Ministro de Minas e Energia disse que produção industrial não cairá por conta de usinas térmicas
Terra"Não houve desabastecimento, não haverá agora e esperamos que jamais haja desabastecimento de energia nesse País. A reunião que agora fizemos reiterou a tranquilidade de que o País possui estoque de energia firme, segura e em condições de atender as todas as nossas necessidades. Esta redução (de 20%) acontecerá a partir do próximo mês como está prevista. Portanto, estejam seguros de que o País tem hoje um estoque de mais de 100 mil megawatts de energia, sendo que há dez anos tinha pouco mais de 70 mil", disse o ministro. Segundo o titular da pasta, o governo pretende praticamente dobrar a capacidade elétrica do País nos próximos 15 anos.
Lobão falou a jornalistas após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, com representantes do ministério e de órgãos do setor, como a Agência Nacional de Águas (ANA), de Petróleo (ANP), de Energia Elétrica (Aneel), ONS, entre outros. Segundo o ministro, a reunião foi "ordinária", e negou que a presidente Dilma Rousseff tenha convocado o encontro com urgência. Apesar disso, a mandatária antecipou em dois dias o retorno das férias ao trabalho. O resultado da reunião de hoje será levado ao conhecimento da presidente, no Palácio da Alvorada.
A preocupação do governo é com o nível dos reservatórios, que está baixo pela falta de chuvas. Coincidentemente, meia hora após o início da reunião, choveu forte em Brasília, fato que foi comemorado pelo ministro de Minas e Energia. "Vocês (jornalistas) viram as chuvas que caíram fortemente aqui em Brasília hoje. Em 2008, até o dia 21 de janeiro, não tinha chovido ainda. Hoje é dia 9 de janeiro e temos chuva por toda parte do Brasil. Nossos reservatórios estão com alguma dificuldade hoje, mas a tendência é melhorar daqui pra frente com abastecimento completo", previu.
Usinas térmicas
Hermes Chipp, presidente do ONS, descartou também uma "grande interferência" da entrada em operação das usinas térmicas, que têm custo de geração de energia maior do que as hidrelétricas. Segundo Chipp, se as térmicas continuarem ligadas ao longo de todo o ano de 2013, o impacto na conta de luz (que reduz o desconto prometido pelo governo) será entre 2% e 3%. "Mas este não é o cenário que a gente espera que aconteça", disse. Segundo ele, não há prazo para o fim da operação das térmicas, o que depende apenas do início da época de chuvas.
"A chuva tem que permanecer onde está: na Bacia do Rio Grande, na fronteira entre Minas Gerais e Espírito Santo, e na Bacia do Paranaíba, fronteira entre Minas Gerais e Goiás. Na confluência da Bacia do Paraná chove bem, é antes de Itaipu, e lá é a confluência das bacias principais do Sul e Sudeste. Chuva abaixo da média no Nordeste não preocupa porque com a ampliação das transmissões de energia entre regiões, se não chover onde precisa, podemos transferir energia para o Sul e Nordeste", disse.
O ministro Lobão assegurou que as indústrias não ficarão sem abastecimento de gás, já que havia o temor entre os empresários do setor de que o combustível fosse desviado para as térmicas. "Não há a menor possibilidade de desabastecimento da indústria por conta das térmicas a gás que precisaram ser despachadas", disse o ministro, que também descartou queda na produção industrial por conta da ligação das térmicas.
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