7.09.2010

TRANSPLANTE TOTAL DE ROSTO

Hospital francês anuncia sucesso no primeiro transplante total de rosto
Paris (França) - A primeira cirurgia de transplante total de rosto foi realizado com sucesso no final de junho no hospital Henri Mondor de Créteil (subúrbio do sudeste de Paris) pelo professor Laurent Lantieri.A intervenção cirúrgica aconteceu nos dias 26 e 27 de junho e durou cerca de doze horas. Este é o quinto o transplante de rosto realizado por esta equipe e é a décima terceira operação do tipo realizada no mundo.O paciente, um homem de 35 anos, sofria de uma doença genética que deformava seu rosto.O transplante total de rosto consiste em extrair todo o rosto de uma pessoa falecida, incluindo a boca e as pálpebras, e transplantá-lo numa pessoa viva. O cirurgião enfatizou que o transplante das pálpebras constituía um real desafio técnico, já que se trata da parte mais difícil de implantar.Em abril de 2010, uma equipe espanhola também afirmou ter realizado o primeiro transplante total de rosto no Hospital Universitário Vall d'Hebron de Barcelona (nordeste da Espanha), mas sem chegar ao desafio máximo das pálpebras, segundo a equipe francesa.Este novo transplante foi realizado cinco anos depois do primeiro transplante de rosto no mundo feito em Isabelle Dinoire, em Amiens (norte da França), por outra equipe médica.Outro paciente, Pascal, desfigurado pela mesma doença que Jérôme, a neurofibromatose ou doença de Von Recklinghausen, já havia recebido em 2007 um transplante de rosto neste mesmo hospital. O transplante parcial permitiu que voltasse a ter uma vida social.A neurofibromatose é uma doença genética que provoca a aparição de tumores nos tecidos nervosos e cutâneos. Pode causar problemas vasculares ou deformações corporais.Jérôme se reuniu com Pascal e ambos falaram muito, o que tranquilizou, segundo o dr. Lantieri.
Com informações das agências internacionais

Saiba mais sobre transplante de rosto:

Tecnologia já possibilita o transplante de rosto
Transplantes totais de rosto não são mais ficção científica, disse um importante cirurgião na quarta-feira. Eles são tecnicamente possíveis, mas complexos do ponto de vista científico. Peter Butler, do Hospital Royal Free, em Londres, pediu um debate sobre a ética desse tipo de operação, que seria possível com o uso de novas drogas que evitam que o sistema imunológico do corpo rejeite o rosto transplantado. "A questão não é 'podemos fazer isso?', mas 'devemos fazer isso?"', disse Butler à BBC. "A parte técnica não é complexa, não acho que essa será a maior dificuldade. O debate ético e moral obviamente terá de acontecer antes do primeiro transplante facial."A Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos organiza seu encontro de inverno e irá discutir o procedimento microcirúrgico. Com o transplante facial, ... pacientes desfigurados por acidentes, queimaduras ou câncer poderiam receber pele, ossos, nariz, queixo, lábios e orelhas novos de doadores mortos.
Os cirurgiões, no entanto, poderiam enfrentar problemas para encontrar doadores suficientes. Uma pesquisa realizada por Butler com médicos, enfermeiros e membros da sociedade mostrou que a maioria aceitaria um transplante facial, mas poucos doariam a própria face após a morte.
O especialista disse que uma das técnicas possíveis envolveria o transplante de um "envelope externo" de gordura, pele e vasos sanguíneos em ossos existentes, deixando os pacientes com muitas das próprias características.
Para que o transplante funcione, os nervos que controlam sentimentos e movimentos teriam de ser unidos com sucesso. Além disso, os avanços de medicamentos imuno-supressores para evitar reações aos tecidos transplantados aumentariam as chances de sucesso do procedimento.
Apesar de preocupações éticas, Christine Piff, que fundou a organização Let's Face It após sofrer um câncer facial raro há 25 anos, recebeu a notícia da possibilidade de transplantes faciais com otimismo.
