Segundo ele, o publicitário Marcos Valério queria
obter vantagens, como a redução de penas, ao prestar o depoimento em
setembro quando acusou Lula de ter se beneficiado pessoalmente com os
recursos do esquema. Para o procurador, a intenção real de Valério era a
de “melar” o julgamento, se houvesse concordância em admitir qualquer
prova adicional. A tentativa acabaria favorecendo todos os réus,
acredita. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não encontrou provas que incriminassem Lula nem DirceuO
PGR lembra ainda que Valério pediu sigilo, alegando que não teria mais
de 24h de vida caso o depoimento se tornasse público. De acordo com
Gurgel, em depoimento de duas horas, o publicitário trouxe elementos
novos, “mas nada de bombástico”, sublinhou. “Foi um depoimento que
robustece algumas teses do Ministério Público em relação a todo o
esquema criminoso e da participação do núcleo político", acrescenta.
Gurgel destacou, porém, que o mensalão permitiu que fosse
responsabilizado todo um grupo que dominava o partido
O procurador
recorda de outra história de Valério, que corrobora a habilidade do
publicitário: “Quando Antonio Fernando era o procurador, se propôs a
prestar um depoimento que derrubaria a República. Não havia
absolutamente nada".
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