Em um dia normal de outubro de 2012, uma grande carga de
cédulas de cem dólares destinada ao Federal Reserve de New Jersey sumiu
misteriosamente ao aterrissar no Aeroporto Internacional de Filadélfia
em um vôo proveniente de Dallas, Texas.
a política monetária restritiva em andamento e a gradativa retirada diária da quantidade de dinheiro injetada nos mercados, somada aos rearranjos nos mecanismos de controle financeiros, trouxeram de volta ao Tesouro americano os investimentos que estavam alocados nos mercados emergentes. a contrapartida foi o enfraquecimento ou colapso da moeda destes centros, como a rúpia indiana e o real brasileiro, que perdeu 20% de seu valor em relação ao dólar em 2013.
os programas de estímulos, a urgência nas medidas tomadas para a implementação de reformas fiscais e financeiras, a nova postura do governo americano em não interferir em territórios histórica e artificialmente conflagrados, a esperada reintrodução do ouro no sistema, os consistentes índices de recuperação e crescimento americanos e as novas políticas extremamente exigentes em relação à ética e à responsabilidade de empresas e indivíduos ("accountability") emitem sinais tranquilizadores ao mercado.
um dos melhores exemplos teria sido o recente discurso de Barack Obama em Galesburg, Illinois, quando anunciou uma supreendente guinada em direção ao conservadorismo e obediência aos corretos fundamentos econômicos após décadas perdidas em movimentos combinados de inflação e estagnação que sangraram a classe média, além das perdas com o desvio anual de trilhões injetados no complexo industrial-bélico.
as futuras novas cédulas de 100 dólares, embora pareçam ter sofrido novo "ataque" devido aos problemas de impressão ocorridos recentemente com a excessiva utilização de tinta, o que ocasionou minuciosa revisão em 30 milhões delas, já encontram-se em exibição no site do governo americano.
a introdução do novo dólar representa uma novidade para o americano médio, mas não para os homens que pensam o sistema com décadas de antecedência: em 2009 as primeiras cédulas com o sino dourado já estavam impressas no que teria sido uma reação à crise de 2008, quando contavam colocar o sistema nos trilhos. mas ainda era cedo. apenas cinco anos depois o sistema parece pronto para ser colocado em xeque.
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