Ela rejeitou a idéia de que o procedimento significaria que as pessoas viveriam com o rosto de uma pessoa que já morreu.
"Há tantas pessoas sem rostos. Eu tenho metade do rosto. Mas somos muito mais do que só um rosto. Não se pode tirar a personalidade", disse. "Se você pode doar outros órgãos do corpo, por que não o rosto? Não vejo nada de errado com isso."
No entanto, Butler admite que uma pesquisa de opinião com médicos, enfermeiros e leigos levantou algumas graves preocupações sobre os transplantes faciais.
"Enquanto as pessoas, em geral, aceitariam receber o transplante de rosto se precisassem, elas não gostariam de ser doadoras", explicou. "No fim das contas, acho que tecnicamente, seremos capazes de fazer isso nos próximos seis a nove meses", completou o médico.
Ele diz que transplantes faciais levantam questões diferentes de outros transplantes, como rins ou coração, mas lembra que quando eles foram feitos pela primeira vez, houve resistências que foram quebradas mais tarde.
Médicos fazem 1º transplante de rosto do mundo (30/11/2005) - Médicos franceses anunciaram nesta quarta-feira terem feito o primeiro transplante parcial de rosto do mundo. A cirurgia teria sido feita no domingo, em um hospital de Amiens, para recuperar o rosto de uma mulher de 38 anos, que tinha perdido o nariz, os lábios e o queixo ao ser atacada por um cachorro. Na cirurgia, os médicos fizeram implante de pele, gordura e vasos sangüíneos, que foram removidos de um doador com morte cerebral. Os médicos informaram que a mulher não vai ficar parecida com o doador e nem com o que ela era antes do ataque. Terá um rosto "híbrido".
Impacto
A técnica desse tipo de transplante já é conhecida em pesquisas feitas por cientistas dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França.
A pele do rosto de outra pessoa é melhor para o transplante, porque é mais parecida do que a pele de outra parte do corpo do paciente, que pode ter textura e cor diferentes.
Mas os médicos vinham evitando levar a técnica adiante por causa da preocupação ética e do impacto psicológico da mudança de aparência para o paciente.
No Reino Unido, o procedimento não é permitido por causa das preocupações relacionadas com a imunossupressão (a eventual rejeição do tecido que é usado), o impacto psicológico e as conseqüências de uma falha técnica.
Cautela
A paciente da França foi submetida a extenso aconselhamento psicológico antes da operação que durou pelo menos cinco horas.
Como os pacientes de outros tipos de transplante, ela terá que tomar remédios imunossupressores para ajudar o corpo a aceitar o tecido doado.
"Eu tive contato com a equipe de cirurgiões na França ontem [terça-feira]", disse o diretor da Unidade de Transplante do Hospital de Hammersmith, em Londres, e diretor do Colégio Internacional de Cirurgiões, Nadey Hakim.
"Eles estavam cautelosos sobre o anúncio da operação, porque queriam ter certeza de que tudo está bem".
"É bom que tenha sido um transplante parcial. É uma maneira inteligente de começar, pois não será todo o rosto a ser afetado se o transplante se mostrar inviável."
O cirurgião de face e presidente da Fundação de Pesquisa de Cirurgia Facial do Reino Unido, Iain Hutchison, explicou que existem fases em que o transplante de rosto pode falhar.
"No curto prazo, os vasos sangüíneos no tecido doado podem coagular", disse.
"A longo prazo, os imunossupressores podem não dar resultado. Os remédios também aumentam os riscos de a pessoa ter câncer."
Hutchison também disse que há questões morais e éticas em torno da doação de tecidos faciais.
"O tecido a ser transplantado teria que sair de um doador que ainda tivesse o coração batendo. Então, vamos dizer que sua irmã está na UTI, você teria que concordar em permitir que a face dela fosse removida antes de a máquina de respiração ser desligada".
"E existe a possibilidade de o doador continuar respirando depois disso."
