Mulher vítima de ataque terrorista em Londres há cinco anos tem face reconstruída após grave queimadura
LONDRES - Davinia Turell, de 29 anos, uma das vítimas dos ataques terroristas que aconteceram no dia 7 de julho de 2005 em estações de metrô e num ônibus em Londres, está de cara nova. Ela sofreu queimaduras graves depois da explosão de bombas na estação de Edgware Roade e teve o rosto completamente deformado. Sua imagem vestindo uma máscara própria para queimados passou a simbolizar o terror vivido pelo país naquele dia, quando morreram 52 pessoas e 770 ficaram feridas. Passados cinco anos, ela mostra agora para o mundo como está recuperada. E agradece à equipe de especialistas do Hospital de Chelsea e Westminster, para onde foi levada assim que foi socorrida e onde foi tratada nesse período.
Davinia, que escolheu este novo nome após sobreviver ao ataque (ela ficou conhecida como a "7/7 lady in the mask" ou seja, a mulher de máscara de 7/7), foi atingida por uma bola de fogo que se formou em seu vagão e queimou completamente o lado esquerdo de sua face.
- Andei por toda a extensão do trem. Lembro que as pessoas gritavam e emitiam sons de horror quando me viam. Eu não tinha percebido que estava machucada, ainda estava em estado de choque. Me lembro de dizer às pessoas que precisava ir trabalhar.
Fotógrafos registraram a imagem de Davinia assim que ela foi socorrida. Ela foi imediatamente levada ao Hospital de Chelsea e Westminster - único hospital de Londres a oferecer especialistas em queimaduras.
- Passei por vários estágios. Primeiro, acreditei que estava seriamente queimada pelo resto da minha vida e que isso seria minha ruína. Depois, passei a ter esperança de que os médicos que estavam cuidando de mim conseguiriam recuperar a minha face - conta Davinia.
O hospital está criando agora um centro de apoio psicológico às vítimas de queimadura, a partir de doações recebidas, suporte que na época não pôde ser oferecido a Davinia.
- Atualmente, o hospital tem um serviço excelente para a recuperação física dos pacientes queimados, mas não temos ainda recursos para dar apoio psicológico a adultos e crianças que recebemos - explica o diretor do centro de queimados do hospital, o médico Greg Williams. - Temos que identificar precocemente os danos psicológicos para ajudar na recuperação.
Agencias Internacionais
Nenhum comentário:
Postar um comentário