1.06.2013

SP registra menor índice de gravidez na adolescência em 13 anos

Gravidez na adolescência: número de jovens entre 10 e 19 anos que ficaram grávida reduziu em 37% no estado de São Paulo

Entre 1998 e 2011, prevalência de jovens com menos de 20 anos entre todos os partos realizados em um ano no estado apresentou uma queda de 26,5%

Gravidez na adolescência: Em 2011, São Paulo registrou menor índice desde 1998 (Thinkstock)
Entre 1998 e 2011, a gravidez na adolescência — ou seja, entre meninas com menos de 20 anos — caiu 26,5% em São Paulo, atingindo o menor índice registrado no estado nos últimos 13 anos. Foi o que apontou um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e divulgado nesta sexta-feira. Segundo o estudo, enquanto essas jovens representaram 20% de todos os partos registrados em 1998 (148.018 adolescentes no total), essa taxa foi de 14,7% em 2011 (89.815 meninas), o último dado consolidado.
A pesquisa ainda mostrou que, se avaliado o índice de gravidez apenas entre meninas de 15 a 19 anos, essa redução foi ainda maior, passando de 20,7% em 1998 para 14,1% em 2011. Para Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da secretaria, a queda da incidência de gravidez na adolescência, além de ter sido constante desde 1999, foi significativa. “É um resultado importante, que foi possível graças a ações integradas do estado em parceria com os municípios”, afirma. Takiuti ainda acredita que ações como a distribuição gratuita de preservativos e contraceptivos em unidades de saúde do estado são importantes para diminuir a gravidez entre jovens.
Leia também: Gravidez entre adolescentes de SP cai 37% em 11 anos
Como saber a hora da primeira vez
Já na opinião de Rita Dardes, ginecologista da Universidade Federal de Medicina (Unifesp), o acesso cada vez maior à informação sobre sexo, especialmente com a internet, também ajuda a evitar, em muitos casos, a gravidez na adolescência. “Além disso, o que eu vejo muito na prática clínica é o grande número de mães que têm a iniciativa de levar suas filhas ao ginecologista antes mesmo da primeira vez delas. É uma mudança de comportamento da mãe que atinge de forma positiva as jovens”, diz a médica. “Na Unifesp, também percebo que a distribuição de camisinhas e contraceptivos tem importantes resultados.”
Auxílio — A Secretaria da Saúde mantém 27 unidades da Casa do Adolescente em São Paulo para atender jovens e os orientam em relação a assuntos como sexo, anticoncepcionais e relacionamentos. Além disso, o órgão criou um telefone para que os adolescentes possam tirar dúvidas sobre esses assuntos. O número é (11) 3819-2022 e o atendimento é feito das 11h às 14h.

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