O presidente do comitê de ética da Sociedade Britânica de Transplante, Stephen Wigmore, disse que não se sabe a extensão da expressão facial de longo prazo depois do transplante.
"A pele tende a ter uma rejeição muito forte e é provável que seja necessário ministrar altas doses de imunossupressores por longo período", disse Wigmore.
"Não está claro se o indivíduo poderia ficar pior, caso o transplante de rosto falhar."
Mulher com primeiro rosto transplantado diz "obrigada" (03/12/2005) - A primeira reação da mulher de 38 anos que foi submetida à cirurgia pioneira de transplante de rosto da história foi agradecer aos médicos. Segundo os cirurgiões, ela pediu uma caneta e um papel e escreveu em francês a palavra "merci" [obrigada, em português]. De acordo com eles, a palavra foi escrita depois de ela ter se olhado no espelho, 24 horas após a cirurgia que ocorreu no último domingo na cidade de Amiens, no norte da França. A mulher recebeu tecidos, artérias e veias de outra mulher que havia tido morte cerebral. Em maio passado, a transplantada foi atacada por seu cão, um labrador (em geral, uma raça dócil), e teve seu rosto desfigurado.
Segundo o jornal londrino "Daily Telegraph", a mulher se chama Isabelle Dinoire. É divorciada e mãe de dois adolescentes. Isabelle mora em Valenciennes (norte da França).
Doadora de rosto transplantado cometeu suicídio, diz jornal (04/12/2005)
A desempregada Isabelle Dinoire, 38, primeira paciente na história da medicina submetida a uma cirurgia de transplante parcial de rosto, passa bem e está em recuperação em um hospital em Lyon, na França. Contente com o resultado do procedimento, ela disse que ainda está se olhando no espelho. A operação inédita ocorreu no último domingo na cidade de Amiens, no norte da França.
Já a identidade da doadora do rosto para Isabelle ainda é mantida em sigilo. Sabe-se apenas que ela era francesa, tinha 38 anos (mesma idade de Isabelle) e cometeu suicídio por meio de enforcamento, segundo informou o jornal britânico "The Sunday Times", citando fontes médicas.
Divorciada e mãe de duas adolescentes, Isabelle recebeu tecidos, artérias e veias de outra mulher que havia tido morte cerebral. Em maio passado, a transplantada foi atacada por seu cão, um labrador (em geral, uma raça dócil), e teve seu rosto desfigurado.
Em entrevista, ela revelou que finalmente está fazendo as pazes com o espelho. Para Isabelle, é tudo muito impressionante e a equipe médica está de parabéns porque lhe deu um rosto novo.
De acordo com Isabelle, a operação de mais de 15 horas põe um ponto final em uma seqüência de eventos desastrosos em sua vida, que culminou em maio passado, quando ela tomou uma overdose de pílulas para dormir e quase morreu em seu apartamento na cidade de Valenciennes, na França.
Deprimida na época, Isabelle diz que não via outra solução a não ser cometer o suicídio. Apesar de não gostar de falar sobre os motivos da crise que teve no passado, amigos revelaram que ela ficou decepcionada após manter um relacionamento amoroso que não deu certo.
Labrador e cocker
Mordida pelo próprio cão, Isabelle conta que o animal a atacou quando ela ainda estava dormindo. Segundo ela, provavelmente ele estava apenas brincando e lambendo seu rosto. Fã de cães, Isabelle lamenta o que aconteceu e diz que fica triste quando lembra que o animal teve de ser sacrificado. Por outro lado, otimista, a francesa surpreendentemente acha que o acidente mudou a sua vida.
O motivo, segundo ela, é que mesmo com o rosto desfigurado, ela conseguiu se fortalecer e parar de pensar em suicídio. Antes do transplante, Isabelle refletiu bastante e contou com ajuda psicológica de profissionais.
Depois do ataque, seus amigos pensavam que ela jamais teria novamente um animal de estimação, mas a paixão pelos cães venceu. Isabelle adquiriu um novo cachorro, desta vez da raça cocker spaniel. Enquanto se recupera, o animal está na casa de sua mãe. Com saudades de todos, Isabelle não vê a hora de se encontrar com os parentes e de brincar com o animal.
