10.07.2013

PM e Black Blocs entram em confronto nas proximidades da Câmara

Cenário é de destruição no Centro


Amanda Raiter e Felipe Freire

Rio - Policiais militares que estavam dentro da Câmara Municipal entraram em confronto com integrantes do Black Bloc, após parte do grupo pichar o muro com frases diversas e forçar a entrada da Casa pela entrada lateral, na Rua Evaristo da Veiga, por volta das 20h desta segunda-feira. Os policiais lançaram bombas e balas de borracha em direção aos ativistas, que resistiram com palavras de ordem e, usando bandeiras, quebraram vidraças do local. Pontos de ônibus foram depredados e há diversos focos de incêndio no trecho.
Os manifestantes também fizeram barricadas de lixo e atearam fogo a elas, além de lançar fogos de artifício nas entradas da Câmara. Outros retiraram tapumes para usar no confronto com os PMs e deprederam bancas de jornal, lojas e agências bancárias, roubando, quebrando e incendiando monitores, na altura da Rua 13 de Maio. Policiais militares do Batalhão de Choque avançaram com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha.




Black Blocs picharam fachada da Câmara
Foto:  Felipe Freire / Agência O Dia

Na Rua Senador Dantas, os Black Blocs tacaram fogos de artifício contra PMs, que revidaram com balas de borracha e bombas de efeito moral. A energia elétrica do local está oscilando. Os ativistas correram para a Cinelândia, onde mais bombas foram lançadas. Por volta das 20h35, a praça ficou praticamente vazia. Muitos manifestantes correram para a Avenida Rio Branco no sentido Aterro do Flamengo. Outros ativistas se retiraram quando a chuva voltou a cair no Centro. O Metrô Rio informou que penas o acesso Odeon está aberto na estação Cinelândia.
Milhares nas ruas contra a truculência da PM e falta de iniciativas do poder público
Milhares de manifestantes chegaram à Câmara Municipal, na Cinelândia, na noite desta segunda-feira, em protesto contra a truculência da Polícia Militar e à falta de iniciativas efetivas do poder público para melhorias definitivas na situação dos professores e das escolas da cidade e do estado. A praça da Cinelândia e as escadarias da Casa estão tomadas por ativistas, bem como as escadarias do Teatro Municipal. Não há cordões de isolamento e parte do comércio do Centro fechou.
Alguns presentes soltaram fogos, cantaram palavras de ordem e índios da Aldeida Maracanã fizeram uma fogueira. Apenas um carro da PM continua acompanhando o ato, no entorno da Câmara, cujas entradas foram fechadas. Alguns funcionários ainda deixam o local e policiais permanecem dentro da Casa. Outro bloco do protesto marcha na Avenida Rio Branco e o ato segue sem registrar confusões. O prefeito Eduardo Paes informou que vai receber representantes da educação, entre professores e diretores das escolas municipais, no Palácio da Cidade, às 10h desta terça-feira.





O deputado estadual Marcelo Freixo esteve presente no meio dos manifestantes e foi cumprimentado por vários. "Ninguém aceita mais que o professor seja tratado com bordoadas ou da forma vem sendo tratado pelo governo. A classe não merece isso e a população está abraçando o movimento. O manifesto é um ato é um ato de apoio a educação", disse.
Estão presentes, principalmente, profissionais das redes estadual e municipal e alunos. Carregando faixas e cartazes, os ativistas não desanimaram com a chuva que caiu sob a cidade no começo da noite. Um grupo de black blocks permanece à frente do protesto. Por volta das 19h20, o clima ficou tenso no local. Duas bombas foram lançadas onde não havia manifestantes. Ativistas vaiaram os policiais militares que se aproximaram.


Um grupo de 30 PMs andaram da Rua Evaristo da Veiga, mas recuaram após integrantes do Black Bloc, cerca de 400, ocuparem a via. Parte dos policiais está em frente ao quartel na Evaristo da Veiga e outro grupo seguiu em direção à Câmara.
Diversas vias ficaram interditadas para a passagem do protesto. A Rua Pio XI e o acesso à Rio Branco, bem como quatro pistas da Avenida Presidente Vargas, no sentido Candelária, ficaram fechadas até a altura da Rua Primeiro de Março. Agentes da CET-Rio e Guarda Municipal controlam o tráfego nos trechos. A Avenida Rio Branco foi liberada até a altura da Presidente Vargas e, por volta das 19h50, interditada novamente.
TJ negou recurso de professores contra liminar que determinou volta ao trabalho
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu nesta segunda-feira, por maioria de votos, negar o recurso do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) contra a liminar que obrigou os professores da rede municipal a voltar a trabalhar, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
A decisão do Órgão Especial foi tomada seguindo o entendimento do relator, Antônio Eduardo Ferreira Duarte, que, em seu voto, argumentou que “a conduta da categoria, ao manter o estado de paralisação, gera inúmeros prejuízos e afeta mais de 600 mil alunos da rede pública de ensino, restando configurado o abuso do direito”.




