Produtos como refrigerante, chá gelado e suco regulares, com adição de açúcar, também contribuem, embora menos, com esse aumento. Beber café, por outro lado, parece reduzir o risco do problema
Perigo à saúde mental: Estudo vê relação entre bebidas normais e diet e um maior risco de depressão
(Thinkstock)
Essas conclusões foram divulgadas nesta segunda-feira pela Academia Americana de Neurologia e serão apresentadas em março, quando acontecerá o encontro anual da entidade. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores selecionaram 263.925 pessoas de 50 a 71 anos que, durante um ano, relataram o consumo diário de refrigerante, chá, suco, café e outras bebidas. Após 10 anos, os participantes voltaram a ser avaliados e, dessa vez, a equipe levou em consideração se eles haviam sido diagnosticados com depressão durante esse período. Ao todo, 11.311 indivíduos receberam tal diagnóstico.
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Bebida de risco — A partir disso, os autores do trabalho concluíram que pessoas que bebiam quatro latas ou mais de refrigerante normal eram 22% mais propensas a sofrer de depressão do que aquelas que nunca consumiam a bebida. Essa chance foi 30% maior entre as que ingeriam a mesma quantidade de refrigerantes diet. Além disso, foi observado que os participantes que ingeriam uma quantidade equivalente a quatro latas de alguma outra bebida diet, como chá gelado ou suco, em comparação com aqueles que nunca consumiam o produto, tinham uma chance 38% maior de sofrer de depressão. Essa probabilidade foi mais expressiva do que se comparados indivíduos que consumiam essas bebidas, mas na forma regular, com outros que nunca ingeriam os produtos. O estudo ainda concluiu que beber quatro xícaras de café, em comparação com não consumir nenhuma, reduz o risco de depressão em 10%.
“Essas bebidas são muito consumidas em todo o mundo e têm importantes consequências físicas, e talvez mentais”, diz Honglei Chen, coordenador do estudo. “Nossa pesquisa sugere que cortar ou reduzir o consumo de bebidas adocicadas, e passar a beber café, pode naturalmente ajudar a diminuir o risco de depressão. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar esses resultados e, por enquanto, os pacientes com depressão não devem interromper seus tratamentos.”
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