Secretário-geral da Fifa afirma que Copa no Brasil é uma das melhores da história em nível técnico e defende Fan Fests. Puyol e Gisele Bundchen vão levar taça ao campo
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Valcke foi o primeiro a falar sobre a Copa, ressaltando a qualidade técnica do mundial no Brasil, a quantidade de gols (total de 136 e média de 2,83 por jogo) e a quantidade de torcedores nos estádios. Ele ressaltou também o sucesso dos Fan Fests espalhados pelas 12 cidades sede do Mundial. Ao todo, esses espaços receberam 2,9 milhões de pessoas, com destaque para Brasil x México, que recebeu 438.619 visitantes.
- Esta Copa do mundo vai ficar como uma das melhores de todos os tempos quando falarmos em futebol. É incrível o nível de futebol apresentado, e certamente o mesmo acontecerá nos próximos. Os Fan Fest foram algumas vezes questionados. São parte da Copa, lugar perfeito para desfrutar os jogos, confraternizar. Há tanta gente no Brasil sem ingressos, que estão no Brasil pra estar no Brasil.
Jérôme Valcke (esq) negou que Puyol e Gisele Bundchen vão entregar a taça (Foto: Vicente Seda)
O secretário-geral negou que a modelo brasileira Gisele Bundchen fará a entrega do troféu ao campeão do mundo.
- Quero corrigir uma informação de que Gisele Bundchen e Puyol darão o troféu. Não, eles trarão o troféu para o gramado. Mas a pessoa que dará o troféu será a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
O ministro Aldo Rebelo procurou colocar em alta a organização do evento e o esforço do governo "nas suas três esferas", mesmo com boa parte das obras não tendo sido entregues para o Mundial. Ele, porém, avaliou que a infraestrutura essencial para o evento está funcionando.
- Asseguramos o funcionamento da infraestrutura essencial para o evento. Os aeroportos têm correspondido às exigência e a pressão que um evento dessa dimensão enseja, a área de segurança pública também tem enfrentado o desafio de proteger a população, turistas, delegações, jornalistas. Sem qualquer incidente mais grave, um problema ou outro, que até se compreende em um evento dessa dimensão. A hotelaria também tem se comportado à altura do que esperávamos. A mobilidade urbana tem também correspondido ao esforço que foi realizado para garantir o tráfego nas metrópoles que sediam a Copa, principalmente nos dias de jogos, e esses jogos têm acontecido dentro da normalidade que é o tráfego nessas regiões metropolitanas no Brasil. Não tem sido diferente do dia a dia - analisou Rebelo.
Fifa Fan Fests receberam quase 3 milhões de pessoas na primeira fase (Foto: Hugo Crippa)
O ministro defendeu ingressos com preços populares nas arenas usadas para a Copa do Mundo e afirmou que a média de público brasileira está abaixo da Major League Soccer, a liga profissional americana, que Rebelo afirmou "ser amadora até outro dia". Ele destacou também que a manutenção dos estádios, mais cara do que das arenas anteriores, é um desafio.
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- O acesso aos estádios não muda em relação aos
torneios ordinários. O preço dos ingressos são muito parecidos com os
preços cobrados nas principais competições no Brasil. Quando os clubes
chegam à final da Libertadores, ou Copa do Brasil, os ingressos são
muito caros. Temos arenas bonitas, confortáveis, mas que terão preço de
manutenção maior do que os antigos estádios. A renda do público no
Brasileiro não é muito elevada, a nossa liga tem público inferior à Liga
Norte-Americana, que era amadora até outro dia, e a Liga Chinesa, que
há alguns anos nem existia. Queremos ter nesses estádios uma parcela da
população de baixa renda no Brasil. Excluir essa parcela é acabar com a
alma do futebol no Brasil.Rebelo também falou sobre a timidez das manifestações durante o Mundial - em comparação com a onda de protestos que tomou o país na Copa das Confederações do ano passado.
- Há manifestações. Pequenas. Talvez em São Paulo, no Rio e uma ou outra em Porto Alegre, mas manifestações sem muita participação popular. As manifestações da Copa das Confederações foram tomadas, equivocadamente, como contra a Copa. Elas surgiram para protestar contra preços de passagem, problemas de saúde, segurança, educação, e algumas pessoas procuraram introduzir algo contra a Copa do Mundo. Mas não era verdadeiro. Quando passaram a divulgar que haveria grandes manifestações contra a Copa, nunca acreditei que poderia acontecer. Confiei que a Copa do Mundo absorveria as energias das insatisfações que existiam antes da copa, existem durante e provavelmente vão persistir - comentou.
O ministro não deixou de falar também sobre futebol. E citou o técnico da Rússia, Fabio Capello, eliminado do torneio na quinta-feira.
- Vi ontem a entrevista de um dos grandes técnicos do mundo, cuja seleção infelizmente não foi classificada, e ele dizia que nunca viu uma competição com o nível técnico dessa. Realizamos 185 reuniões para ajustes desses planos com o governo federal, governos estaduais e prefeituras. Participaram 29 órgãos do governo federal, 90 órgãos públicos locais.
Ricardo Trade, do COL, ressaltou a satisfação com os estádios (Foto: Vicente Seda)
Ricardo Trade, do COL, ressaltou que a maior parte
dos jogos já foram realizados (48 de 64 no total) e afirmou que a
organização está muito satisfeita com os "palcos" da Copa do Mundo.
- Temos 75% dos jogos realizados. Faltam 16, e vamos cuidar bem deles. Estamos muito focados em oferecer um serviço muito bom às equipes. Temos 83 campos escolhidos, alguns deles entraram no mapa da copa do mundo. Espírito Santo, Alagoas e Sergipe entraram. Tivemos treinos abertos, que foram um sucesso, com mais de 85 mil pessoas assistindo aos treinos abertos. Uma chance de estar perto dos atletas. Estamos muito contestes com os palcos. São palcos lindos. Cumpriram sua missão. Mostraram uma nova destinação no Brasil, ao turismo brasileiro. A Fifa nos deu a oportunidade de melhorar os campos de treinos e de jogo.
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