Angiotomografia permite ver claramente se há gordura ou cálcio nas artérias.
Médico deve indicar se o paciente tem risco alto, moderado ou leve.
O exame de
angiotomografia de artéria coronária, um grande avanço da medicina.
Os cardiologistas Roberto Kalil e Luiz Francisco Ávila falaram sobre os benefícios da nova tecnologia e explicaram como ocorre o infarto.
Ao contrário dos exames funcionais como o eletrocardiograma de esforço, o ecocardiograma de estresse e os exames da medicina nuclear que só conseguem detectar a artéria com mais de 70% de obstrução, a angiotomografia fornece um diagnóstico precoce e permite ver claramente se há gordura ou cálcio acumulados nas paredes arteriais mesmo com 5% de obstrução.
O aparelho de tomografia computadorizada multislice é usado para fazer o exame e é uma tecnologia moderna que permite que o médico veja uma imagem 3D das artérias coronárias. O exame é feito com um tomógrafo (aparelho de Raio X) acoplado a um eletrocardiograma. O médico localiza o coração e injeta um contraste para que as artérias possam ser visualizadas num monitor.
A tomografia é muito rápida, leva cerca de 5 segundos para captar a
imagem do coração do paciente com cortes milimétricos feitos em todo
órgão. Os novos aparelhos têm 1 ou 2 tubos de Raio X e entre 256 a 320
detectores, que fazem em segundos cortes milimétricos na imagem. Este
número é muito maior que outros tomógrafos, que chegam a ter somente uma
ou duas fileiras de detectores, utilizados para radiologia geral. Essa
rapidez também diminuiu a radiação do aparelho.
Com o diagnóstico dado, o médico pode intervir nos hábitos do paciente, evitando que apareça uma isquemia (falta de sangue no músculo cardíaco que pode causar infarto), arritimias graves, disfunção transitória da função da bomba do coração entre outras doenças. O exame ajuda a convencer o paciente que ele tem uma doença, uma vez que as imagens são bastante claras e ele consegue ver as placas de gordura nas artérias.
Segundo o cardiologista Luiz Francisco Ávila, de 4% a 6% dos pacientes que procuram os Pronto Socorros nos EUA saem do hospital sem diagnóstico de nenhuma doença, mas sofrem um infarto. Ainda segundo o médico, um paciente que não tem sintomas que chega num hospital com dor toráxica vai levar, em média, 12 horas fazendo exames. Já com o aparelho de tomografia computadorizada multislice, ele vai esperar somente 15 minutos.
Desde janeiro, o exame também passou a fazer parte do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde que obriga a cobertura pelos planos de saúde. O Ministério da Saúde informou que o SUS não cobre o exame angiotomografia de artéria coronária, porém o cardiologista Luiz Ávila explicou que os hospitais do SUS que dispõem da tecnologia estão fazendo o exame com outros nomes para que o paciente com baixo poder aquisitivo possa fazê-lo. Segundo o médico, os hospitais perdem com isso porque recebem do governo menos do que deveriam, pois a angiotomografia de artéria coronária é mais cara que os demais exames cardíacos.
Quem deve fazer o exame?
O exame deve ser indicado pelo médico, que vai avaliar se o paciente tem risco alto, moderado ou leve. O paciente com alto risco é aquele que tem doenças como diabetes ou hipertensão, é sedentário, fumante ou tem casos de familiares próximos que sofreram infarto.
O paciente que se enquadra no risco moderado, que é a maioria, tem um ou dois fatores de risco, mas os exames não apontam nenhum problema, como entupimento das artérias e colesterol alto. Já os pacientes de baixo risco são jovens, que têm hábitos saudáveis, não têm colesterol alto e são metabolicamente corretos.
O resultado de uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos pode causar o infarto do miocárdio, mas isso também pode acontecer pela oclusão das artérias coronárias em razão de um processo inflamatório associado à aderência de placas de colesterol em suas paredes. O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a formação de um coágulo de sangue, um trombo, dentro das artérias acarretam o bloqueio do fluxo de sangue causando sérios e irreparáveis danos ao coração (necrose do músculo cardíaco).
Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos fatores de risco como fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas.
Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a recuperação dos infartados. É importante deixar claro que pessoas que sobrevivem a um infarto e adotam estilos de vida saudável, em sua maioria, conseguem retornar à vida normal e reassumir suas atividades profissionais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os alimentos que fazem bem ao coração são os peixes, farelo de aveia, azeite de oliva, cenoura, mamão, tomate, goiaba, café e leite desnatado.
Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que 76.383 pessoas morreram de infarto agudo de miocárdio em 2009. No Brasil, 72% dos óbitos são provocados por doenças crônicas não transmissíveis, o que significa mais de 742 mil mortes por ano. Entre as causas, as que mais matam são as doenças cardiovasculares (31,3%), câncer (16,2%), doenças respiratórias crônicas (5,8%) e diabetes mellitus (5,2%). No entanto, dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou redução de aproximadamente 20% por essas causas na última década, principalmente entre as doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.
Artérias coronárias
As artérias transportam sangue rico em oxigênio para nutrir o miocárdio (músculo cardíaco). O coração é uma bomba que impulsiona sangue através de uma contração rítmica de suas paredes musculares (miocárdio), para todo o corpo.
Apesar de cheio de sangue em seu interior, o coração não se nutre, ou seja, não absorve oxigênio para a função contrátil deste sangue da cavidade cardíaca.
