RIO - Tomar uma aspirina por dia pode reduzir significativamente o
risco de desenvolver câncer e evitar metástases, de acordo com dois
novos estudos publicados na última terça-feira. As descobertas se juntam
a uma série de outras evidências que sugerem que a boa e velha aspirina
pode ser uma poderosa arma na luta contra a doença. Mas as mesmas
pesquisas, publicadas na “Lancet”, chamam atenção para o dilema que a
descoberta traz para médicos e reguladores de saúde, já que doses
regulares de aspirina podem causar sangramento gastrointestinal e outros
efeitos colaterais. Estudos anteriores já sugeriram que as desvantagens
do uso diário do medicamento podem superar os benefícios,
particularmente em pacientes saudáveis.
Um dos novos estudos examinou dados de pacientes de dezenas de testes de controle de longo prazo envolvendo milhares de homens e mulheres. Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que depois de três anos de uso diário de aspirina o risco de desenvolver câncer diminuiu em cerca de 25% quando comparado com um grupo de controle que não tomava o remédio. Depois de cinco anos, o risco de morrer de câncer foi reduzido em cerca de 37% entre os que usavam o medicamento.
ALTERNATIVA: Aspirina modificada pode ser a nova arma contra o câncer
Um segundo trabalho que analisou cinco grandes estudos de controle no Reino Unido descobriu que após mais de seis anos e meio, em média, o uso diário de aspirina reduziu o riso de metástase em 36% e o risco de adenocarcinomas - tumores sólidos comuns, incluindo pulmão, cólon e câncer de próstata - em 46%.
O uso diário de aspirina também diminuiu a chance de progressão da doença metastática, particularmente em pacientes com câncer colorretal. Os estudos foram liderados por Peter Rothwell, professor de neurologia clínica na Universidade de Oxford. Uma terceira pesquisa do mesmo autor e seus colegas, publicada na "Lancet Oncology", comparou as descobertas de estudos de análise e testes aleatórios de aspirina.
- Existe uma necessidade urgente de ensaios clínicos de formas de tratamento que incorporem a aspirina - disse Rothwell ao "New York Times". - O que realmente é interessante, em termos de prevenção, é a redução impressionante em 75% em câncer de esôfago e uma redução de 40% a 50% em câncer colorretal, que é o câncer mais comum hoje em dia.
Mas enquanto alguns especialistas chamaram as novas descobertas de "provocativas" e "encorajadoras", as evidências sobre a promessa de prevenção da aspirina colocaram os médicos em um dilema. A aspirina aumenta o risco não apenas de hemorragia gastrointestinal, mas de um AVC hemorrágico. Os novos dados, no entanto, também revelam que o risco de sangramento em usuários de aspirina diminuiu com o tempo, e que as chances de morte devido a sangramento cerebral foram, na verdade, menores nos usuários de aspirina do que no grupo de controle.
- Quero ser cauteloso, e não quero exagerar - disse ao mesmo jornal americano Otis W. Brawley, vice-presidente executivo da Sociedade do Câncer Americana. - Não estou pronto para dizer que todo mundo deveria tomar uma aspirina por dia para prevenir câncer.
Andrew Chan, professor associado de medicina na Harvard Medical School e coautor de um comentário publicado com os artigos na "Lancet", disse que os estudos, apesar de suas limitações, "elevam o nível de empolgação em relação ao uso da aspirina como agente químico de prevenção".
- Se você começar a incluir a possibilidade de a aspirina reduzir o risco de câncer além do câncer de cólon, então a relação custo-benefício muda um pouco, especialmente para aqueles cânceres onde temos pouco a oferecer em termos de exames de imagem e diagnóstico precoce - afirma Chan.
