Durante sessão de fotos em Nova York, na segunda-feira (28), a modelo britânica Naomi Campbell deixou aparecer uma falha nos cabelos. E não se fala de outra coisa.
Segundo o jornal britânico "Daily Mail", o abuso de apliques pode ter causado a queda dos fios da top. Mas a questão é: o cabelo dela vai ou não voltar a crescer?
O problema pode ser irreversível, para o presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, Valcinir Bedin: "Quando o cabelo é estirado, ou se coloca muito peso nele por muito tempo, pode ocorrer um processo inflamatório na base do fio, levando a uma queda definitiva."
De acordo com Bedin, a falta de fios é reversível enquanto houver células matriciais. Quando desaparecem, só transplante capilar salva.
A dermatologista Mônica Fiszbaum explica que alongamentos e apliques traumatizam o couro cabeludo. "O trauma pode ocorrer durante a colocação, quando o cabeleireiro pode agredir fios e folículos normais, ou mesmo após, pela irritação que ocorre no couro por contato com o material do alongamento."
Além do uso de aplique, a queda dos fios generalizada pode ser causada por desequilíbrio hormonal ou estresse emocional ou orgânico.
A dermatologista Luciane Scattone explica que a queda pode ser consequência de distúrbio no ciclo natural dos fios. "Quando não há doença capilar, o cabelo que caiu é reposto", informa Scattone.
No caso do alongamento, a médica diz que a tração intensa dos fios pode causar atrofia dos folículos pilosos, resultando em falhas irreversíveis no couro cabeludo.
Para prevenir esse tipo de dor de cabeça, o melhor é evitar tratamentos estéticos que agridem o couro cabeludo.
Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo, bom para prevenir queda de cabelo é comer carne vermelha, tomar leite de qualquer origem e consumir crustáceos -para que não faltem na dieta ferro, vitamina B, zinco e cobre.
Naomi Campbell deixa à mostra uma parte da cabeça sem cabelos, durante ensaio de fotos em Nova York
Mariana Pastore
Especialista explica o que é mito e o que é verdade sobre queda de cabelos
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MARIANA PASTORECOLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A calvície não é um problema exclusivo dos homens. Na segunda-feira (28), a modelo britânica Naomi Campbell, 40, chamou atenção da imprensa do mundo todo após ser flagrada com uma parte da cabeça sem cabelos à mostra, durante uma sessão de fotos em Nova York.
Em entrevista à Folha, o presidente da Sociedade Brasileira de Cabelo, Valcinir Bedin, explica que o problema da queda dos fios em mulheres pode ter três origens: hereditária, quando os genes da calvície causam uma miniaturização do fio no topo da cabeça; hormonal, quando há alteração na hipófise, tireoide, glândula suprarrenal ou nos ovários; e metabólica, por estresse, dieta inadequada, alterações metabólicas ou hábitos como usar apliques ou trancinhas que tracionam demais os cabelos.
Para tratar alterações hormonais, Bedin indica remédios para estimular o crescimento dos fios. Em caso de calvície hereditária, ele explica que, em mulheres, o problema é mais fácil de ser tratado do que nos homens, porque elas podem usar bloqueadores de hormônio masculino, o que não é possível no sexo masculino.
Já quando há ação de fatores externos, como alongamentos e apliques, o ideal é parar de usá-los e tentar reverter o problema com medicamentos.
A perda de cabelos na mulher pode ser reversível, segundo Bedin. "Normalmente, o problema é do fio, dentro dele, e dos fios de uma área ou da cabeça toda. O médico tem que avaliar para poder sugerir o melhor tratamento." Ele explica que só raramente doenças graves atingem o couro cabeludo.
Bedin alerta que o cabelo deve ser cuidado como parte integrante do corpo. "Apesar de não ter função fisiológica vital, ele tem uma função emocional enorme."
Ele explica, a seguir, o que é mito e o que é verdade sobre as causas da queda de cabelo:
* IDADE
Verdade
"Após os 50 anos, experimentamos um afinamento e uma diminuição da densidade que tínhamos antes. Claro, cada pessoa reage de uma forma. Nas mulheres e, em alguns casos, também nos homens, a reposição hormonal tem bom efeito sobre isso."
TINTURA
Mito
"A tintura, na verdade, protege os fios."