A nutrição do músculo cardíaco é então feita através de artérias coronárias, localizadas na emergência da artéria aorta, que se dirigem para a superfície do coração e ramificam-se inúmeras vezes. Estas artérias são, portanto, as responsáveis pela nutrição do coração. Quando apresentam obstrução, falta sangue para nutrir o músculo cardíaco e quando esta obstrução é total ocorre o infarto do miocárdio, que é a morte deste músculo, por falta de sangue.
Os cardiologistas Roberto Kalil e Luiz Francisco Ávila falaram sobre os benefícios da nova tecnologia e explicaram como ocorre o infarto.
Ao contrário dos exames funcionais como o eletrocardiograma de esforço, o ecocardiograma de estresse e os exames da medicina nuclear que só conseguem detectar a artéria com mais de 70% de obstrução, a angiotomografia fornece um diagnóstico precoce e permite ver claramente se há gordura ou cálcio acumulados nas paredes arteriais mesmo com 5% de obstrução.
O aparelho de tomografia computadorizada multislice é usado para fazer o exame e é uma tecnologia moderna que permite que o médico veja uma imagem 3D das artérias coronárias. O exame é feito com um tomógrafo (aparelho de Raio X) acoplado a um eletrocardiograma. O médico localiza o coração e injeta um contraste para que as artérias possam ser visualizadas num monitor.
Com o diagnóstico dado, o médico pode intervir nos hábitos do paciente, evitando que apareça uma isquemia (falta de sangue no músculo cardíaco que pode causar infarto), arritimias graves, disfunção transitória da função da bomba do coração entre outras doenças. O exame ajuda a convencer o paciente que ele tem uma doença, uma vez que as imagens são bastante claras e ele consegue ver as placas de gordura nas artérias.
Segundo o cardiologista Luiz Francisco Ávila, de 4% a 6% dos pacientes que procuram os Pronto Socorros nos EUA saem do hospital sem diagnóstico de nenhuma doença, mas sofrem um infarto. Ainda segundo o médico, um paciente que não tem sintomas que chega num hospital com dor toráxica vai levar, em média, 12 horas fazendo exames. Já com o aparelho de tomografia computadorizada multislice, ele vai esperar somente 15 minutos.
Desde janeiro, o exame também passou a fazer parte do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde que obriga a cobertura pelos planos de saúde. O Ministério da Saúde informou que o SUS não cobre o exame angiotomografia de artéria coronária, porém o cardiologista Luiz Ávila explicou que os hospitais do SUS que dispõem da tecnologia estão fazendo o exame com outros nomes para que o paciente com baixo poder aquisitivo possa fazê-lo. Segundo o médico, os hospitais perdem com isso porque recebem do governo menos do que deveriam, pois a angiotomografia de artéria coronária é mais cara que os demais exames cardíacos.
Quem deve fazer o exame?
O exame deve ser indicado pelo médico, que vai avaliar se o paciente tem risco alto, moderado ou leve. O paciente com alto risco é aquele que tem doenças como diabetes ou hipertensão, é sedentário, fumante ou tem casos de familiares próximos que sofreram infarto.
O paciente que se enquadra no risco moderado, que é a maioria, tem um ou dois fatores de risco, mas os exames não apontam nenhum problema, como entupimento das artérias e colesterol alto. Já os pacientes de baixo risco são jovens, que têm hábitos saudáveis, não têm colesterol alto e são metabolicamente corretos.
O resultado de uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos pode causar o infarto do miocárdio, mas isso também pode acontecer pela oclusão das artérias coronárias em razão de um processo inflamatório associado à aderência de placas de colesterol em suas paredes. O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a formação de um coágulo de sangue, um trombo, dentro das artérias acarretam o bloqueio do fluxo de sangue causando sérios e irreparáveis danos ao coração (necrose do músculo cardíaco).
Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos fatores de risco como fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas.
Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a recuperação dos infartados. É importante deixar claro que pessoas que sobrevivem a um infarto e adotam estilos de vida saudável, em sua maioria, conseguem retornar à vida normal e reassumir suas atividades profissionais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os alimentos que fazem bem ao coração são os peixes, farelo de aveia, azeite de oliva, cenoura, mamão, tomate, goiaba, café e leite desnatado.
Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que 76.383 pessoas morreram de infarto agudo de miocárdio em 2009. No Brasil, 72% dos óbitos são provocados por doenças crônicas não transmissíveis, o que significa mais de 742 mil mortes por ano. Entre as causas, as que mais matam são as doenças cardiovasculares (31,3%), câncer (16,2%), doenças respiratórias crônicas (5,8%) e diabetes mellitus (5,2%). No entanto, dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou redução de aproximadamente 20% por essas causas na última década, principalmente entre as doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.
Artérias coronárias
As artérias transportam sangue rico em oxigênio para nutrir o miocárdio (músculo cardíaco). O coração é uma bomba que impulsiona sangue através de uma contração rítmica de suas paredes musculares (miocárdio), para todo o corpo.
Apesar de cheio de sangue em seu interior, o coração não se nutre, ou seja, não absorve oxigênio para a função contrátil deste sangue da cavidade cardíaca.
A nutrição do músculo cardíaco é então feita através de artérias coronárias, localizadas na emergência da artéria aorta, que se dirigem para a superfície do coração e ramificam-se inúmeras vezes. Estas artérias são, portanto, as responsáveis pela nutrição do coração. Quando apresentam obstrução, falta sangue para nutrir o músculo cardíaco e quando esta obstrução é total ocorre o infarto do miocárdio, que é a morte deste músculo, por falta de sangue.
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