Os ensaios clínicos que os pesquisadores de Oxford examinaram não estavam focados na prevenção do câncer, pois eram originalmente destinados a estudar os efeitos da aspirina na prevenção de doenças cardíacas. Por isso, a aplicação dos resultados pode ser falha, dizem alguns especialistas. Nos Estados Unidos, dois grandes estudos sobre doses reduzidas de aspirina para prevenir o surgimento de tumores não encontraram reduções. mas estas descobertas foram excluídas da análise dos pesquisadores de Oxford porque envolveram o uso do remédio em dias alternados, em vez de uso diário.
Um dos novos estudos examinou dados de pacientes de dezenas de testes de controle de longo prazo envolvendo milhares de homens e mulheres. Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que depois de três anos de uso diário de aspirina o risco de desenvolver câncer diminuiu em cerca de 25% quando comparado com um grupo de controle que não tomava o remédio. Depois de cinco anos, o risco de morrer de câncer foi reduzido em cerca de 37% entre os que usavam o medicamento.
ALTERNATIVA: Aspirina modificada pode ser a nova arma contra o câncer
Um segundo trabalho que analisou cinco grandes estudos de controle no Reino Unido descobriu que após mais de seis anos e meio, em média, o uso diário de aspirina reduziu o riso de metástase em 36% e o risco de adenocarcinomas - tumores sólidos comuns, incluindo pulmão, cólon e câncer de próstata - em 46%.
O uso diário de aspirina também diminuiu a chance de progressão da doença metastática, particularmente em pacientes com câncer colorretal. Os estudos foram liderados por Peter Rothwell, professor de neurologia clínica na Universidade de Oxford. Uma terceira pesquisa do mesmo autor e seus colegas, publicada na "Lancet Oncology", comparou as descobertas de estudos de análise e testes aleatórios de aspirina.
- Existe uma necessidade urgente de ensaios clínicos de formas de tratamento que incorporem a aspirina - disse Rothwell ao "New York Times". - O que realmente é interessante, em termos de prevenção, é a redução impressionante em 75% em câncer de esôfago e uma redução de 40% a 50% em câncer colorretal, que é o câncer mais comum hoje em dia.
Mas enquanto alguns especialistas chamaram as novas descobertas de "provocativas" e "encorajadoras", as evidências sobre a promessa de prevenção da aspirina colocaram os médicos em um dilema. A aspirina aumenta o risco não apenas de hemorragia gastrointestinal, mas de um AVC hemorrágico. Os novos dados, no entanto, também revelam que o risco de sangramento em usuários de aspirina diminuiu com o tempo, e que as chances de morte devido a sangramento cerebral foram, na verdade, menores nos usuários de aspirina do que no grupo de controle.
- Quero ser cauteloso, e não quero exagerar - disse ao mesmo jornal americano Otis W. Brawley, vice-presidente executivo da Sociedade do Câncer Americana. - Não estou pronto para dizer que todo mundo deveria tomar uma aspirina por dia para prevenir câncer.
Andrew Chan, professor associado de medicina na Harvard Medical School e coautor de um comentário publicado com os artigos na "Lancet", disse que os estudos, apesar de suas limitações, "elevam o nível de empolgação em relação ao uso da aspirina como agente químico de prevenção".
- Se você começar a incluir a possibilidade de a aspirina reduzir o risco de câncer além do câncer de cólon, então a relação custo-benefício muda um pouco, especialmente para aqueles cânceres onde temos pouco a oferecer em termos de exames de imagem e diagnóstico precoce - afirma Chan.
Os ensaios clínicos que os pesquisadores de Oxford examinaram não estavam focados na prevenção do câncer, pois eram originalmente destinados a estudar os efeitos da aspirina na prevenção de doenças cardíacas. Por isso, a aplicação dos resultados pode ser falha, dizem alguns especialistas. Nos Estados Unidos, dois grandes estudos sobre doses reduzidas de aspirina para prevenir o surgimento de tumores não encontraram reduções. mas estas descobertas foram excluídas da análise dos pesquisadores de Oxford porque envolveram o uso do remédio em dias alternados, em vez de uso diário.
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