Manifestantes fizeram fogueira durante ato
Foto:  Felipe Freire / Agência O Dia

Ônibus é incendiado durante protesto

Várias agências bancárias foram destruídas e muito lixo foi espalhado e queimado pelas ruas do Centro do Rio

Amanda Raiter e Felipe Freire
Rio - Um ônibus foi incendiado durante o protesto no Centro do Rio na noite desta segunda-feira. Um grupo de manifestantes, principalmente integrantes do Black Bloc, quebraram diversas agências bancárias por onde passavam e a destruição culminou com um ônibus municipal queimado na Rua Santa Luzia com Avenida Rio Branco. Bombeiros foram para o local para combater as chamas. Não há informações sobre feridos.
Segundo testemunhas, outro veículo chegou a ser incendiado entre a Rua do Passeio e a Rua Teixeira de Freitas, mas o fogo foi controlado rapidamente. Segundo testemunhas, os manifestantes pararam os ônibus na Avenida Beira Mar e dirigiram com eles até os trechos. Pelo menos uma pessoa foi detida. A confusão chegou até as Ruas da Lapa, onde PMs encurralaram manifestantes para dispersá-los. Mais dois coletivos foram depredados na Rua Visconde de Maranguape. PMs pararam um ônibus da viação 207 (Silvestre) e 15 manifestantes foram detidos. Cerca de 50 pessoas tentaram impedir que o ônibus seguisse para a 17ª DP (São Cristóvão).
Policiais militares que estavam dentro da Câmara Municipal entraram em confronto com integrantes do Black Bloc, após parte do grupo pichar o muro com frases diversas e forçar a entrada da Casa pela entrada lateral, na Rua Evaristo da Veiga, por volta das 20h desta segunda-feira. Os policiais lançaram bombas e balas de borracha em direção aos ativistas, que resistiram com palavras de ordem e, usando bandeiras, quebraram vidraças do local. Pontos de ônibus foram depredados e há diversos focos de incêndio no trecho.
Ônibus foi queimado durante protesto no Centro do Rio
Foto:  Felipe Freire / Agência O Dia
Os manifestantes também fizeram barricadas de lixo e atearam fogo a elas, além de lançar fogos de artifício nas entradas da Câmara. Outros retiraram tapumes para usar no confronto com os PMs e deprederam bancas de jornal, lojas e agências bancárias, roubando, quebrando e incendiando monitores, na altura da Rua 13 de Maio. Policiais militares do Batalhão de Choque avançaram com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha.
Na Rua Senador Dantas, os Black Blocs tacaram fogos de artifício contra PMs, que revidaram com balas de borracha e bombas de efeito moral. A energia elétrica do local está oscilando. Os ativistas correram para a Cinelândia, onde mais bombas foram lançadas. Por volta das 20h35, a praça ficou praticamente vazia. Muitos manifestantes correram para a Avenida Rio Branco no sentido Aterro do Flamengo. Outros ativistas se retiraram quando a chuva voltou a cair no Centro. O Metrô Rio informou que penas o acesso Odeon está aberto na estação Cinelândia. A administração da Câmara Municipal informou que, nesta terça-feira, não haverá expediente pois o prédio ficará fechado para a realização de perícia policial.
Milhares nas ruas 
Milhares de manifestantes chegaram à Câmara Municipal, na Cinelândia, na noite desta segunda-feira, em protesto contra a truculência da Polícia Militar e à falta de iniciativas efetivas do poder público para melhorias definitivas na situação dos professores e das escolas da cidade e do estado. A praça da Cinelândia e as escadarias da Casa estão tomadas por ativistas, bem como as escadarias do Teatro Municipal. Não há cordões de isolamento e parte do comércio do Centro fechou.
Alguns presentes soltaram fogos, cantaram palavras de ordem e índios da Aldeida Maracanã fizeram uma fogueira. Apenas um carro da PM continua acompanhando o ato, no entorno da Câmara, cujas entradas foram fechadas. Alguns funcionários ainda deixam o local e policiais permanecem dentro da Casa. Outro bloco do protesto marcha na Avenida Rio Branco e o ato segue sem registrar confusões. O prefeito Eduardo Paes informou que vai receber representantes da educação, entre professores e diretores das escolas municipais, no Palácio da Cidade, às 10h desta terça-feira.




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