Desenvolvimento de pessoas
Muitas empresas entendem que diplomas de excelentes universidades trazem a elas a garantia de excelentes profissionais. As instituições de renome são usadas como critérios em recrutamento e seleção. Dessa forma, profissionais que acreditam serem bem formados, atualizados e prontos para os desafios dentro da empresa são os mais requisitados nos processos seletivos. Mas, nessa busca há mas falhas.Em alguns casos, as empresas se esquecem que também é dever e interesse delas desenvolver internamente seus profissionais. Uma pesquisa do Center for Creative Leadership constatou que apenas 7% do conhecimento dentro das organizações americanas possuem origem acadêmica, enquanto 57% estão diretamente relacionados às atribuições do cargo. Ninguém questiona o impacto do on the job training no desenvolvimento organizacional, mas há mais um dado interessante nessa pesquisa: 17% do conhecimento corporativo têm origem única no relacionamento com os líderes, pares e equipes. Ou seja, as pessoas aprendem juntas, ensinam umas as outras e garantem o aprimoramento de parte do conhecimento organizacional devido a essa interação. Mas, sem o acompanhamento da empresa, será que fazem isso corretamente?
E é aí que as empresas perdem uma grande oportunidade: a de se organizar internamente para potencializar essa aprendizagem interna. Naturalmente, esse processo pode ser mais ou menos estruturado pela organização, mas um real projeto de desenvolvimento precisa considerar essa dimensão na sua proposta de desenvolvimento de pessoas – e não apenas o desenvolvimento externo, feito pelas instituições acadêmicas. Na prática, empresas que planejam programas de desenvolvimento interno possuem mais sucesso no direcionamento da aprendizagem originada no relacionamento entre os profissionais.
Fonte: Daniel Maganha, gerente de desenvolvimento T&D da GS&MD – Gouvêa de Souza
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