Máscara
O cotidiano dela, claro, mudou quando teve o rosto desfigurado. Mãe de duas adolescentes, ela disse que só saía de casa com uma máscara. Ao conversar com os jornalistas, Isabelle disse que a maioria das pessoas que a viam achavam que ela tinha medo de contaminar-se, e por isso andava com o rosto coberto. Suas filhas --de 13 e 17 anos-- também sofreram muito e se preocupavam com a saúde e a aparência da mãe.
O cirurgião Jean-Michel Dubernard, 64, responsável pela cirurgia de Isabelle, disse durante uma conferência na quinta-feira que ele encarou a cirurgia como uma missão.
Além de melhorar a aparência da paciente, o objetivo era lhe dar uma nova vida. "Sem contar que não era apenas a aparência física o único problema neste caso. Por ter perdido parte do rosto, Isabelle tinha dificuldade para comer, respirar e até mesmo falar, pois teve parte dos músculos da boca e do nariz destruídas", esclarece.
Vendedora de roupas
O professor de Ética da Universidade de Amiens, Olivier Jarde, que participou de uma comissão que aprovou o procedimento, revelou que antes da cirurgia foram levantados uma série de fatores físicos e psicológicos, como compatibilidade de cor da pele, textura, assim como rugas e manchas, e o lado emocional da paciente.
Uma equipe também teve de convencer a família da doadora para que o transplante fosse viabilizado.
Um dos obstáculos vencidos pela equipe médica durante o procedimento foi fazer com que Isabelle não ficasse com um rosto inerte, sem movimento. Isabelle, cujo último emprego foi vender roupas, poderá abrir e fechar a boca com facilidade em poucos dias, disseram os médicos.
No início, ainda terá dificuldade de se expressar por meio dos músculos da face, mas, segundo a equipe de especialistas, com o tempo, Isabelle retomará os movimentos.
Mulher que fez transplante de face não é reconhecida nas ruas (11/01/2006)
A mulher de 38 anos que em 27 de novembro de 2005 foi submetida ao primeiro transplante de face do mundo não é reconhecida quando anda nas ruas, segundo declarou em uma entrevista o cirurgião que a operou, Bernard Duvauchelle. Ele declarou que "todos os dias a paciente passa por pessoas que nem sempre a reconhecem".
A mulher submeteu-se à operação para poder reconstituir o rosto após ser atacada por seu cachorro.
"Esta é a melhor prova de integração ainda que, quando se presta atenção, é possível notar que existe alguma coisa que não faz parte da mobilidade do rosto", disse o médico. A operação foi realizada há apenas um mês e meio e, segundo o médico, "a expressividade está retornando lentamente".
Além disso, a paciente continua com os procedimentos do pós-operatório, segundo alega Duvauchelle. "Continuará a fazer as biópsias, que são o melhor modo de controlar a rejeição aos tecidos", explicou.
O sucesso da operação foi confirmado também pelos novos pacientes que pedem a Duvauchelle para fazê-la. Já existem cinco pessoas na espera, mesmo que o médico tenha dito que "nenhum dos casos é de urgência".
"Nós passamos do imaginário ao possível, da ficção à realidade", afirmou o cirurgião.
Transplantada de rosto melhora após rejeição (18/01/2006)
A francesa que recebeu o primeiro transplante de rosto da história apresentou rejeição cerca de três semanas depois da cirurgia, realizada em novembro de 2005. Médicos franceses conseguiram resolver o problema e consideraram "um sucesso" o procedimento realizado na mulher identificada como Isabelle Dinoire, 38.
Em meados de dezembro, os especialistas notaram que a pele implantada tinha sinais de vermelhidão e suspeitaram de infecção. Uma biópsia mostrou que o sistema imunológico da paciente estava rejeitando seu novo rosto --os médicos haviam implantado pele, gordura e vasos sangüíneos que foram removidos de uma doadora com morte cerebral.
