- Alan Marques/Folhapress
A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, ao se manifestar para o juiz Sérgio Moro sobre o compartilhamento material, apontou que "não há como negar a relação entre os fatos apurados perante este juízo e perante o Supremo Tribunal Federal".
Atualmente, existem no Supremo 81 inquéritos contra 364 investigados na Lava Jato, incluindo pessoas físicas e jurídicas e até pessoas sem foro mas que devido ao envolvimento com os parlamentares deverão ser julgados pela Corte máxima.
O aparelho do maior empreiteiro do país foi apreendido na 14ª fase da Operação, deflagrada em 19 de junho de 2015 e que levou à prisão Odebrecht e o empresário Otávio Marques, da Andrade Gutierrez.
Quando o material veio à tona, a Polícia Federal utilizou tarjas para preservar os nomes dos políticos com foro privilegiado, principalmente os politicos do PSDB, justamente pelo fato de as investigações estarem no âmbito da primeira instância judicial naquela época.
Muitas mensagens já foram decifradas pelos investigadores em Curitiba. Eles descobriram a existência de um "departamento de propinas" que funcionava na empresa e envolvia não apenas obras na Petrobras.
Desde que o funcionamento do departamento foi revelado, em março deste ano, a cúpula da empreiteira, incluindo Marcelo Odebrecht, decidiu colaborar com as investigações.
Agora, além da força-tarefa em primeira instância, os investigadores da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal em Brasília também vão poder aprofundar nas investigações, mirando em políticos que detêm foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal e cujos nomes e contatos estão armazenados no aparelho do empreiteiro.
A Lava Jato já conseguiu cruzar os conteúdos das mensagens de celular e anotações na agenda eletrônica do Marcelo e descobriu pouca coisa da missão de incriminar o PT e o Lula. Como diria o FHC "isso não vem ao caso"
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