9.19.2016

Jandira Feghali cresce na disputa para prefeita do Rio de Janeiro

Candidata do PC do B deu entrevista ao vivo ao G1 nesta segunda-feira.
Candidata também falou sobre urbanização de favelas e rejeição.

Do G1 Rio
A candidata à Prefeitura do Rio Jandira Feghali (PC do B) afirmou nesta segunda-feira (19) em entrevista ao G1 que, caso seja eleita, vai regulamentar o uso do aplicativo Uber na cidade. “Nós não vamos permitir mais que a autonomia seja dada para as empresas como é hoje. Autonomia não terá. Vou deslocar para os taxistas diretamente", afirmou.
Ela disse que seu pai foi taxista e que não vai permitir a autonomia que o aplicativo tem hoje. “Esse subemprego não vai ter. Proibir, no século 21, não é o caso, mas é tirar a disputa desleal. É trazer para a regulação, o cadastramento”, afirmou. A candidata prometeu dialogar com o Uber para que haja a regulação junto à prefeitura e taxar o motorista do aplicativo dentro dos 25% que já são pagos à empresa.
Jandira também afirmou que vai atuar na urbanização de favelas. "Essa é uma área intensiva de mão-de-obra", afirmou. Segundo ela, um melhor índice de saúde será obtido com investimento no saneamento. Ela respondeu a perguntas dos jornalistas e também a questionamentos enviados pelo público antes da entrevista e durante a transmissão.
Jandira foi perguntada sobre sua proposta de passe livre social e afirmou que o custo está calculado em R$ 970 milhões. “Vou copiar São Paulo. Lá tem um bilhete mensal”, disse. “E vamos auditar as planilhas dos ônibus. Eu estou fazendo uma proposta viável. Se estiver errado, vai ter que reconhecer que está errado, mas nesse momento, eu estou confiando em quem fez o estudo.”
A candidata afirmou ainda que acredita ser “baixo” o índice de rejeição de 35% que lhe foi atribuído na última pesquisa do Ibope, o segundo maior entre os postulantes ao cargo nas eleições municipais deste ano. “Estou feliz até com esse índice de rejeição”, afirmou.
“Índice de rejeição é quando a gente tem lado na política, é natural. No momento em que cresce uma política fascista, atrasada, agressiva, de ódio de preconceito, quem se posiciona, e é mais conhecido, tende a ter uma rejeição maior”, disse. “Minha posição contra o impeachment, contra o golpe, de defesa dos nossos governos. Há uma rejeição à política. Houve uma criminalização da política. Eu estou achando até baixo, achei que seria maior”, disse.
Questionada sobre como seria um governo seu junto ao presidente Michel Temer, ela afirmou que terá a obrigação de ter uma relação administrativa, “e fazer a disputa de recursos”. “O fato de eu me posicionar politicamente contra o governo que se elegeu indiretamente num golpe, que está fazendo destruição de direitos trabalhistas, previdenciários para o país. Agora, se eu me eleger prefeita, eu vou estabelecer uma relação administrativa com quem estiver lá. Eu vou atuar como prefeita da cidade, ele vai ter que me respeitar como prefeita eleita da cidade”, afirmou. “Tanto ele como o governador que faliu o estado.”
A candidata afirmou também que vai manter bons projetos de gestões anteriores e, perguntada sobre se é a favor de armar a Guarda Municipal, a candidata disse ser contra. “Sou contra ter mais arma na rua. Já tem muita gente morrendo de bala perdida”, disse.
Já sobre se pretende reduzir o número de secretarias na administração municipal, Jandira afirmou que “pode reduzir algumas e substitui-las por outras”. “Talvez redução de cargo comissionado, aumentando pessoas da carreira nas estruturas. Mas eu não vou fazer essa demagogia”, afirmou.
Jandira é a candidata que mais cresce nas pesquisas. 

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