OUTONO
Verdade
"Eles caem mais no outono porque caíram menos no verão. Nós temos sensores de luminosidade na pele e, nas estações mais claras (verão e primavera), os cabelos ficam mais tempo na cabeça. Quando chega o outono e o inverno e os dias ficam menores, estimulamos menos esses sensores e, assim, os cabelos caem mais mesmo. É um aparente mito, mas que é verdade."
FASES DA LUA
Mito
"As fases do crescimento da Lua e o crescimento dos cabelos não têm nenhuma relação."
A QUEDA DE CEM FIOS POR DIA É NORMAL
Verdade
"Cada fio fica com a gente por aproximadamente seis anos. Ele nasce, cresce e cai nesse período de tempo. Isso se repete por 20 vezes (por isso é que espera-se que a gente viva 120 anos). Caem até cem fios por dia e nasce o mesmo tanto (depende de cada pessoa, varia de 60 a cem). Mas, quando começamos a ver fios no travesseiro, pela manhã, ou quando temos que tirar do sabonete, provavelmente esse número passou de cem e é hora de procurar ajuda."
Especialista explica o que é mito e o que é verdade sobre queda de cabelos
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MARIANA PASTORECOLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A calvície não é um problema exclusivo dos homens. Na segunda-feira (28), a modelo britânica Naomi Campbell, 40, chamou atenção da imprensa do mundo todo após ser flagrada com uma parte da cabeça sem cabelos à mostra, durante uma sessão de fotos em Nova York.
Em entrevista à Folha, o presidente da Sociedade Brasileira de Cabelo, Valcinir Bedin, explica que o problema da queda dos fios em mulheres pode ter três origens: hereditária, quando os genes da calvície causam uma miniaturização do fio no topo da cabeça; hormonal, quando há alteração na hipófise, tireoide, glândula suprarrenal ou nos ovários; e metabólica, por estresse, dieta inadequada, alterações metabólicas ou hábitos como usar apliques ou trancinhas que tracionam demais os cabelos.
Para tratar alterações hormonais, Bedin indica remédios para estimular o crescimento dos fios. Em caso de calvície hereditária, ele explica que, em mulheres, o problema é mais fácil de ser tratado do que nos homens, porque elas podem usar bloqueadores de hormônio masculino, o que não é possível no sexo masculino.
Já quando há ação de fatores externos, como alongamentos e apliques, o ideal é parar de usá-los e tentar reverter o problema com medicamentos.
A perda de cabelos na mulher pode ser reversível, segundo Bedin. "Normalmente, o problema é do fio, dentro dele, e dos fios de uma área ou da cabeça toda. O médico tem que avaliar para poder sugerir o melhor tratamento." Ele explica que só raramente doenças graves atingem o couro cabeludo.
Bedin alerta que o cabelo deve ser cuidado como parte integrante do corpo. "Apesar de não ter função fisiológica vital, ele tem uma função emocional enorme."
Ele explica, a seguir, o que é mito e o que é verdade sobre as causas da queda de cabelo:
* IDADE
Verdade
"Após os 50 anos, experimentamos um afinamento e uma diminuição da densidade que tínhamos antes. Claro, cada pessoa reage de uma forma. Nas mulheres e, em alguns casos, também nos homens, a reposição hormonal tem bom efeito sobre isso."
TINTURA
Mito
"A tintura, na verdade, protege os fios."
OUTONO
Verdade
"Eles caem mais no outono porque caíram menos no verão. Nós temos sensores de luminosidade na pele e, nas estações mais claras (verão e primavera), os cabelos ficam mais tempo na cabeça. Quando chega o outono e o inverno e os dias ficam menores, estimulamos menos esses sensores e, assim, os cabelos caem mais mesmo. É um aparente mito, mas que é verdade."
FASES DA LUA
Mito
"As fases do crescimento da Lua e o crescimento dos cabelos não têm nenhuma relação."
A QUEDA DE CEM FIOS POR DIA É NORMAL
Verdade
"Cada fio fica com a gente por aproximadamente seis anos. Ele nasce, cresce e cai nesse período de tempo. Isso se repete por 20 vezes (por isso é que espera-se que a gente viva 120 anos). Caem até cem fios por dia e nasce o mesmo tanto (depende de cada pessoa, varia de 60 a cem). Mas, quando começamos a ver fios no travesseiro, pela manhã, ou quando temos que tirar do sabonete, provavelmente esse número passou de cem e é hora de procurar ajuda."
Folha de São Paulo
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