Os responsáveis pelo procedimento aumentaram então as doses de prednisona, uma droga utilizada para minimizar as reações do sistema imunológico. A paciente também usou um creme facial com esta substância, mas a tentativa não trouxe resultados efetivos.
No dia 30 de dezembro, os médicos passaram a ministrar "enormes doses" desta droga e, segundo a agência de notícias Associated Press, o processo de rejeição chegou ao fim no dia 2 de janeiro.
"Ela teve medo de perder seu novo rosto, mas ficou aliviada quando os sinais vermelhos desapareceram", afirmou o médico Emmanuel Morelon, um dos responsáveis pelo tratamento. Desde então, seu organismo não deu outros sinais de rejeição e a mulher já sai às ruas "sem atrair muita atenção".
"Ela já pode mastigar e engolir, o que era impossível antes da cirurgia", afirmou o médico. Em maio do ano passado, a transplantada foi atacada por seu cão, um labrador (em geral, uma raça dócil), e teve seu rosto desfigurado.
Mulher com rosto transplantado volta a fumar (23/01/2006)
A mulher francesa de 38 anos que passou por um transplante parcial do rosto "está bem, faz tricô, se exercita em uma bicicleta ergométrica e voltou a fumar", afirmou o cirurgião Bernard Devauchelle, que a operou em 27 de novembro passado no hospital de Amiens, ao jornal Le Parisien. "Ela está indo perfeitamente bem e fala cada vez melhor", continuou o médico.
A mulher, desfigurada por seu cachorro em maio do ano passado, se submeteu ao primeiro transplante parcial de rosto no mundo.
Devauchelle afirmou que a mulher, ainda internada no hospital de Amiens, superou em 23 de dezembro do ano passado uma fase de rejeição. "A pele transplantada começou a mudar de cor tornando-se um rosa mais escuro que o rosa pálido habitual. Com algumas biópsias, a equipe médica descobriu o problema e interveio com o tratamento. Agora não existem mais problemas", afirmou o médico.
Segundo o cirurgião "a mulher aceitou muito bem o seu novo rosto e não o assimila ao de uma morta". Os médicos decidiram manter a paciente no hospital "por motivos de saúde e também porque queremos protegê-la da pressão da mídia".
Transplantada de rosto oferece sua história ao cinema 30/01/2006
Isabelle Dinoire, a francesa que passou pelo primeiro transplante de rosto já realizado, quer vender sua história à indústria cinematográfica por cerca de US$ 350 mil. Segundo o jornal "The Daily Mirror", o advogado de Dinoire confirmou o valor, mas não divulgou se há interessados em comprar esses direitos.
A francesa de 38 anos já ganhou US$ 176 mil ao concordar com a realização de um documentário sobre seu drama. Em maio do ano passado, ela foi atacada por seu cão e teve o rosto desfigurado. Em novembro, médicos fizeram um implante de pele, gordura e vasos sangüíneos que foram removidos de uma doadora com morte cerebral.
Uma reportagem recentemente publicada no jornal britânico "The Sunday Times", Dinoire afirmou que a reconstrução de sua vida será um processo lento. Ela ainda está internada em um hospital na cidade de Amiens, não sabe quando receberá alta e passa a maior parte do tempo em seu quarto, se distraindo com a TV, o rádio e uma bicicleta ergométrica.
Ainda assim, a reportagem diz que a paciente está otimista e já saiu do hospital uma vez para visitar suas filhas --as garotas têm 15 e 17 anos. Os psiquiatras da instituição trabalham com Dinoire para que ela adquira confiança e possa, assim, voltar a freqüentar locais públicos.
"Ela já pode mastigar e engolir, o que era impossível antes da cirurgia", afirmou o médico Emmanuel Morelon. Com a melhora, revelaram os especialistas, ela também voltou a fumar.
