Pré-eclâmpsia é a pressão alta que acontece devido à gravidez e é a principal causa de morte materna no Brasil. A doença acomete entre 5 e 10% das gestantes e ocorre por conta da liberação de proteínas na circulação sanguínea, o que acaba agredindo as paredes dos vasos e causando sua constrição, aumentando, assim, a pressão arterial.
Os sintomas da pré-eclâmpsia, além da hipertensão arterial, são inchaço, aumento do peso corporal fora do comum e perda de proteína pela urina.
Se a doença não for tratada, pode evoluir para um estágio ainda mais grave – a eclâmpsia. Neste caso, a gestante pode vivenciar episódios de convulsões, às vezes precedidos por dores de cabeça, bem como sangramento vaginal e coma.
A morte é um perigo existente tanto para a mãe quanto para a criança. Nas gestantes, existe o risco de desenvolvimento de problemas cardiovasculares, renais, pulmonares, hepáticos, cerebrais e sanguíneos. Todas essas complicações podem levar a um quadro hemorrágico muito difícil de controlar, colocando em risco a vida da mãe. “Em casos muito graves, pode haver falência dos rins, obrigando a paciente a passar por sessões de hemodiálise. A mãe também corre o risco de ficar com sequelas relacionadas à alteração cerebral. O inchaço do cérebro ainda pode causar o descolamento da retina, deixando a paciente cega, deixá-la confusa ou provocar um Acidente Vascular Cerebral”, alerta a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
Já para o bebê, o perigo é a restrição de oxigênio, que é levado até ele através do sangue da mãe. Isso pode prejudicar seu crescimento e ganho de peso intrauterino, comprometendo seu pleno desenvolvimento. A falta de oxigenação também é capaz de causar a aceleração ou diminuição dos batimentos cardíacos, ocasionando o sofrimento fetal agudo.
O tratamento é feito através de uma dieta alimentar controlada e medicamentos. No caso de agravamento da doença, a gestante pode ser internada para monitoramento dela e da criança. Em casos extremos, o aborto ou a antecipação do parto, dependendo do estágio da gravidez, são considerados.
Mães de primeira viagem, de gêmeos ou acima dos 35 anos estão mais propensas a desenvolverem a pré-eclâmpsia. Outros fatores de risco incluem sedentarismo, obesidade e diabetes. “É importante frisar que, com um pré-natal adequado, os riscos de complicações são mínimos”, enfatiza a especialista. “A paciente deve manter uma qualidade de vida saudável, com exercícios físicos regulares e uma dieta balanceada. Também é recomendado evitar o consumo exacerbado de sal”, orienta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário