4.17.2010

Pichada a estátua do Cristo Redentor


Pista sobre vândalos do Cristo vale R$ 5 mil

Pichadores da estátua podem ser os mesmos que riscaram frase igual em túmulo do Chacrinha.

Rabiscos começam a ser apagados

Rio - A Polícia Civil já recebeu denúncias sobre a quadrilha que pichou o Cristo Redentor. Uma das suspeitas é de que os vândalos são os mesmos que atacaram o túmulo do apresentador Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, em março. O Disque-Denúncia anunciou ontem que oferece R$ 5 mil por pistas que levem aos criminosos. Segundo o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, esse valor pode chegar a R$ 10 mil, pois um grupo de empresários do Rio se organiza para aumentar a recompensa.


Disque-Denúncia oferece R$ 5 mil por pistas que levem aos criminosos que picharam o Cristo Redentor
Uma das frases riscadas no Cristo — ‘Cadê a engenheira Patrícia?” — é a mesma que vândalos escreveram no túmulo do apresentador no Cemitério São João Batista, no início de março. Ontem, a estátua recebeu reforço na segurança e passou por uma limpeza superficial, em que foi usado cal para remover a tinta.

A partir da semana que vem, será iniciado um trabalho para retirar a pichação que ficou entranhada na pedra sabão.

A Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, também investiga o caso. Os pichadores podem pegar de três meses a um ano de prisão, além de multa.

SEGURANÇA REFORÇADA

No momento do vandalismo, segundo o chefe do Parque Nacional da Tijuca, Bernardo Issa, havia dois guardas particulares que não ficam parados aos pés do monumento, mas circulando. Eles não viram a ação dos pichadores. Desde ontem, a segurança passou a contar com seis guardas municipais, um no acesso à estatua, pelo Cosme Velho, e os demais na base do Cristo.

A Associação Comercial decidiu em reunião que vai fazer um mutirão para ajudar a liberar os acessos ao Cristo. A previsão é que o trenzinho do Corcovado só volte a funcionar daqui a 60 dias.

Mãe da engenheira Patrícia Amieiro Franco, — desaparecida que foi citada nas pichações —, Tânia Amieiro criticou o ‘protesto’ no monumento: “Existem várias outras maneiras de protestar. Poderia colocar uma faixa, por exemplo. Não gostei de vê-lo todo sujo”. A jovem desapareceu na Barra da Tijuca, depois que seu carro foi atingido por tiros.

O Dia

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