Oriente Médio
Texto que prevê ação limitada em resposta a ataque químico ainda será analisado pelo plenário
O secretário de Estado americano John Kerry participa de
audiência no Congresso sobre intervenção na Síria. Ao fundo,
manifestantes contrários a ação militar
(Jason Reed/Reuters)
Refugiados
sírios caminham perto da fronteira com a Turquia para tentar deixar o
país. A ONU divulgou na terça-feira (3) que o número de refugiados
sírios chegou a 2 milhões - Gregorio Borgia/AP
Caio Blinder: Adjetivos para o desempenho de Obama na crise
Os termos da resolução foram divulgados na noite de terça. A aprovação, nesta quarta, veio depois de ter sido acrescentado um trecho indicando que a meta dos EUA é “alterar a dinâmica no campo de batalha” da guerra civil, no sentido de forçar Bashar Assad a concordar em negociar uma solução para o fim do conflito e uma transição para a democracia. A emenda foi promovida pelo republicano John McCain e pelo democrata Chris Coons, que também defenderam que o governo amplie seus esforços para fornecer apoio letal e não letal aos rebeldes, informou o Wall Street Journal.
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A divisão entre os senadores não deixou democratas de um lado e republicanos de outro, como ocorre tradicionalmente. Ao contrário, houve congressistas dos dois partidos votando contra ou a favor da ação contra o ditador Bashar Assad. Os líderes da comissão, o democrata Robert Menendez, presidente do colegiado, e o republicano Bob Corker, pressionaram por um texto limitando a duração e a natureza dos ataques. Enquanto nomes como McCain defendiam que o escopo da ação fosse mais amplo, para atingir o regime. Uma proposta apresentada pelo republicano Rand Paul, que liderava a oposição aos ataques, foi desconsiderada. Ela declarava que a autoridade do presidente para agir unilateralmente teria efeito apenas quando a nação fosse atacada, informou o jornal The New York Times.
A aprovação ocorreu horas depois de o presidente Barack Obama afirmar que o mundo “não pode se calar diante da barbárie na Síria” e ressaltar que a ‘linha vermelha’ para o conflito não foi traçada por ele, mas pela comunidade internacional. “O mundo estabeleceu a linha vermelha quando os governos que representam 98% da população mundial assinaram um tratado proibindo o uso de armas químicas em guerras”.
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