadas. Farmanguinhos adquiriu a tecnologia da Libbs, num acordo que prevê também o fornecimento do insumo farmacêutico ativo pela empresa, permitindo assim o domínio do Brasil de toda a cadeia do medicamento. O processo de transferência da tecnologia tem duração de cinco anos e, ao longo desse período, estima-se uma economia de R$ 240 milhões para os cofres públicos.
O produto será distribuído aos transplantados, por meio do SUS em todo o Brasil. Até o final de 2012, o acordo entre o Libbs, Farmanguinhos/Fiocruz e Ministério da Saúde prevê a distribuição de 30 milhões de unidades do Tacrolimo. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil realizou, em 2011, 4.957 transplantes de rim e 1.492 de fígado.
- No processo de parceria, que leva cinco anos, a Libbs vai produzir o medicamento e o insumo ativo, nos três primeiros anos, com a nossa marca, enquanto apreendemos o processo tecnológico e, a partir de 2015, a Farmanguinhos começa a produzir 50% da demanda (36 milhões de unidades). Ao fim da parceria, toda a produção demandada pelo Ministério da Saúde passará a ser da Fiocruz - disse o o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe.
Após o fim da parceria, a Libbs, que terá a tecnologia e o princípio ativo, poderá exportar o medicamento para outros países. A primeira carga, com aproximadamente 6 milhões de cápsulas, está sendo distribuída para as secretarias estaduais de Saúde.
Já a partir de maio, o Ministério da Saúde começa a distribuir o primeiro lote dos 20 milhões de preservativos femininos que serão entregues ao longo do ano. As populações prioritárias serão definidas de acordo com critérios de vulnerabilidade a doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo AIDS e as hepatites virais.
No público-alvo, de acordo com a pasta, estão profissionais do sexo, mulheres em situações de violência doméstica e/ou sexual, pessoas com HIV/ AIDS, usuárias de drogas e seus parceiros e pacientes do DST. Também se enquadram pessoas de baixa renda e usuárias do serviço de atenção à saúde da mulher que tenham dificuldade em negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro.
Segundo o ministério, esta é a primeira aquisição feita pelo governo de camisinhas femininas de terceira geração – fabricadas com borracha nitrílica. Foram gastos R$ 27,3 milhões, sendo o preço unitário R$ 1,36.
SAIBA MAIS
FIOCRUZ / FARMANGUINHOS E O LABORATÓRIO LIBBS ASSINAM CONTRATO PARA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E FABRICAÇÃO DO IMUNOSSUPRESSOR TRACOLIMO
Farmanguinhos assina acordo de transferência de tecnologia
A parceria com o laboratório Libbs vai gerar uma economia de mais de R$ 240 milhões para os cofres públicos
O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz (Farmanguinhos) e o laboratório nacional Libbs Farmacêutica assinaram, contrato de transferência de tecnologia para a produção do medicamento tacrolimo, usado por pacientes submetidos a transplante de rim. Com o acordo, Farmanguinhos adquire do Libbs a tecnologia de produção do medicamento. Esta ação consolida a importância da integração entre a inovação e o atendimento às necessidades de saúde da população brasileira.
A diretoria do Laboratorio Libbs, o presidente da Fiocruz e a diretoria de Farmanguinhos
Foto Alex Mansur:
O processo de transferência da tecnologia terá duração de cinco anos e, ao longo do projeto, estima-se uma economia de mais de R$ 240 milhões para os cofres públicos. No último ano de vigência do contrato, Farmanguinhos já terá capacidade de produzir em suas próprias instalações 50% da demanda nacional do tacrolimo. Além da economia, a transferência de tecnologia é uma estratégia de fortalecimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde brasileiro e das parcerias para o desenvolvimento produtivo. O contrato prevê também a produção do princípio ativo do tracolimo, garantindo, dessa forma, o controle tecnológico de toda a cadeia produtiva do medicamento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, dos 2.367 transplantes de órgãos de doador falecido realizados no primeiro semestre de 2010, 1.486 foram de rim – número superior ao registrado no mesmo período em 2009 e 2008. Anualmente, a rede pública de saúde distribui cerca de 18 milhões de unidades do tacrolimo 1 mg e 1,25 milhão de unidades do tacrolimo 5 mg, ao custo total de mais de R$ 87 milhões para o governo brasileiro.
O tacrolimo é um imunossupressor IMUNO SS, isto é, ele diminui a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para contornar a rejeição do organismo do paciente ao órgão transplantado e garantir o sucesso do procedimento. Esse medicamento consta na lista de produtos estratégicos no âmbito do SUS, segundo a Portaria 978/2008 do Ministério da Saúde (atualizada pela Portaria 1.284/2010). O contrato com o Libbs é o primeiro firmado por Farmanguinhos/Fiocruz em resposta a essas portarias do Ministério.
O projeto de transferência da tecnologia engloba nove etapas, que começam com a assinatura do contrato e terminam com o início da produção em Farmanguinhos. Mas o processo passa, ainda, por registro de propriedade, embalagem e rotulagem, adequação da planta industrial de Farmanguinhos, treinamento de técnicos, produção de lotes pilotos, análise do produto e documentação junto à Anvisa.
Fonte: FIOCRUZ
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