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STF investiga Temer e mensalão de Aécio
Ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF,
determinou a abertura de uma investigação preliminar sobre a citação a
Michel Temer na delação de Sérgio Machado; o ex-presidente da Transpetro
diz ter recebido o pedido do então vice-presidente da República de
repasse de propina para a campanha de Gabriel Chalita em São
Paulo; sobre Aécio Neves, será apurado o recebimento de R$ 1 milhão pelo
tucano para financiar deputados que o elegeram presidente da Câmara; o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é quem deve opinar sobre
abertura de inquérito; outros políticos alvos de petição são FHC,
Agripino Maia, Henrique Alves e Ideli Salvatti; alguns trechos foram
enviados para o juiz Sérgio Moro
247 – O ministro Teori Zavascki, relator da Lava
Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou o fatiamento da delação
premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Com isso, alguns
nomes sem foro privilegiado serão investigados pelo juiz Sérgio Moro,
de Curitiba, e outros ficarão sob a mira do STF.
Na corte suprema, houve fatiamento em quatro petições diferentes. Uma
delas trata da citação a Michel Temer, de quem Machado disse ter
recebido o pedido de repasse de propina para a campanha de Gabriel
Chalita à Prefeitura de São Paulo.
Nessa petição, são citados ainda o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), e os ex-senadores
José Sarney (PMDB-AP) e Delcídio Amaral (PT-MS). O procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, deverá avaliar se deve ou não ser aberto
inquérito para investigar formalmente o presidente da República.
Em outra petição, será apurado o caso do mensalão do senador Aécio
Neves (PSDB-MG) e a vinda de dinheiro do exterior para financiar
deputados que elegeram o tucano presidente da Câmara em 2000. Segundo
Machado, Aécio recebeu, de forma ilícita, R$ 1 milhão em dinheiro em
1998, de um fundo criado por ele.
Outros nomes citados são os do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, dos senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RR),
do ex-ministro Henrique Alves (PMDB-RN), da ex-ministra Ideli Salvatti
(PT) e do ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-PR).
Leia mais na reportagem da Agência Brasil:
Teori decide fatiar delação de Sérgio Machado na Lava Jato
André Richter – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori
Zavascki decidiu hoje (23) fatiar a delação premiada do ex-presidente da
Transpetro, Sérgio Machado. Com a decisão, caberá ao procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, decidir se novas investigações serão
abertas em separado, a partir das declarações de Machado. Os termos do
acordo foram homologados em junho.
As novas frentes da primeira fase da investigação, se solicitadas por
Janot e autorizadas pelo ministro, deverão tratar sobre o suposto
"acordão" para barrar as investigações da Lava Jato, uma doação de R$ 40
milhões do Grupo JBS para o PMDB, um suposto repasse ao senador Aécio
Neves (PSDB-MG) de recursos para viabilizar a candidatura dele à
presidência da Câmara dos Deputados em 1998 e o suposto pedido do
presidente Michel Temer de ajuda de recursos para a campanha do
ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita.
A partir da decisão de Zavascki, o procurador-geral também deverá
avaliar como será apresentada ao Supremo a investigação contra mais 20
políticos citados pelo ex-diretor acusados de receber propina.
Na mesma decisão, o ministro decidiu que somente citados que tem foro
privilegiado, como os deputados e senadores, vão responder às acusações
na Corte. Os demais serão enviados para julgamento pelo juiz federal
Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira
instância da Justiça Federal em Curitiba.
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