Há cerca de duas semanas, médicos admitiram que ela havia apresentado rejeição cerca de três semanas depois da cirurgia. Os especialistas notaram que a pele implantada tinha sinais de vermelhidão e suspeitaram de infecção. Uma biópsia mostrou que o sistema imunológico da paciente estava rejeitando seu novo rosto.
Os responsáveis pelo procedimento aumentaram então as doses de prednisona, uma droga utilizada para minimizar as reações do sistema imunológico. A paciente também usou um creme facial com esta substância, mas a tentativa não trouxe resultados efetivos. A solução foi ministrar "enormes doses" desta droga --o problema desapareceu no início de janeiro.
Transplantada de rosto diz ter uma aparência "normal" (06/02/2006)
Isabelle Dinoire, 38, a francesa que recebeu o primeiro transplante de rosto da história, disse hoje que sua aparência é como a de uma pessoa normal. Pela primeira vez desde que passou pela cirurgia, em novembro do ano passado, ela deu uma entrevista coletiva para jornalistas de todo o mundo.Segundo a CNN, era difícil entender o que a mulher dizia --aparentemente, ela ainda tem muita dificuldade para mexer e fechar sua boca.
No transplante, os médicos implantaram pele, gordura e vasos sangüíneos que foram removidos de uma doadora com morte cerebral. Isso porque, em maio do ano passado, quando desmaiou após tomar tranqüilizantes, a transplantada foi atacada pelas mordidas de seu cão e teve o rosto desfigurado.
Dinoire falou pouco. Ela agradeceu à família da mulher que fez a doação e também aos médicos. "Minha operação pode ajudar outras pessoas a voltar a viver", disse em um auditório do hospital francês onde ela ainda recebe cuidados.
Depois de ficar internada por dez semanas, os médicos decidiram que ela deveria "viver sua nova vida". "Ela está se recuperando bem, mas ainda tem pouca sensibilidade em seu rosto", afirmou o médico Bernard Devauchelle, antes da entrevista desta segunda.
Uma reportagem recentemente publicada no jornal britânico "The Sunday Times", Dinoire afirmou que a reconstrução de sua vida será um processo lento. "Ela já pode mastigar e engolir, o que era impossível antes da cirurgia", afirmou o médico Emmanuel Morelon. Com a melhora, revelaram os especialistas, ela também voltou a fumar.
O jornal "The Daily Mirror" divulgou que Dinoire quer vender sua história à indústria cinematográfica por cerca de US$ 350 mil. O advogado confirmou o valor, mas não divulgou se há interessados em comprar esses direitos. A francesa já ganhou US$ 176 mil ao concordar com a realização de um documentário sobre seu drama.
Rejeição
Cerca de três semanas depois da cirurgia, a francesa apresentou rejeição. Em meados de dezembro, os especialistas notaram que a pele implantada tinha sinais de vermelhidão e suspeitaram de infecção --uma biópsia mostrou que o sistema imunológico da paciente estava rejeitando seu novo rosto.
Os responsáveis pelo procedimento aumentaram então as doses de prednisona, uma droga utilizada para minimizar as reações do sistema imunológico. A paciente também usou um creme facial com esta substância, mas a tentativa não trouxe resultados efetivos. No dia 30 de dezembro, os médicos passaram a ministrar "enormes doses" desta droga e, segundo a agência de notícias Associated Press, o processo de rejeição chegou ao fim no dia 2 de janeiro.
Francesa que recebeu transplante de rosto recupera sensibilidade (30/04/2006)
Cinco meses depois de sua cirurgia, a francesa Isabelle Dinoire, 38, submetida ao primeiro transplante de rosto do mundo, disse que recuperou "sensibilidade total", em entrevista a um jornal francês neste domingo."As cicatrizes diminuíram consideravelmente. Os médicos estão confiantes, vai continuar melhorando. Além disso, recuperei uma sensibilidade total", declarou ela, mãe de dois filhos, ao "Journal du Dimanche".
"Ainda tenho um pequeno problema de mobilidade, de simetria, como dizem os médicos", acrescentou. "No início, (as pessoas) demoravam a me entender, mas agora as frases saem bem", disse.
