Maquiagem mineral é menos agressiva; maquiadora ensina como usar produtos
DANAE STEPHAN
DANAE STEPHAN
As promessas são incríveis: maquiagem natural, menos agressiva e que ainda trata a pele. Esses são os principais atrativos alardeados pelos fabricantes, mas apenas parte disso é verdade.
Nenhuma maquiagem é capaz de reduzir poros, controlar a oleosidade ou minimizar rugas.
"Como não contêm óleo, os produtos minerais deixam a pele mais sequinha, o que não significa que tratem a oleosidade", diz Sheila Gonçalves, co-autora de "Cosmetologia Aplicada à Dermoestética" (ed. Pharma Books).
Essa maquiagem é mesmo muito mais suave que a convencional, por isso é bem aceita por quem tem pele sensível e rosácea, explica Flavia de Freire Cassia, coordenadora da área de alergia e imunologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (RJ).
Ela não contém os principais agentes alérgenos usa dos em cosméticos tradicionais, como parabenos, fragrâncias e corantes sintéticos, diz Flávia.
Mas nem todas as marcas produzem itens 100% minerais. Os parabenos, por exemplo, fazem parte das linhas da Mary Kay e da Tracta. Esses derivados de petróleo altamente alérgenos também estão presentes na linha mineral da Avon, lançada neste mês, que ressalta os pigmentos da fórmula -mas só os pigmentos são minerais.
POUCAS CORES
Outro ponto fraco é a falta de variedade de cores: há uma meia dúzia, que podem ser combinadas entre si. A cobertura leve e natural, que para algumas mulheres é uma vantagem, para quem precisa de muita correção está longe de ser satisfatória.
"Mesmo entre as importadas, são poucas as marcas 100% minerais", afirma o maquiador Duda Molinos. E isso contraria toda a filosofia por trás da tendência.
"Por princípio, a maquiagem mineral seria livre de talcos, óleos, ceras, fragrâncias e conservantes", diz Sheila. Se for compacta, desconfie.
"Para ser totalmente mineral, ela tem que ser em pó. O compacto contém óleo, que exige a adição de antioxidantes e de conservantes mais potentes, como os parabenos", diz a cosmetóloga. Exceção é a linha Mineralize, da MAC, que tem pós e sombras compactadas por um processo de superaquecimento.
"Como não existe uma regulamentação, qualquer marca pode chamar seu produto de mineral, mesmo que não seja", afirma Vanessa Rozan, maquiadora do Liceu de Maquiagem, em São Paulo.
Quem consegue o feito ressalta a informação já na embalagem. É o caso da Contém 1g, que tem base, pó e corretivo 100%minerais; da Clinique, que tem apenas pó; da L'Oréal, com sombras e pó; da Artdeco, com pó, corretivo, blush e sombras; e da Bodyography, que tem base, blush, corretivo e sombras.
Já O Boticário tem base, blush e sombra puros, mas batom, gloss e lápis de olho que não são 100% minerais.
Nenhuma maquiagem é capaz de reduzir poros, controlar a oleosidade ou minimizar rugas.
"Como não contêm óleo, os produtos minerais deixam a pele mais sequinha, o que não significa que tratem a oleosidade", diz Sheila Gonçalves, co-autora de "Cosmetologia Aplicada à Dermoestética" (ed. Pharma Books).
Essa maquiagem é mesmo muito mais suave que a convencional, por isso é bem aceita por quem tem pele sensível e rosácea, explica Flavia de Freire Cassia, coordenadora da área de alergia e imunologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (RJ).
Ela não contém os principais agentes alérgenos usa dos em cosméticos tradicionais, como parabenos, fragrâncias e corantes sintéticos, diz Flávia.
Mas nem todas as marcas produzem itens 100% minerais. Os parabenos, por exemplo, fazem parte das linhas da Mary Kay e da Tracta. Esses derivados de petróleo altamente alérgenos também estão presentes na linha mineral da Avon, lançada neste mês, que ressalta os pigmentos da fórmula -mas só os pigmentos são minerais.
POUCAS CORES
Outro ponto fraco é a falta de variedade de cores: há uma meia dúzia, que podem ser combinadas entre si. A cobertura leve e natural, que para algumas mulheres é uma vantagem, para quem precisa de muita correção está longe de ser satisfatória.
"Mesmo entre as importadas, são poucas as marcas 100% minerais", afirma o maquiador Duda Molinos. E isso contraria toda a filosofia por trás da tendência.
"Por princípio, a maquiagem mineral seria livre de talcos, óleos, ceras, fragrâncias e conservantes", diz Sheila. Se for compacta, desconfie.
"Para ser totalmente mineral, ela tem que ser em pó. O compacto contém óleo, que exige a adição de antioxidantes e de conservantes mais potentes, como os parabenos", diz a cosmetóloga. Exceção é a linha Mineralize, da MAC, que tem pós e sombras compactadas por um processo de superaquecimento.
"Como não existe uma regulamentação, qualquer marca pode chamar seu produto de mineral, mesmo que não seja", afirma Vanessa Rozan, maquiadora do Liceu de Maquiagem, em São Paulo.
Quem consegue o feito ressalta a informação já na embalagem. É o caso da Contém 1g, que tem base, pó e corretivo 100%minerais; da Clinique, que tem apenas pó; da L'Oréal, com sombras e pó; da Artdeco, com pó, corretivo, blush e sombras; e da Bodyography, que tem base, blush, corretivo e sombras.
Já O Boticário tem base, blush e sombra puros, mas batom, gloss e lápis de olho que não são 100% minerais.
FOLHA DE SÃO PAULO
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