Estudo realizado com o vírus causador da herpes pode significar uma nova abordagem no tratamento de infecções por vírus
O vírus causador da herpes permanece em estado de latência
no organismo após o desaparecimendo dos sintomas, sendo reativado
periodicamente
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISAO tipo mais comum de herpesvírus é o herpes simplex, que provoca o aparecimento de bolhas na pele ou em mucosas (herpes labial, genital e úlceras na córnea do olho). Mesmo após o desaparecimento dos sintomas, o vírus permanece no organismo, em estado de latência, no interior das células nervosas reunidas em gânglios (aglomerações) que levam as fibras nervosas à área infectada. Periodicamente, o vírus é reativado, provocando a volta dos sintomas.
Título original: Targeting the JMJD2 Histone Demethylases to Epigenetically Control Herpesvirus Infection and Reactivation from Latency
Onde foi divulgada: periódico Science Translational Medicine
Quem fez: Yu Liang, Jodi L. Vogel, Jesse H. Arbuckle, Ganesha Rai, Ajit Jadhav, Anton Simeonov, David J. Maloney, Thomas M. Kristie
Instituição: Instituto Nacional de Saúde (NHI) dos Estados Unidos
Resultado: O novo composto desenvolvido pelo NHI impede que o vírus expresse seus genes, evitando que esse se multiplique, danificando as células em seu entorno. Ele também impede que o vírus seja reativado a partir do estado de latência.
Infecção – Quando uma pessoa é infectada pelo herpes simplex, o vírus invade as células e expressa seus próprios genes para criar mais vírus e infectar mais células, que ele vai destruindo com o aumento da infecção.
Os medicamentos utilizados atualmente no tratamento de infecções causadas por esse vírus são inibidores de replicação, ou seja, agem em um estágio mais avançado da infecção, quando diversas células foram danificadas e o sistema imunológico já detectou a infecção e está agindo em resposta a ela.
O novo composto desenvolvido pelo NHI impede que o vírus expresse seus genes, evitando que ele se multiplique, danificando as células em seu entorno. Ele também impede que o vírus seja reativado a partir do estado de latência.
Mecanismo – Quando o vírus invade uma célula e seu DNA entra no núcleo dessa célula, ela reconhece o "material invasor" e ativa um sistema que "embrulha" o material genético do vírus em uma espécie de pacote. Esse mecanismo é o mesmo utilizado para regular a expressão dos genes da própria célula.
Para que o vírus se expresse, ele precisa primeiro "desembrulhar" seus genes. O que o novo composto faz é bloquear a atividade das enzimas que o vírus utiliza para se "desembrulhar", impedindo que ele se expresse e a infecção se espalhe.
Para Thomas Kristie, integrante do grupo de pesquisadores, esse composto representa uma nova estratégia para impedir infecções causadas por vírus. Ele explica que ainda é cedo para prever quando esse medicamento será utilizado na prática clínica. Uma vez que o estudo foi realizado em culturas celulares, os próximos passos da pesquisa serão testes com animais.
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