Só no ano passado foram apreendidos 333 toneladas de medicamentos piratas. Anvisa lança campanha educativa
Trezentos e trinta e três toneladas de medicamentos falsos foram apreendidas no ano passado no País, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Preocupada com o aumento das falsificações — em 2008, foram apreendidas 40 toneladas — a agência lançou ontem a campanha “Medicamento Verdadeiro: Você Sabe o que Está Tomando”. O objetivo é orientar a população sobre os riscos de consumir esse tipo de remédio e ensinar como identificar um medicamento falsificado.
“Ao contrário de um CD ou tênis, no caso dos medicamentos, o dano pode ser a morte, pois o indivíduo fica sem o tratamento adequado”, alertou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.
Raposo ressaltou que o remédio falsificado é produzido de forma que fique bastante semelhante ao original. Por essa razão, é preciso ficar atento a detalhes na embalagem. Um deles é a raspadinha: toda caixa tem um local que, ao ser raspado, mostra o nome do laboratório. Caso o nome não apareça, é sinal de que o medicamento não é verdadeiro.
RISCO ATÉ EM FARMÁCIAS
Um dos alertas feitos pela Anvisa é de que a venda de medicamentos falsos ou contrabandeados não está mais restrita a camelôs e feiras. Atualmente, segundo Raposo, é possível encontrar os produtos em farmácias regulares, com autorização para funcionamento, e, em muitos casos, vinculadas ao programa Farmácia Popular. Para ele, o fato constitui um “agravante” ao crime.
“Isso se dá pela forma como a nossa sociedade encara o estabelecimento farmacêutico. Ele se banalizou de tal modo que alguns chegam a praticar reiteradamente esse tipo de crime. Também identificamos que, muitas vezes, esses produtos chegam não pelo sacoleiro de algum país, vêm por distribuidoras”, afirma.
De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, André Barcelos, entre 10% e 20% dos medicamentos vendidos em todo o mundo são contrabandeados. Consumidores podem denunciar pontos de venda de remédios falsificados à Anvisa usando o 0800-642-9782.
Fonte: Anvisa
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