A enxaqueca é uma das dores de cabeça mais comuns e recorrentes no mundo. Acomete mais de 10% da população mundial e é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a 19ª doença no ranking de patologias incapacitantes. Informação importante a se ter conhecimento sobre o assunto, é que a enxaqueca, ou migrânea, é uma dor que acontece na forma de crises que duram de quatro a 72 horas e que podem se repetir algumas vezes no mês. Porém, quando a dor passa a ser mais frequente, o diagnóstico deve ser modificado para Migrânea Crônica e o tratamento segue uma orientação diferente.
Na prática, os especialistas consideram como enxaqueca crônica qualquer cefaléia crônica diária, ou seja, com mais de 15 dias de dor nos últimos três meses, tendo ou não história de abuso de medicamentos e que tenham atualmente ou no passado episódios típicos de enxaqueca.
É constatado que cerca de 2% da população brasileira sofre com essa forma de enxaqueca crônica, e são nesses casos que, desde julho de 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a aplicação da toxina botulínica tipo A,o Botox, como forma de exterminar a forte dor de cabeça. Para esses pacientes, o tratamento deve ser bem discutido e os recursos terapêuticos utilizados os mais avançados.
A toxina, aplicada com uma ampola em várias partes da cabeça e pescoço por um médico especialista, pode substituir ou reduzir o medicamento preventivo da enxaqueca. “Este é um avanço da medicina rumo ao manejo adequado de uma condição que acomete uma parcela significativa da população mundial, causando acentuada piora da qualidade de vida.
Essa nova função médica da toxina promete relaxar os músculos e aliviar a pressão e as fortes dores sentidas pelos pacientes. Ele ainda lembra que desde o começo do tratamento o paciente deve conversar com o médico sobre as suas expectativas e prestar atenção nas contra-indicações e possíveis efeitos adversos. “A toxina botulínica não deve ser utilizada para outros tipos de dores de cabeça que não a migrânea crônica, pois ainda não existem estudos que comprovem sua eficácia e segurança”
Dr. Alexandre Cercal
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