Para evitar uma rejeição do transplante, Isabelle continua submetida a uma forte vigilância dos médicos, mas está contente de ter passado de "20 comprimidos para apenas 10".
Isabelle teve o rosto deformado após ser mordida por sua cadela. Ela foi operada em 27 de novembro, quando foi submetida ao primeiro transplante parcial de rosto do mundo.
A segunda pessoa submetida a um transplante de rosto no mundo, um chinês de 30 anos, foi operado em meados de abril em seu país.Foto tirada 1 ano após transplante de rosto foi manipulada em Photoshop (12/12/2006)
Há um ano foi realizado o primeiro transplante parcial de rosto do mundo em uma mulher de 38 anos. Para comemorar o feito, uma fotografia foi tirada no dia 21 de novembro pelo fotógrafo do CHU (Centro Hospitalar Universitário) de Amiens, onde foi realizada a cirurgia. A imprensa do mundo todo divulgou as imagens no estilo "antes e depois".
Nesta semana, a agência de notícias Associated Press (AP) descobriu e divulgou que a imagem foi retocada com o software de edição de fotos Photoshop, segundo o jornal francês "Le Monde". A fotografia foi divulgada pela Agência France Presse e, posteriormente, por outras agências.
"O CHU explicou que seu fotógrafo havia efetivamente feito algumas alterações para obter um fundo mais neutro", explicaram os médicos à AP. Segundo os cirurgiões, o retoque não teria modificado em nada a realidade atual do rosto de Dinoire e que se tratava de uma fotografia honesta.
"Pedimos para ter o original, o qual foi recusado, e por razões deontológicas decidimos eliminar a fotografia de nossos arquivos, mesmo que ela tenha sido ligeiramente modificada", explicou a AP.
As equipes do CHU de Amiens e de Lion confirmaram a recuperação das funções anatômicas e motoras da cirurgia. "O resultado estético, excelente, é devido à uma restauração das grandes funções de mastigação e de locução", explicaram os médicos.
Transplante
Há um ano, o professores Jean-Michel Dubernard (do hospital Edouard-Herriot, Lion) e Bernard Devauchelle (do CHU de Amiens) explicaram que a cirurgia seria realizada em uma mulher que havia sido gravemente desfigurada há seis meses por mordidas de um cachorro.
Transplante
Há um ano, o professores Jean-Michel Dubernard (do hospital Edouard-Herriot, Lion) e Bernard Devauchelle (do CHU de Amiens) explicaram que a cirurgia seria realizada em uma mulher que havia sido gravemente desfigurada há seis meses por mordidas de um cachorro.
Após a intervenção, os cirurgiões ressaltaram que sua paciente exigia permanecer no anonimato. As disposições legislativas francesas de bioética proibiram a divulgação da identidade da mulher para, com o apoio da família, preservar sua imagem.
A notícia, no entanto, ganhou o mundo com uma publicação pela imprensa britânica. "É inadmissível que o 'The Sunday Times' tenha publicado informações confidenciais", explicou Dubernard. "Os jornalistas, sem senso de ética algum, publicaram notícias totalmente falsas, chegando até a divulgar o nome e as circunstâncias de sua morte."
O célebre cirurgião de Lion anunciou, então, ter decidido que fotografias ou filmes a respeito de Isabelle Donoire seriam confiadas a uma única sociedade privada. Um contrato foi assinado entre os médicos e a paciente prevendo que, descontados os impostos, todo o dinheiro com a divulgação de suas fotos iria para Dinoire.

Fonte: Folha On-lineBBC Brasil

Um comentário:

Ministério disse...

Olá blogueiro,
É muito importante também incentivar a doação de órgãos e conscientizar as pessoas sobre a importância deste gesto de solidariedade.
Para ser doador de órgãos não é preciso deixar nada por escrito. O passo principal é avisar a família sobre a vontade de doar. Os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. Divulgue a ideia e salve vidas!
Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br